Aécio Cesar
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Enquadrando os transgressores de todos os matizes ante a Justiça Divina, ela, por sua vez, ajuizar-se-á na condenação eterna ou terá condescendência para com eles através das reencarnações compulsórias? Sendo um Pai Justo e Misericordioso para com Seus filhos, com certeza optará pelo segundo caso.
Na roda das reencarnações compulsórias aquele que mais tem dívidas, mais próximo estará de se envolver nos liames da matéria mais grosseira. E não adianta choramingar ou desistir da vida. Esses subterfúgios de criançolas de nada valerão diante da Lei de Causa e Efeito. O que se fez – de bom ou mal – terá seu retorno consideravelmente.
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Vejamos o que diz a respeito a diretora Zenóbia da Casa espiritual Transitória Fabiano, relatado pelo espírito André Luiz, pelo lápis do médium Chico Xavier: “Alguns séculos de reencarnações terrestres constituem tempo escasso para reeducar inteligências pervertidas no crime”.
Muitos que se dizem cristãos da atualidade são mestres em afirmar que a única solução para todo crime bárbaro ou é a prisão perpétua ou a pena de morte. A primeira poderia, sim, acabar com determinados crimes na sociedade, mas haveria uma chance para que esses infratores pudessem voltar a levar uma vida normal perante a sociedade? Conforme o caos existente nos presídios do país, com certeza essa recuperação não existiria. Conquanto se as autoridades fizessem leis mais rígidas nos padrões de reeducação desses indivíduos, mostrando a eficácia de programas retificadores com certeza haveria oportunidade de esclarecimento e compreensão para com os devedores da comunidade em que vivem e, principalmente, com o próprio Deus que os criara.
Nesse capítulo, André Luiz conta ressaltado o assombro que todos sentiam dentro da Casa Transitória quando entidades perversas tentavam entrar a todo custo em seu interior. Luciana – uma companheira que viera junto com André – pediu à diretora que fizesse fervorosa prece ante a dramática situação, ouvindo dela sua resposta com doçura: “Já fiz meus atos devocionais de hoje… (…), aliás, minha amiga, nossa ansiosa expectativa, em si mesma, vale por súplica ardente”. Essa citação para muitos pode soar como uma má resposta da diretora para com a servidora, mas se formos analisar pelo seu lado legítimo, reconheceremos que não adiantaria ficar a rezar pelos quatro cantos da Casa em total desespero, do que ser firme nas palavras de uma prece abalizada na fé mesmo sendo aquela do tamanho de um grão de mostarda. Com todo meu respeito, ainda tem gente que vale mais da prece pelo seu lado quantitativo do que pelo seu lado qualitativo. Questões de crença? Questões de fé? Será que poderemos responder a essas perguntas sem o levante do julgamento acertado, Leitor Amigo? Cap. 4-g