Maria Marçal
Voltaire Schilling (História da República) diz sobre a República brasileira:
“De certa forma a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi a nossa Revolução Francesa que tardou cem anos a chegar.
Foi com a República que implantou-se o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estado da Igreja. Terminou-se com a hierarquia baseada no nascimento e na tradição de família substituindo-a pela forma republicana e democrática baseada no talento pessoal e no mérito.”
“TALENTO PESSOAL E MÉRITO” –
Pois bem,
passados tantos anos me descubro perdida, como brasileira, nessa ‘República’ que não tem “cara” de Ordem e Progresso, extraída das mãos da monarquia.
Não sei exatamente o que devemos comemorar nesse Quinze de Novembro, porque não temos independência de poderes, as Federações se encontram comprometidas com a ganância e o povo não respira – há décadas – o ar democrático tão necessário a uma vida digna.
O Dia 15 de novembro de 2011 chega como um barco desgovernado, na minha concepção, se descobrindo a existência de um povo que não tem mais “guerreiros” que lutem pela honra, pela liberdade de ir e vir, nem mesmo que ‘montem num cavalo’ para tirar o Brasil dessa linha de frente do endividamento desenfreado por conta de empréstimos nacionais e internacionais, cujo recairá em nós a sangria de seu pagamento.
Estamos atrelados à desordem social, a uma ‘República de calmaria aparente”, VEJA!, onde os poderosos se locupletam, através da miséria de um povo, hoje sem educação, sem saúde e supostamente protegidos por grades e fuzis.
Soltarmos foguetes nessa ‘República’ que vivemos é vedarmos os olhos frente à realidade, escancaradamente dominada pela avareza, por votos secretos, por cuecas e pacotes recheados de verdinhas e, principalmente, pela falta de escrúpulos na lide com o Bem Público e o respeito aos direitos humanos.
Em consequência, minimizamos esse DIA DA REPÚBLICA, por absoluta ausência de forças em repudiar essa hipocrisia, com um “feriadão nacional” e o Congresso dá o exemplo, ocasião em que os vôos não são de Esperança por dias melhores aos brasileiros, mas sim de “retorno às bases” nos enchendo de sonhos sujos pela impunidade.
Ouviremos nesse Dia da República, possivelmente, discursos de quem teve ou tem processo administrativo, nos chamando para um Brasil sem febre, sem dengue, sem dor, porque somos “desenvolvidos”. Isso é desolador.
E o ápice desse descalabro na República Democrática Brasileira se dará no momento em que ouvirmos a “propaganda OBRIGATÓRIA”, onde, por certo, se falará de um País desconhecido.
Quinze de novembro de 2011, vais para onde, Brasileiro?
Maria Marçal é idealizadora e administradora do blog Maturidade
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Já me reportei a essa matéria, no Blog Maturidade da autora desse texto e no diHITT, enfatizando sua qualificação, tanto como opinião honesta e correta, quanto em função da fluidez redacional do texto. Aqui, quero referenciar minha participação, falando acerca do que afirmam os arautos do lulo-petismo-dilmista, que parecem estar vendo um Brasil que eu não consigo ver, assim como milhões de brasileiros hoje à deriva de um governo competente e honesto. Saudar isso que aí está, em forma de poder, é soltar foguetes à corrupção sistematizada que hoje derruba um ministro por mês no ‘continuismo’ do desgoverno do PT, agora nas mãos de uma senhora, cujo passado na juventude denota desserviço e traição à Pátria, porque militava em grupos que queriam submeter o Brasil aos ditames da ditadura implacável do comunismo soviético. Além disso, trata-se de uma administradora pública artificial, forjada pelo populismo barato do ex-presidente Lula (comprado com o bolsa-esmola), que, antes de sentar no trono do Planalto, sequer tinha esquentado uma cadeira de vereador neste país inchado politicamente, com mais de 5 mil municípios. Sobre a Proclamação da República, que teve a participação efetiva dos militares da época, não se trata de um “golpe de estado”, mas sim de uma mudança de rumo, já que não poderíamos continuar sob um governo Imperial que já tinha esgotado sua capacidade de realizar e vivia tão somente dos títulos de nobreza e das benesses próprias dessa aristocracia feudal que passa de pai para filho. Quanto ao contra-golpe anti-comunista de 1964 – impropriamente chamado de Golpe Militar – nem é necessario argumentar muito para ressaltar a sua importância na manutenção de nossa soberania e no processo de desenvolvimento nacional, haja vista que obras como Itaipu, ponte Rio-Niterói, Zona Franca de Manus, milhares e milhares de pavimentação asfáltica (sem o roubo dos pedágios), além de conquistas sociais como o FGTS, o Banco Nacional de Habitação, que fez florescer milhares de moradias populares em todos os cantos do país, falam por si sós. Será que existe alguma obra, nessa pseododemocracia que aí está, capaz de ser comparada a qualquer das citadas realizações do período de governo revolucionário que deu um “chega prá lá” nos “lacaios de Moscou” ? Agora, se o negócio é fazer “Bang-Bang na Rocinha, trocar ministros como quem troca de camisa, mentir para o povo na propaganda oficial enganosa e roubar bilhões e bilhões do erário, usando laranjas como Marcos Valério e assemelhados, afirmando depois que “não sabia de nada”, aí temos que concordar que “a hora é essa”. Pra frente Brasil ! A Copa vem aí, as Olimpíadas também e, a reboque delas, a chance de enriquecer da noite para o dia com superfaturamentos “nunca antes vistos na história deste país”. Quem viver verá. Lino Tavares – jornalista de todas as querências, desde a época do Governo ordeiro e progressista dos anos dourados da Jovem Guarda, do Tropicalismo e das lindas melodias de protesto . Cadê você, Chico, que não se dignou a fazer uma só musiquinha para a gente curtir, protestando contra a roubalheira do Mensalão e dos ministeriáveis corrupotos da Era Dilma ?