Você sabia que o Silvio Santos já foi candidato a Presidente da República?
Pois é, navegando nesses dias revi o vídeo da campanha do Silvio Santos à presidência. Muita gente perguntou: Quando foi isso? O que houve? Como ele se saiu?
Tudo isso começou em 1989, nas primeiras eleições diretas para presidente que o Brasil tinha após mais de 20 anos de regime militar. Silvio vinha sendo sondado pelo PFL para se candidatar à prefeitura de São Paulo e até, pasmem, pelo PRN para candidato à vice-presidente na chapa do Collor. Não aceitou, é claro.
O fato é que naquele ano as eleições foram uma zona, como tudo que aconteceu no governo Sarney. O presidente havia vetado uma lei que exigia filiação mínima de 6 meses a um candidato, e isso somado ao multipartidarismo sem controle, fazia toda hora pessoas novas entrarem na disputa por partidos sem a menor expressão.
O resultado disso foi que nosso querido Silvio Santos saiu candidato pelo PMDB faltando apenas 15 dias para o pleito! Ele se dizia um candidato diferente e que “não gostava de fazer campanha”. A decisão dele foi tão em cima da hora que as cédulas (não existia urna eletrônica, é claro) ainda estavam com o nome do antigo candidato que era um tal de Corrêa.
Essa história toda não foi pra frente. Silvio teve sua candidatura impugnada pelo TSE porque seu partido não teria feito convenção em 9 estados. Disso tudo, sobrou mais essa história ridícula da redemocratização do Brasil e vídeos no Youtube que serão fonte de muitas risadas.
Em tempo: No livro A Fantástica História de Silvio Santos, do autor Arlindo Silva, conta uma outra passagem polêmica: o presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho, teria rompido uma amizade com o então Presidente da República, José Sarney, por acreditar que ele teria lançado Silvio Santos como candidato pelo PMDB. Silvio ainda tentou entrar na política mais duas vezes: para governador e de novo para prefeito. Também não deu certo. Pessoas ligadas ao apresentador garantem: Silvio nunca mais trocará o Baú pela urna.
Enviado por: Adriano C. Chagas (Correspondente internacional do GibaNet)