Lino Tavares
Quem pensa que é só no Brasil que acontecem ‘coisas abomináveis que até Deus duvida’ está completamente enganado. No charmoso e todo poderoso ‘States do Tio Sam” também ocorrem fatos que podem ser rotulados como “um caso de polícia”. De passagem pelo aeroporto internacional de Miami com destina a Las Vegas, neste sábado, assisti aos agentes do setor de migração agirem como verdadeiras bestas humanas, ao exigirem, em tom de grosseria, que uma senhora de 92 anos tirasse os sapatos para passar na implacável revista de praxe, sem sequer cogitar se a idosa teria ou não alguma doença – algo comum na sua idade – que pudesse ser agravada com o fato de pisar descalça no piso frio do aeroporto, que aliás pode conter sujeira e impurezas, o que caracteriza por si só uma falta de higiene e um atentado à saúde.
Aliás, nos check-in de certos aeroportos, é comum ocorrerem casos de humilhação com passageiros, que são tratados nas vistorias de embarque como se fossem criminosos em potencial. Tudo isso depois de terem pago taxas aeroportuárias que deveriam ser cobradas de quem lucra com o transporte aéreo e não dos passageiros, que são explorados também nas compras feitas no comércio sem freios dos aeroportos, onde a palavra de ordem é “podem roubar à vontade, porque aqui a fiscalização de preços não vem“.
Outro aspecto que torna a aviação dos Estados Unidos parecida de certo modo com a brasileira diz respeito à falta de pontualidade em certos voos domésticos, bem como a má qualidade do serviço de bordo em algumas aeronaves. Nesse mesmo dia em que testemunhei as cenas de grosseria dos agentes do setor de migração com a senhora de idade avançada, verifiquei no voo que fiz de Miami a Las Vegas, a bordo de uma aeronave da American Airlines, que é possível penar dentro de um avião americano tanto quanto acontece nas nossas ‘viagens trapalhonas da aviação tupiniquim. A decolagem aconteceu com 45 minutos de atraso e, durante às quatro horas de voo, os passageiros atravessaram o horário do jantar e entraram na madrugada, até a aterrissagem, sendo-lhes servido nada mais do que suco e café, sem nenhum acompanhamento para comer, nem mesmo uma bolachinha daquelas que se dá para doentes hospitalizados.
Mas esse artigo não se propõe a generalizar, a ponto de afirmar que aqui no Estados Unidos repete-se em tudo, ou quase tudo, aquela ‘bagunça’ com a qual estamos acostumados a conviver cotidianamente no Brasil. Ao contrário do que muitos dizem – alguns até por conta daquele velho ‘antiamericanismo de primo pobre’ – as pessoas deste país são cordiais e revelam boa vontade no trato com os visitantes, mesmo os latinos como nós. Em certos locais, como aeroportos, shoppings, supermercados, etc, sempre indicam um funcionário falando espanhol, quando alguém de língua latina tenta se comunicar com seu Inglês horroroso (para não dizer inexistente), como o meu, em busca de uma informação qualquer.
OK, Lino estava nesta viagem junto com voces e o procedimento dos agentes da imigração foi no mínimo discriminatoria e agressiva para com os passageiros.
Por outro lado os cidadãos americanos são cordiais e educados. Dirigindo com veículo alugado nos EUA, verifiquei que as rodovias estaduais são muito bem sinalizadas, existe
policia nas estradas, há educação e segurança no transito, e para os infratores a policia
cumpre a lei, presenciei 03 veiculos da polícia cercando motorista infrator.
Vamos ver mais o que vai acontecer.
Um abraço.