José Antonio Karacek
Nas eleições municipais deste ano teremos uma protagonista de peso: A Lei da Ficha Limpa. A mesma promete ser, se aplicada, uma ruptura entre o tesouro ao político corrupto.
É uma lei perfeita? Claro que não, pois não vai acabar com a corrupção no Brasil, porém ela vai deixar aquele político que pensa em entrar no poder para se beneficiar do dinheiro público com a “pulga atrás da orelha”, pois se for descoberto falcatruas sofrerá sanções que a tal lei impõe.
Mas o que mais preocupa ainda não são os políticos corruptos, mas sim os eleitores corruptos, que vendem seu voto por coisas simples. Aliás, só existem políticos ladrões, porque eleitores vendidos os colocaram no lugar em que estão.
Estes eleitores acham que uma cesta básica durará quatro anos. Pensam que o seu voto está bem pago se ganham cimento, óculos ou pneus. Na hora de receber tal propina, parece ser um grande negócio, mas e durante os quatro anos seguintes como vão ser?
O voto não pode ser tratado como uma moeda de troca, mas sim como uma forma de demonstrarmos a nossa cidadania. Somos nós que decidimos o nosso futuro. Não podemos entregá-lo a maus políticos para que conquistem o poder e depois se esqueçam da população. E tem mais se compraram o seu voto e forem eleitos, de onde acham que sairá o dinheiro que lhe foi pago? Do bolso do próprio eleitor.
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José Antonio Karacek é catarinense, Deficiente Físico, Colunista, Idealizador e administrador do Blog Cotidiano Em Foco, além de ser mais um cidadão indignado com a atual política brasileira
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Os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil desconhecem ou se fazem desconhecer a existência de um mercado livre de compra e venda de votos. A compra e venda de votos acontece e com a complacência do estado brasileiro, com muita intensidade nos bolsões de miséria das grandes cidades e na maioria dos municípios com menos de cinquenta mil habitantes. A sociedade preciso promover uma ampla mobilização visando incluir o eleitor corrupto(que vende seu voto), como sujeito as penalidades da Lei da Ficha Limpa.
Seria uma excelente ideia incluir o eleitor corrupto na Lei da Ficha Limpa, porém, como se sabe, em alguns municípios brasileiros, a maior alegria da população é quando tem eleição, pois é um período onde ‘rola’ dinheiro.
Ou seja, tanto os eleitores corruptos, quanto os políticos corruptos, não veem como alternativa a inclusão da população na Lei da Ficha Limpa, já que, caso isso fosse feito, o período eleitoral não teria nenhuma graça para essas pessoas: população que se vende e políticos corruptos.