Tributo a Raqel Welch, Deusa do cinema que partiu

Raqel Welch costumava destilar seu bom humor mesmo no desempenho de papéis que exigiam expressão de maior seriedade

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Lino Tavares

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Mais uma Deusa decolou do “Olimpo cinematográfico”, neste 15 de fevereiro de 2023, com destino ao plano divino que chamamos de Céu. Raquel Welch, uma das mais talentosas e divertidas atrizes hollywoodianas morreu hoje aos 82 anos, encerrando um ciclo de vida que se notabilizou na magia do cinema, conquistando o apreço, a admiração e o aplauso de milhões de fãs em todas as parte do mundo.

Embora tendo nascido em Chicago, no dia 5 de setembro, a consagrada atriz carregava nas veias a verve alegre da mulher latina na arte de representar, posto que era de origem hispano-boliviana, como está a revelar seu nome de batismo, que é Jo Raquel Tejada. Tal como as outras atrizes contemporâneas de descendência latina, como a francesa Brigitte Bardot e as italianas Sofia Loren, Claudia Cardinale e a recentemente pranteada Gina Lollobrigida, Raquel Welch costumava destilar seu bom humor mesmo no desempenho de papéis que exigiam expressão de maior seriedade.

Em sua esfuziante trajetória de luz, câmera e ação, brilhou intensamente nas décadas de 60 e 70, em produções cinematográficas como Viagem Fantástica e Os Três Mosqueteiros. Símbolo sexual na década de 60, estrelou o filme Mil Séculos Antes de Cristo, em 1966, trajando um biquíni, algo considerado arrojado para os padrões da época. Foi premiada com o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical por seu notável desempenho em The Three Musketeers (Os Três Mosqueteiros).

Sua filmografia é vasta e em todas as produções de cinema de que participou deixou na lembrança de milhões de espectadores a figura de uma atriz que se doava ao mundo da sétima arte, encarnando seus personagens de corpo, alma e coração. A par da saudade eterna, deixa como legado um belo exemplo de como trilhar o patamar mais alto daquilo que se gosta, pode e sabe fazer.

Filmografia