Eliana Honorato
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Pesquisa afirma que aneurisma da aorta abdominal é de 3 a 7 vezes mais frequente que aneurisma na aorta torácica
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Sem sintomas e com manifestação silenciosa, o aneurisma da aorta abdominal é uma doença grave por se localizar na maior artéria do nosso corpo. Com a função de distribuir sangue para todos os órgãos, quando ocorre a dilatação pode gerar uma ruptura com alto risco de mortalidade.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), o aneurisma da aorta abdominal é de 3 a 7 vezes mais frequente do que o aneurisma na aorta torácica, é evidenciada mais em homens do que em mulheres e existe mais casos em homens brancos do que na raça negra.
Como toda doença os aneurismas também possuem as condições que aumentam as chances de se manifestarem. Entre os principais fatores de risco que desencadeiam aneurisma da aorta abdominal então o tabagismo, obesidade, idade maior que 65 anos, ser pertencente ao sexo masculino, sedentarismo no qual ocasiona doença cardíaca prévia (angina, infarto), colesterol elevado e hipertensão arterial (pressão alta).
O médico e especialista em cirurgia vascular e endovascular, Dr. Rogério Abdo Neser, explica que essa doença se manifesta sem mostrar indícios que a identifique, porém possui consequências graves quando a mesma é descoberta. “Em geral os aneurismas da aorta abdominal não provocam sintomas, este é o maior perigo da doença, pois podem romper e o paciente nem sabia que era portador do aneurisma na aorta. Entretanto, caso o aneurisma seja grande pode comprimir estruturas próximas a ele, como por exemplo a coluna vertebral e provocar dores nas costas, muitas vezes confundidas como dores primariamente provocadas por doenças ou desgastes na coluna. Mas como mencionei, na maioria das vezes eles são assintomáticos o diagnóstico muitas vezes é por acaso, realizado por exames de imagem na região do abdome, seja por acompanhamento médico de rotina ou pesquisa de algum outro problema de saúde”, relata.
Como toda doença existem as complicações que desencadeiam tornando mais grave o quadro do paciente. O médico Rogério Abdo Neser esclarece os processos no caso do aneurisma da aorta abdominal. “A principal complicação do aneurisma da aorta abdominal é a hemorragia causada pelo rompimento deste aneurisma. Quando isto ocorre, a mortalidade é muito elevada pois a hemorragia geralmente é muito significativa. Cerca de 30% dos pacientes que foram vítimas de uma rotura da aorta por um aneurisma morrem antes de serem atendidos em algum serviço médico. E mesmo pacientes que não morrem imediatamente tem um risco muito elevado de morte mesmo se socorridos rapidamente, sendo que globalmente há um risco de mortalidade de 70% após a rotura de um aneurisma da aorta abdominal”, explica.
Para essa doença existem dois tipos de tratamentos podendo ou não recorrer a cirurgia. O Dr. Rogério Abdo Neser explica como é avaliado o tratamento para saber se será de forma clínica ou cirúrgica. “O tratamento do aneurisma da aorta depende do tamanho do aneurisma. Aneurismas com diâmetro de até 5cm na mulher e 5,5 cm no homem são passíveis apenas de um seguimento com exames de imagem (ultrassom ou tomografia computadorizada) a cada 6 meses, em média. Caso o diâmetro do aneurisma ultrapasse estes limites, indica-se a cirurgia para sua correção, desde que o paciente tenha condições clínicas para ser submetido a uma cirurgia de grande porte. Obviamente faz parte do tratamento o controle dos fatores de risco, como cessação do tabagismo, controle da hipertensão arterial, etc”, relata.
A cirurgia pode ser conduzida de duas formas, no qual o médico junto com seu paciente definirá o melhor procedimento para o momento. “A cirurgia é a única forma de se tratar um aneurisma, e esta pode ser realizada de forma tradicional, com incisões no abdome, ou de forma endovascular, através de cateteres introduzidos no organismo pelas artérias da virilha. O profissional envolvido no tratamento deve ser o responsável em selecionar os pacientes candidatos a um ou outro tipo de cirurgia”, explica Neser.
Uma vida mais regrada com atitudes saudáveis minimizam os ricos de desenvolver o aneurisma da aorta abdominal. Com tudo, como explica o Dr. Rogério Abdo Neser, a doença ainda pode desencadear por fatores diversos. “Podem-se controlar os fatores de risco acima mencionados que ajudam a minimizar a incidência da doença, mas ter 100% de segurança que determinada que a pessoa não apresentará um aneurisma da aorta não é possível. Mesmo em pessoas absolutamente regradas a doença pode se desenvolver, entretanto a probabilidade é muito menor”, esclarece.
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