(*) Glauber Delgado

Quem já não iniciou uma restrição energética (dieta hipocalórica) por conta própria? Automedicou-se quando estava enfermo? Treinou por conta própria na praia, no parque ou na academia, mesmo orientado, e foi obrigado a ir à farmácia comprar um “Dorflex” para as dores deste treino? Enfim, são inúmeras as vezes que achamos saber o que fazemos e esquecemos realmente que a ajuda de um profissional competente sempre se faz necessária quando o centro de tudo é você, um ser humano biologicamente individual.

A fala é sempre a mesma: “Eu sei o que (deixar de) comer para eu emagrecer”; “Eu sei qual o remédio tomar para eu melhorar” e, uma afirmação clássica dos praticantes de atividade física: “Eu sei treinar sozinho(a)!!”, está na hora de você rever os seus conceitos, pois saber executar e utilizar as máquinas corretamente durante um determinado exercício, conhecer inúmeras variações dos exercícios, caminhar, pedalar ou correr dentro da zona do freqüêncímetro (estimada pela idade) não é saber prescrever o seu treino e sim reproduzir algo
já aprendeu ou ouviu falar, e ISSO NÃO É SABER TREINAR!!

Não estou escrevendo para defender a classe profissional dos educadores físicos, mais sim para sensibilizá-lo(a) que a atividade física necessita ser entendida como uma PRESCRIÇÃO INDIVIDUAL e não como uma ÚNICA PRESCRIÇÃO destinada a todos os tipos de populações (grupos especiais, jovens, velhos e outros).

Quando afirmo a você: “Prescrição individual”, imagino que logo vem à sua mente um especialista em prescrever algo (um médico, por exemplo), e tal especialista é um profissional na área da saúde chamado Educador Físico, Professor, Personal Trainer ou como você quiser chamá-lo, e novamente afirmarei com toda a certeza: “Você não é capaz de prescrever atividade física a ninguém, nem mesmo a você”, ao menos que seja um educador físico ou um médico especialista. Vou tentar explicar:

Quem já não foi à academia e notou que a prescrição feita em sua ficha de treino é a mesma que a de todos? Mesmo mudando alguns exercícios e cargas jovens e velhos, treinados e destreinados, homens e mulheres,
obesos e cardiopatas etc., treinando as mesmas coisas: 2×20, 3×15 ou 4×10!

Os mais avançados fazem treinos com nomes mais complexos e exercícios seguidos sem descanso, super-séries, agonista-antagonista etc, assim você chegou a uma óbvia conclusão: “O quê muda são os alunos e o estilo de cada professor e nunca os treinos”.

Não o(a) culpo por tal conclusão e sim a alguns maus profissionais, que passam ou passaram a você tal impressão. Estes não planejam e não anotam nada, simplesmente mandam: “Faz aquele, agora aquele etc.”, dando somente atenção aos que os interessam e deixando outros de lado! Isso faz ou fez com que alguns treinem sozinhos e entendam que um professor resuma-se a um “investimento caro, desnecessário ou para quem pode (status)”, deixando a impressão que você é capaz de “prescrever” o seu próprio treino e ainda treinar por conta própria, sem investir em um especialista no assunto.

Estudos provam que o rendimento de quem treina sob supervisão de um treinador particular costuma ser maior de quem se exercita sozinho ou em academia, por quê será?! Então, vá em frente!!
 
Estou disposto a sensibilizá-lo(a) sobre a importância que tem um trabalho acompanhado e coloco-me desde já à sua disposição para qualquer esclarecimento.

Um forte abraço!

(*) Glauber Delgado é professor de Educação Física, Pós-graduado em Condicionamento Físico e Musculação. Pós-graduado em Nutrição Desportiva e Qualidade de Vida. Pós-graduado em Treinamento Personalizado: Aspectos Fisiológicos e Alto Rendimento.

2 thoughts on “A Importância de um Acompanhamento Profissional

  1. Luis Galo says:

    Gessy: Fico mto feliz q a sua história tenha terminado bem… e posso te afirmar q cada vez mais temos profissionais qualificados no mercado, somente sempre digo q se faz necessário "sondar" bem esse profissional e o local q atua, abços Glauber

  2. Gessy Miloch says:

    Amigo, é sempre bom falar sobre esse assunto porque a saúde merece toda nossa atenção. Eu vivi uma experiência com o meu filho quando ele tinha 12 anos de idade. Ele adorava jogar futebol e eu dei todo apoio à esta prática mas sem os devidos cuidados. Simplesmente o matriculei numa escolinha de futebol e ele, todo feliz, começo a treinar até que um belo dia ele teve um mal subto e quase desmaiou. Após o ocorrido eu o levei ao médico e foi solicitado vários exames e num deles foi constado um pequeno problema cardíaco e o médico o proibiu de jogar futebol e indicou outras avidades fisicas mais leves e sem exposição ao sol. Hoje ele está com 24 anos, faz musculação numa academia conceituada e está muito bem. O susto passou e aprendia a lição. Recomendo que todas as pessoas façam um chek cap antes de fazer qualquer atividade fisica e siga as orientações medicas e de um bom profissinal. Espero que meu relato sirva de alerta.
    Um abraço

    Gessy

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