Lino Tavares
A gente passa o ano inteiro iludido que as festas de Natal e Ano são uma coisa só – uma espécie de “feriadão imaginário” -, sem se dar conta de que na verdade elas têm um divisor de águas entre si representado por alguns indesejáveis dias “úteis”, Já pensei até em me “candidatar a presidente da República”, sob a promessa de decretar “Feriadão Nacional” de 25 de dezembro a 1º de janeiro.
Mas, como a coisa não funciona assim, quem precisa viajar para passar as duas festas de fim de ano com os familiares, acaba arcando com uma dupla despesa de viagem no curso de uma semana. Essa época festivamente agitada mexe muito com a vida das pessoas no seio familiar. É compra de presente ‘prá cá’… compra de presentes ‘prá lá’, contratação de faxineira extra, a fim de ajudar a empregada a deixar a casa impecável para receber os hóspedes da ocasião, e por aí vai…
A rotina muda completamente e, nessa troca de hábitos, o mais delicioso é o abandono aos torturantes regimes para emagrecer ou não engordar. A ‘palavra de ordem’ é ‘passar bem à mesa’. Afinal, ceia é ceia e, nela, rompe-se todo e qualquer compromisso com aquilo que o Dietista disse que ‘pode ou não pode’.
Aqueles que passam o ano submetidos a essas restrições alimentares, em troca de uns quilinhos a menos’, dão ‘férias coletivas’ de uma semana aos ‘insossos produtos de baixa caloria, tais como a alface, a pão integral, a granola,os legumes e verduras, o aipo e o pepino, a água de coco e outros.
Na ceia deste Natal, lá em casa, foi assim. Na do Ano Novo não vai ser diferente.