(*) Por: Lino Tavares
Eles sabiam que na região metropolitana do Estado onde moravam estava por acontecer, nos próximos cinco anos, os maiores eventos esportivos do planeta, tais como os Jogos Mundiais Militares, a Copa de Futebol das Confederações, a Copa do Mundo e a Oímpíada de 2016. O que eles não sabiam era que não permaneceriam vivos, para testemunhar esse quinquênio áureo do desporto nacional, a desenrolar-se no Rio de Janeiro, hoje transformado em Cidade Maravilhosa cheia de problemas mil.
Eles são, ou pior, eles eram aqueles desafortunados moradores das encostas da Região Serrana fluminense, que perderam tudo, inclusive a vida, vitimados pela fúria das águas despejadas de forma relâmpago sobre os recantos suburbanos em que viviam, onde um dia chegram e se instalaram, como única opçao viável no sentido de conseguir um cantinho seu para morar.
Nessas ocasiões de dor, desespero e comoção geral, é comum contabilizar o ônus da catástrofe na conta da mãe natureza, atribuindo ao imponderável a incidência de tamanha desgraça. Mas a coisa não é tão simples assim, porque, contrapondo-se a essa tese, existe um pressuposto universalmente conhecido como Lei de causa e efeito. No caso em questão, o efeito – devastador e lamenmtável sob todos os aspectos – advém de duas causas bem definidas, que saltam aos olhos de todos, mas só são encaradas de frente por poucos.
Uma delas repousa na questão ambiental, algo que nos últimos anos tem se tornado objeto de muito barulho e pouca ação. Temas como poluição, desmatamento e agressões à natureza, de toda ordem, têm servido muito mais a investidas politiqueiras que conduzem ao poder do que ao empunhar de bandeiras capazes de simbolizar um basta a essa estupidez humana que inverte os valores, priorizando o progresso em detrimento da preservação plena do planeta em que vivemos e do qual tanto dependemos, para uma existência digna e feliz no plano material.
A outra causa – a pior e mais reprovável delas – materializa-se na omissão criminosa dos governantes das últimas décadas que têm deixado de investir como convém na infraestrutura urbana, de modo a proporcionar às famílias de baixa renda as condições mínimas indispensáveis a uma habitação saudável e segura.
Premidos por esses desmandos, os menos afortunados acabam contruindo suas casas em locais de alto risco, mediante o consentimento tácito das autoridades constituídas, que não raro, fazem vista grossa para essas construções irregulares, visando a contabilizá-las como propaganda de governo na área habitacional.
(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.
Em visita recente ao Rio, pude ver, apenas a regiões não afetadas por essas catástrofes. Percebi que quando indagadas sobre o que estava sendo feito a respeito (em relação a ajudar as vítimas) a maioria das pessoas de lá, estavam pouco se importando para o caso. Fui informada, inclusive que alguns donativos enviados pelo nordeste haviam sido jogados fora.
Enquanto isso as praias estavam lotadas, os shows estavam bombando, e a vida seguia corriqueira como se tudo não passasse de uma conformação.
Se a culpa é dos governantes? De fato, mas o braço cruzado dos conterrâneos não lhes exime da culpa de ter deixado de auxiliar seus irmãos…
Muito triste tudo isso…
Delmar Atônio de Souza comenta:
É lamentável que se tenham perdido tantas preciosas vidas, naqueles desabamentos, ocorridos no estado dio Rio de Janeiro, que só ocorreram em razão de nosso ex-presidente Lula, que vivia no "mundo da lua", fazendo turismo pelo mundo, às custas de todos os brasileiros, esbanjando recursos,que muito bem poderia terem sido gastos na aquisição de áreas seguras e distribuídas àquelas pessoas que foram disimadas.
Ele, não contente com todos esses desamandos, ainda efetuou doações a vários países, mas a mais substanciosa foi a que doou à Gaza, no valor de R$25.000.000,00. Dinhero esse que seria muito melhor empregado em gastos com os brasileiros póbres, que é a maioria do povo. Quanto ao Bolsa Família, era utilizado como massa de manóbra, isto é, tinha sobre o seu comando, mais de 12.000.000 de eleitores, e com isso elegeria até um boneco de cera se o quisesse.
Não se sabe como, nada pega nesse Lula, pois com tamanhos erros e desmandos, ninguém achava ruim e nem lhe cobravam nada, inclusive com o uso da máquina pública utilizada sem respeito da ética, da moral e dos bons costumes. E o pior é que, o Superior Tribunal Eleitora, que fez vistas grossas uma vez que nada fez para coibir esse "abuso do poder econômico ", e do cargo que ocupou, como presidente da República. Não se sabe como, mas o homem tinha as costas quentes, como se diz na gíria, pois nada lhe atingia.
Esse é o nosso Brasil!.
Delmar Souza.
Lamentavelmente, mas o que diz Lino Tavares, faz
parte da realidade que temos no Brasil.
Pagamos bilhões em impostos e incluindo nestes os
altos salários dos políticos.
E o que temos de retorno?? Administrações corruptas, pagamos plano de saude e aposentadoria
privado, segurança privada, seguro de automovel,
as rodovias BR são inseguras, poluição em todas as
esferas e pior o direito do cidadão só é obtido se pagarmos um advogado para usar das "leis" que
contrariam outras leis.