Lino Tavares
Não resta a menor dúvida de que o famigerado escândalo de governo, que ficou conhecido como Mensalão, sobrevoa os céus do Brasil carregando a bordo um bomba atômica de alto poder de destruição, que coloca em risco o conceito bastante abalado da mais alta corte do poder judiciário, que tem por missão, diante das expectativas de quase 200 milhões de cidadãos brasileiros, julgar os 38 réus (que por questão de coerência deveriam ser 39) arrolados no processo, cujo julgamento teve inicio tumultuado, com mais um bate boca entre ministros, ratificando a certeza de que a boa ética e o respeito mútuo já não mais fazem morada no tribunal mais alto da justiça brasileira.
Com a credibilidade sob suspeita, por ter entre os julgadores em causa o ministro Antônio Dias Toffoli, ex-advogado do PT e do principal acusado no processo, José Dirceu, a Suprema Corte brasileira, pela primeira vez em sua história, estará sendo implacavelmente fiscalizada pela sociedade que, de olho nesse julgamento, a irá aplaudir ou condenar, à luz daquilo que decidir em torno dessa questão que escandalizou o Brasil, no primeiro mandato do governo Lula, com o mais sórdido esquema de assalto ao erário já visto neste país.
É crivel que os ministros togados encarregados de tão relevante missão estejam todos conscientes, nessa hora, de que não se torna plausível, nesse julgamento ímpar, que mobiliza as atenções de todo o Brasil e de analistas políticos do mundo inteiro, qualquer forma de contemplação, que deixe transparecer a intenção de poupar “amigos do rei” à guisa de gratidão a quem os indicou e nomeou ministro do STF, usando suas prerrogativas de chefe da nação, não obstante achar-se umbilicalmente ligado à enorme quadrilha que ora senta no banco dos réus, como uma espécie de “prova de fogo” a que se vê submetido o hoje caricato Superior Tribunal Federa que aí está.
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Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta, compositor e um grande amigo.
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É verdade, Maria. Esse colegiado promíscuo do STF faz lembrar aquela famosa “máfia do apito” da CBF, que foi descoberta, não foi punida e toda sujeira que praticou serviu para dar o título de campão brasileiro daquele ano ao Corinthins, tirando-o do Internacional, que foi o único prejudicado nequele escândalo de arbitragens. Vamos torcer para que o pior não aconteça nesse julgamento sob suseita.
Assistindo, como o País, ontem a seção diria que o Min. Lewandowski é o mais ‘astuto’ nessa grande encenação que será o julgamento do mensalão.
Dizem que ele ocupará o tempo de 4 dias para não deixar Min. Cezar Peluso dar seu voto, contrário, claro, a toda esta sujeira advinda do governo petista.
Maria Marçal – Porto Alegre – RS