Lino Tavares
Nesta Data especial dedicada às mães, todos olhamos para os lados ou para o alto (relativamente às que já partiram), para vislumbrar ao vivo ou em pensamento essa figura excelsa, em forma de mulher, símbolo mor da existência humana, pela nobreza da missão reprodutiva recebida do Criador, algo que a coloca num pedestal, como uma Santa, canonizada, amada e venerada eternamente pelo fruto generoso de seu ventre.
Na singeleza da expressão redundante “mãe é mãe”, repousa a unanimidade do mais sublime e elevado reconhecimento humano, posto que traz em seu elemento conotativo a ideia de que uma mãe determinada só encontra comparativo à altura na figura de outra mãe. Quando falamos dela, não nos passam pela cabeça valores meramente materiais, como a beleza física, o nível de instrução, a riqueza ou outro predicado qualquer.
O que resplandece em nós, como um sol de verão a iluminar a nossa mente, é aquela “mulher maravilha”, não a heroína da ficção e sim o ser heroico que que nos deu à luz, nos alimentou com a seiva de seu seio generoso, nos ensinou a dar os primeiros passos, nos mostrou o caminho do bem e nos dedica amor até o fim de seus dias, com a mesma intensidade que o fez, quando nos ouviu chorar e sorrir pela primeira vez.
Eu poderia ocupar esse espaço, para escrever uma homenagem dedicada exclusivamente à minha saudosa mãe, Dona Manoela, que faz morada nos Domínios transcendentais do Senhor, Preferi, contudo, direcionar esse texto singelo a todas as mães do planeta, que hoje regozijam o seu Dia, unidas pela certeza do tanto quanto representam, aos olhos de Deus e de seus filhos queridos, como um Ser especial repleto dessa luz inestinguivel, que flui de sua alma grandiosa, onde convivem, em harmonia plena, a bondade, a fé, a caridade, a solidariedade e todas as demais virtudes, que podemos sintetizar na expressão única representada pelo vocábulo Amor.
Talvez alguém possa se dar conta de que não citei neste contexto, até aqui, a figura da Virgem Maria, que é o simbolo maior da expressão Mãe no Mundo Cristão. Embora reconhecendo a legitimidade dessa santa simbologia, até pelo fato de também ser cristão, preferi não colocar em realce essa analogia, para tornar minha homenagem mais abrangente, ecumênica – vale dizer – posto que se estende a todas as mães do universo, incluindo logicamente as que não comungam da liturgia Cristã, como as mães muçulmanas, as xintoístas, as budistas e as das demais seitas de orgiem oriental.