(*) Por: Lino Tavares
Trafegava num trecho não concluído das obras de duplicação da BR 101, entre Tubarão e Laguna, SC, dia 30 de dezembro, enfrentando um enorme engarrafamento, quando em dado momento o ar condicionado do veículo parou de funcionar. No banco de trás, viajava minha sogra, de 87 anos, que sofre de problemas respiratórios. Devido ao forte calor que se fazia sentir no interior do veículo, pela falta de refrigeração agravada pelo aquecimento do motor,no tráfego lento, a referida senhora passou a se sentir mal, com falta de ar, dizendo necessitar de socorro. A única alternativa que me restava, nesse sentido, era ultrapassar a gigantesca fila de veículos, pela direita, o que era possível sem maiores riscos, embora isso seja proibido pelas leis do trânsito. Graças a essa iniciaiva, consegui chegar à cidade mais próxima onde minha sogra foi medicada a tempo, evitando-se assim aquilo que poderia ter sido fatal, caso eu não me dispusse a essa desobediência legal a serviço de uma boa causa.
Esses engarrafamentos na BR 101, entre Osório-RS e Palhoça-SC, são consequentes da morosidade nas obas de duplicação da rodovia, iniciadas no governo Lula e com poucas perspectivas de serem concluídas durante a gestão de Dilma Rousseff. Mesmo ciente das dificuladades encontradas pelos motoristas, nesses trechos críiticos das estradas, a famosa “indústria da multa” costuma se fazer presente em tais locais, para autuar veículos que fazem manobras pouco convencionais, mesmo que necessárias para superar as adversidades do caos rodoviários motivado pela incompetência governamental.
Isso foi o que senti ao receber em minha residência, após retornar da viagem, uma notificação de multa por essa ultrapassagem anteriromente narrada. Nos próximos dias estarei encaminhando minha defesa à Polícia Rodoviária Federal, instruída com os argumentos contidos nessa matéria. Estou conscinete, porém, de que dificilmente serei aboslvido dessa transgressão involuntária e necessária, porque, nesses processos sumários, sem direito a provas testemunhais, a palavra do cidadão vale tanto quanto à promessa de um político safado em tempo de eleição. Afinal, no Brasil de hoje, onde pessoas de passado comprometedor ascedem ao poder, acabamos todos sendo nivelados por baixo.
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(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.

2 thoughts on “A Ordem é Multar

  1. Lino Tavares says:

    Recebo do leitor e amigo Delmar Antônio Marques de Souza a seguinte manifestação de solidariedade e apreço:

    Pois Lino Tavares, tomei conhecimento do quase calvário que Você teve de passar, quando em viagem pela BR-101, em face de pane no ar condicionado do carro, que por um triz não atingiu em cheio sua sogra, senhora idosa com 87 anos, começou a passar mal, em face disso, para salvá-la teve que se aventurar pelo acostamento, em razão de grande fluxo de veículos e pela lentidão ocasionada pelo trecho em obras, com o objetivo de socorrê-la.
    Quanto à conduta expúria dos policiais rodoviários federais, que, em vez de abordá-lo, para tomar conhecimento e averigüar as razões que o levaram a tomar tal atitude, com o objetivo de tentar socorrê-lo, que seria a conduta correta.Nada disso, ocultaram-se com o objetivo de enquadrá-lo melhor no radar móvel, a fim multá-lo e faturar em cima. Isso é a conduta correta de uma polícia rodoviária descente e honesta, que visa auxiliar na estrada o cidadão de bem?! Jamais, são facínoras pela arreadação das multas. De certo percebem alguma comissão nessas multas.
    Essa é a minha opínião, salvo melhor juízo!
    Delmar Antônio Marques de Souza.

  2. Lino Tavares says:

    Recebo do amigo e leitor Delmar Antônio de Souza Maraques, a quem agradeço essa manifestqação de solidariedade e apreço:

    Pois Lino Tavares, tomei conhecimento do quase calvário que Você teve de passar, quando em viagem pela BR-101, em face de pane no ar condicionado do carro, que por um triz não atingiu em cheio sua sogra, senhora idosa com 87 anos, começou a passar mal, em face disso, para salvá-la teve que se aventurar pelo acostamento, em razão de grande fluxo de veículos e pela lentidão ocasionada pelo trecho em obras, com o objetivo de socorrê-la.
    Quanto à conduta expúria dos policiais rodoviários federais, que, em vez de abordá-lo, para tomar conhecimento e averigüar as razões que o levaram a tomar tal atitude, com o objetivo de tentar socorrê-lo, que seria a conduta correta.Nada disso, ocultaram-se com o objetivo de enquadrá-lo melhor no radar móvel, a fim multá-lo e faturar em cima. Isso é a conduta correta de uma polícia rodoviária descente e honesta, que visa auxiliar na estrada o cidadão de bem?! Jamais, são facínoras pela arreadação das multas. De certo percebem alguma comissão nessas multas.
    Essa é a minha opínião, salvo melhor juízo!
    Delmar Antônio Marques de Souza.

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