Poderemos, sim, “identificar moléstias cujas causas se prendem às mais profundas e menos conhecidas raízes do espírito”, se o estudarmos mais detidamente. Como o corpo necessita de ser tratado, o nosso espírito não foge à mesma regra.
André Luiz meditava em tudo que passara e, como nós, encarnados, ele apreciava ainda o sentimento quanto o raciocínio na sua mais acurada reflexão. E, depois de reencontrar o avô nos Umbrais da Vida Eterna, ele regressou com Calderaro para o Lar de Cipriana que se encontrava posicionada nas zonas inferiores. É o que nos relata no seu livro “No Mundo Maior” no seu capítulo 20 intitulado “No Lar de Cipriana”, pela mediunidade do médium Chico Xavier.
Em uma de suas meditações encontraremos essa preciosidade: “Para conseguir a sabedoria com proveito, era indispensável adquirir amor”. Sim. Sem amor nada somos, nada iremos realizar com presteza. Não é mesmo? E por que os homens assim não se manifestam no mundo? Falta de cultura religiosa? Carência de religiosidade? Os dois como um todo desproporcional a Essência Imortal que somos? Vale a nossa reflexão a respeito, não é mesmo?
Vale também da nossa reflexão a respeito dessa passagem que muitos confrades e confreiras deixam passar desapercebidamente. Vejamos: “Irmã Cipriana idealizou este amorável reduto de restauração espiritual, e concretizou-o, usando os próprios irmãos sofredores e perturbados que vagueiam nas regiões circunvizinhas”. Como podemos certificar-nos, essa servidora do Cristo não idealizou esse Lar nas zonas sombrias através do seu pensamento, ou seja, num estalar de dedos ou movimentando uma varinha de condão. Não. Está claro que utilizou para a sua construção “irmãos sofredores e perturbados” para que colocassem a mão na massa Ipsis litteris.
Como a colônia de Nosso Lar a qual André Luiz residira até então, o Lar de Cipriana é uma instituição de trânsito por onde os espíritos ali recolhidos por vontade própria, se preparam para alçar voo à regiões com maior claridade espiritual. E nesses educandários como a desse Lar, não faltava fraternidade iluminada pelas bênçãos da prece que em seu recinto, mesmo rodeado de sombras, existia uma comunidade sempre disposta a servir o próximo, como também era um centro de preparo à reencarnações retificadoras. Como podemos notar aqui, o inferno propriamente dito não estava abandonado ao sofrimento eterno. Almas caridosas, ali, permaneciam lev ando o Mandamento Maior de Deus na sua prática altruísta.
E para terminar esse capítulo como também aos humildes comentários desse livro que assim, hoje, se finda, vamo-nos despedir com as palavras ilustres de Cipriana, dessa serva do Senhor: “A bondade no desempenho de qualquer obrigação”. Obrigado por estar comigo durante esses dois anos e meio. Espero ter levado um pouco de estudo aos leitores fieis aos meus comentários identificando-me como a um capim necessitado do amparo integral do nosso Deus Misericordioso e Justo. Comigo, Leitor Amigo?
P.S.: No próximo ano de 2021 iremos estudar juntos o livro “LIBERTAÇÃO”. Até lá.