José Antonio Karacek
Engenheiros afirmam que o estádio Engenhão pode desabar se houver ventos acima de 60 km/h. Eu pergunto: como pode isso? É um estádio novo, construído as pressas há menos de 6 anos, para os Jogos Pan-americanos, que tinha um orçamento inicial de 60 milhões de reais, mas custou 400 milhões. Suponho que o custo aumentou muito devido aos materiais de primeira qualidade que foram usados.
Eu fico imaginando o que irá acontecer com os estádios que estão sendo construídos, às pressas, para a copa do ano que vem. Será que é viável gastar milhões, bilhões em construções para um mês de evento? Ou estádios construídos lá na Amazônia, ou nos estados que nem tem representação no futebol servirão como escolas e hospitais após o termino da Copa?
Sem contar que daqui 5 ou 6 anos esses estádios precisarão de novas reformas, consumindo mais alguns milhões de reais, para nada.
Quando se faz uma construção, se planeja como e para que será o seu uso. Não se pode pensar apenas no pão e circo. É necessário fazer com calma e benfeito, para que não venha a trazer prejuízos futuros. Um exemplo de ‘fazer benfeito’ é o coliseu em Roma, que foi usada para entreter os romanos por mais de 500 anos. Aqui no Brasil, o Engenhão, por cinco.
Isso acontece porque no Brasil tem dinheiro de sobra, por isso fazem as ‘arenas’ com estrutura mais fraca que o coliseu, para que em poucos anos necessite de reformas, e assim, ficarmos sempre com construções novas, deixando nosso país mais belo.
De certo nosso país está satisfeito com o tratamento as necessidades básicas de um povo, que são moradia, saúde, educação, estradas… por isso se investe alto em festas e outras coisinhas mais que todo mundo já está cansado de saber.
É a casa de um dos três porquinhos…
Fazem ‘bons’ estádios com ‘pouco’ dinheiro e sobra um poucão para outras coisas