Lino Tavares
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Se Tom Jobim e Vinícius de Moaraes estivessem no júri do Quadro Mulheres que Brilham, do Programa Raul Gil, no ano passado, possivelmente se inspirariam e fariam outro bonito samba bossa nova, tal como fizeram quando viram Helô Pinheiro desfilando na praia de Ipanema, no Rio. Talvez eles até repetissem na nova música a expressão “Olha que coisa mais linda mais cheia de graça”, de ‘Garota de Ipanema’.
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E fariam isso – alguns já devem ter percebido – inspirados naquela menina graciosa chamada Nicole Rosemberg, que entrou no palco, começou a cantar e prendeu a atenção de todos (júri, plateia, apresentador e milhões de telespectadores), pela profusão de predicados que revelou com sua postura cênica e sua forma inebriante de cantar, algo que só se via nos anos de ouro da música brasileira, vividos nas décadas de 1960, 70 e 80.
Na recente entrevista que realizei com Nicole Rosemberg, figura uma declaração textual em que ela diz “eu sempre tive vergonha de cantar, não cantava pra ninguém, nem pra minha família”. Imaginem o que teríamos perdido se Nicole continuasse cultivando essa “vergonha de cantar” e, por conta disso, deixasse de se inscrever no “Mulheres que Brilham”, para ‘aprontar’ lá tudo o que de bom ‘aprontou’. Mas, Graças a Deus, isso não aconteceu. Ela soube aproveitar muito bem o incentivo recebido da família, especialmente da mamãe Liliane, e corajosamente partiu para a luta, numa disputa que não era entre simples calouros, mas partilhada entre cantoras profissionais atuantes. Nicole chegou à grande final e ficou em segundo lugar,só não alcançando a primeira colocação por mero detalhe, pois todo o Brasil viu que, ao longo das apresentações, ela sempre esteve ao nível da Dupla que se tornou vencedora, integrada pelas talentosas Bruna & Keyla.
Depois de deixar o programa, Nicole Rosemberg foi contratada pela Bombril se engajou a um importante projeto que a permitiu continuar brilhando nos palcos, sendo aplaudida e admirada por suas legiões de fãs de todo o país, interagindo com todos nas redes sociais com a afabilidade de uma menina simples que, com muita determinação, vai conquistando seu espaço no cenário musical brasileiro, tornando-se motivo de orgulho não só para sua família, mas também aos que, virtualmente ou de forma pessoal, com ela se relacionam, na condição de fãs e amigos.
Neste sábado, 14 de setembro de 2013, a menina de ouro que um dia admitiu que “tinha vergonha de cantar”, ocupou uma cadeira no Júri de TV mais famoso do Brasil, ao lado de experientes jurados como Marli Marlei, a cantora Jamily e o instumentista Caio Mesquita. Com clareza, objetividade e conhecimento de causa, Nicole Rosemberg ficou muito à vontade no júri, analisando de forma consciente as apresentações dos jovens calouros que estreavam no Programa, numa demonstração inequívoca de que acreditar em si mesmo ainda é a melhor receita para vencer obstáculos – inclusive a timidez – e galgar com firmeza os degraus que conduzem ao ápice do sucesso.
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Participação de Nicole Rosemberg no Júri do Quadro Jovens Talentos, ao tempo de 5:15 da gravação
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Nicole Rosemberg cantando ‘Linha Tênue’
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Oi, Maria Marçal. Sua participação em qualquer coisa que me diga respeito gratifica sobremaneira aquilo que faço. Afinal, nossa amizade nasceu, cresceu e se solidificou através de sua sábia apreciação sobre algo que escrevi na Zero Hora nossa de cada dia. Tenho me dedicado a apoiar, naquilo que posso, essas cantoras maravilhosas que surgem nos programas de calouros, que precisam do nosso incentivo para vencer as dificuldades decorrentes da falta de apoio da mídia mercenário e dos governos corruptos, que não cumprem o seu papel como deveriam, no tocante ao incentivo que deveriam proporcionar aos novos artistas. Nicole Rosemberg, com certeza, tem muito futuro, porque se porta nos palcos como uma postura profissional que encanta, tal com outras colegas suas que já entrevistei, como Thalita Bardini, Fernanda Simionato, Ludy Rocha, Bruna Braga (da Dupla Bruna & Keyla), Kelly Moore, Amanda Neves e Erikka Rodrigues. Muito obrigado pelo seu comentário e um beijo no coração valente.
Oi, Maria Marçal. Sua participação em qualquer coisa que me diga respeito gratifica sobremaneira aquilo que faço. Afinal, nossa amizade nasceu, cresceu e se solidificou através de sua sábia apreciação sobre algo que escrevi na Zero Hora nossa de cada dia. Tenho me dedicado a apoiar, naquilo que posso, essas cantoras maravilhosas que surgem nos programas de calouros, que precisam do nosso incentivo para vencer as dificuldades decorrentes da falta de apoio da mídia mercenário e dos governos corruptos, que não cumprem o seu papel como deveriam, no tocante ao incentivo que deveriam proporcionar aos novos artistas. Nicole Rosemberg, com cerrteza, tem muito futuro, porque se porta nos palcos como uma postura profissional que encanta, tal com outras colegas suas que já entrevistei, como Thalita Bardini, Fernanda Simionato, Ludy Rocha, Bruna Braga (da Dupla Bruna & Keyla), Kelly Morre, Amanda Neves e Erikka Rodrigues. Muito obrigado pelo seu comentário e um beijo no coração valente.
Como é bom a gente acompanhar o talento e sucesso de alguém que apostamos ter condições de ir longe e com brilho.
Lino que se afirma ser Nicole merecedora desse resultado tão feliz é porque sabe distinguir.
Parabéns à Nicole e ao Lino o agradecimento por colocar sempre os outros na frente de suas conquistas.
Maria Marçal
Blog Maturidade
Porto Alegre – RS