Para alguns parece simples.
Põe-se e tira a roupa sem precisar de penumbras e o abajur apenas serve como figurante …não atua no papel principal.
À luz do amor muitos não tem vergonha de seu corpo e isto acontece quando o sentimento que une esses amantes destrói mitos e não apalpa sonhos.
A arte de despir-se sem pudores somente acontece nas relações que se pretendem duradouras, quando cada um se aceita com suas imperfeições naturais.
É o momento em que não existem comparações nem fascínios por outros moldes de paixão.
Talvez até mais significativo ainda seja para aqueles que trincam, tendo a graça do retorno… da conversa que reata.
Tirar a roupa na hora de amar se deleita na Primeira Classe da Vida, por isso nada é banal…
Aos mais velhos que é dada a possibilidade de se apaixonar duas, três ou mais vezes essa conduta chega destemida porque, como homens e mulheres maduros, há muito descobriram que o verdadeiro amor se emoldura na serenidade da compreensão, na chama lenta e prazerosa do prazer e não no ato de se mostrarem nus.
Na intimidade de quem encontra o amor a arte de despir encanta por abrir passagem…apenas isso.
Voltes…venhas…fiques… a cada dia!
Um pequeno-grande segredo que se perde nos lençóis e perfumes de apaixonados que sabem amar…
Maria Marçal