Aécio Cesar
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Na construção das nossas palavras através do pensamento, poder-se-á possível criar imagens vivas do que falamos? Segundo o que vamos ver ainda nesse cap.2 do livro em estudos “Obreiros da Vida Eterna” na psicografia de Chico Xavier, é possível, sim, criar formas pensamento tanto para o bem quanto para o mal. Vejamos o que o mentor Cornélio, diretor espiritual da instituição “Santuário da Benção” pela qual André Luiz visitava lhe dissera a respeito: “É lamentável se dê tão escassa atenção, na Crosta da Terra, ao poder do verbo, atualmente tão desmoralizado entre os homens”. Observamos, através do avanço da tecnologia, o quanto está à frente o homem terreno. Mas, se formos equiparar a sua parte moral, é assustadora a sua carência de princípios mais nobres que o caracterizam como um ser racional, dotado de potências espirituais as mais promissoras.
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Em muitas aglomerações humanas atuais, principalmente de jovens e criaturas mais experimentadas nas provas que lhes dizem respeito, podemos observar que o pensamento humano ainda se encontra enclausurado nas cadeias mentais de vícios, os mais possessivos. E no curso da presente existência, muito pouco se vê irmãos jornadeando os mananciais de esclarecimento espiritual na justa causa de auxiliar aqueles que se encontram na retaguarda, premidos ainda por muitos dissabores.
Continuando com as suas explanações acerca do Verbo, o instrutor acima complementa: “O verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo consequências boas ou más, segundo a sua origem”. Muito sério como também profunda essa citação. Não temos a menor ideia das consequências pelas quais nos envolvemos quando produzimos, através da palavra, o que há, principalmente, de mal em nosso coração. O homem está carente de princípios espirituais, desenvolvidos, a princípio, no lar em que se matriculou. Atualmente, uma grande maioria de casais que se unem, nada tem para si de conceitos mais espiritualizados, quanto mais, para ensinar à prole à sua responsabilidade. E com isso, esses valores são substituídos por viciações as mais terríveis, onde os filhos maleáveis a conceitos que lhe aplainam o coração desguarnecido de amor, de compreensão, de tino, aprofundam mais e mais na sombra, ignorando a luz que existe dentro de cada um de nós.
E quanto mais o homem alimenta o verbo desprovido de sensatez, mais ele vai criando à sua volta uma redoma impenetrável onde a luz esclarecedora da verdade é impedida de libertá-lo. Legiões de espíritos, irmãos nossos que continuam na senda do mal, se aproximam daqueles que lhes forneçam guarida em pensamentos e ações, vícios e tendências, desqualificando, assim, a essência bendita de Deus à Sua imagem e semelhança em nós. Vale lembrar que um espírito viciado não se aproximará de um homem sem vícios. Para que exista aqui reação tem que haver a ação. Sem uma a outra não se concretiza. É a Lei da afinidade em comunhão organizada com os homens. Então, vamos refletir nisso, Leitor Amigo? Cap.2b