Por que no livro em que estamos estudando, “Obreiros da Vida Eterna” ditado pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier, no seu capítulo quatro encontramos registros dessa Casa Transitória em regiões umbralinas? Não teria ela outro lugar seguro que pudesse se proteger melhor contra as hordas de entidades enfurecidas? Vejamos a visão do autor do livro em foco: “… percebendo a curiosidade com que examinávamos a parte interna do edifício, erguido à base de substância singularmente leve, esclareceu”: “– É tipo de construção para movimento aéreo”. Muitos devem estar pensando até então: Qual seria o sentido dessa Casa que se desloca de lugar?
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E a resposta é direta: “Muda-se, sem maiores dificuldades, de uma região para outra, atendendo às circunstâncias”. André Luiz nos informa numa pequena passagem de como é essa Casa por dentro. Segundo ele é um verdadeiro hospital munida também de complicados laboratórios. Com certeza haveria também um lugar onde se estocavam armas e uma casa de máquinas.
Esta Casa foi construída com substâncias leves as quais devemos convir não deixam de ser matéria mais quintessenciada. A essa construção é válido nosso entendimento também, de que ela foi construída por mãos de espíritos construtores e não ao passe de mágica, num estalar de dedos ou piscar de olhos. Existe trabalho, sim, nos planos invisíveis a nós. Depois da morte a vida se expande cada vez mais bela.
Com toda certeza essa matéria mais rarefeita singularmente leve nos reporta a atenção de que a planta da mesma foi atenciosamente estudada por arquitetos para os seus devidos fins. Desde essa planta até a sua conclusão devemos convir que foram horas consumadas nos seus vários projetos. Inúmeros trabalhadores em suas respectivas profissões fizeram cada um, a sua parte. Desde os engenheiros até os pintores, todos colocaram mãos à obra. Imaginemos a criação em série dessas Casas, sendo cada uma com um propósito destinado.
Vale relembrarmos que a diretora Zenóbia pediu ajuda para outras Casas em regiões análogas a qual se encontrava. Lembremo-nos do “Oratório da Anatilde” e “Fundação Cristo” que também se encontravam com o mesmo objetivo naquele imenso Vale de sombras e sofrimento.
É verdade que essa Bendita Casa servia de abrigo àquelas almas confinadas naquelas furnas e que já tinham lampejos de consciência quanto à retirada daquele lugar a todo custo. O trabalho de resgate como veremos mais pra frente não foi fácil como imaginamos, como também, aqueles que conseguiam adentrar o seu interior era calorosamente recebidos por enfermeiros que, sem perda de tempo, eram prestados os primeiros socorros. E muitos ainda pensam que o Além é cheio de fumaças esvoaçantes por todos os lados, ou pior, que haveria um Éden onde ficariam no marasmo pelos tempos infindos. É triste observar irmãos que assim alimentam sua fé. Mas tudo tem a hora do despertar, não é mesmo? Cap. 4-m