Lino Tavares

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     Nossa entrevistada da série é a cantora Angélica Kerr, de 20 anos, natural de Ariquemes, Rondônia,  jovem talento que desponta no cenário da música brasileira, com intensa participação em shows e brilhante passagem pela televisão, tornando-se uma das finalistas do Quadro “Mulheres que Brilham” de 2014, comandado nas tardes de sábado pelo apresentador Raul Gil, no SBT.
     Possuidora de uma bela voz e uma  presença de palco que encanta num misto de beleza, simpatia, empatia e esplendorosa expressão corporal, Angélica logo se tornou alvo do apreço da unanimidade dos jurados do programa, arrancando calorosos aplausos do auditório e conquistando milhares de telespectadores que se somaram ao seu Fã Clube, integrado por admiradores de  todas as regiões do país. Ao se reportar entusiasmado sobre a performance de Angélica, o consagrado produtor, compositor e apresentador de TV José Messias, integrante do Júri, definiu a cantora com quatro palavras: “Corpo, Alma, Música e Talento”.
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O Começo

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     O despertar da vocação artística trazida de berço aconteceu na vida de Angélica já aos cinco anos de idade, quando começou a perceber que todas as coisas relacionadas ao universo da música lhe tocavam o coração de uma forma muito especial. Ciente disso, seu pai, também apreciador da arte musical, estendeu-lhe a mão nesse sentido, passando a incentivar a filha nas suas iniciativas voltadas ao exercício do canto e do aprendizado instrumental. Mesmo sem ser um violonista com perfeito domínio desse instrumento, ensinou-lhe a primeira nota musical no braço do violão, o que representou para ela  o pontapé inicial para que, mais tarde, com a ajuda de sua mãe, pudesse desenvolver a pleno a sua habilidade, aprendendo a tocar violão aos 15 anos.
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A Trajetória Artística

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     Superada  a fase de aprendizado caseiro, grande parte da qual vivida no meio rural onde morava, Angélica Kerr colocou o pé na estrada e começou sua trajetória de apresentações artísticas, com exitosas participações em eventos como casamentos e festivais, tendo brilhado intensamente no “Coliseu de Talentos”, que venceu cantando uma de suas composições, já que além de cantar possui também o dom de compor. Angélica refere-se emocionada à  sua subida ao palco a fim de  cantar “Para o Mestre da Música” (de sua autoria),  com aquele friozinho na barriga tão característico dessas ocasiões especiais.  Ela  ressalta a enorme alegria de que se viu possuída pelo colossal momento em que lhe foi proporcionado contatar de perto com todos os elementos de produção, como arranjo, afinação e outras, relativos a essa canção que pediu a Deus e com a qual  venceu o festival, fazendo depois um clipe com a referida melodia.
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Atualidade

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     Depois do sucesso alcançado no Quadro “Mulheres que Brilham”, que lhe tornou nacionalmente conhecida, a jovem cantora rondoniense participou recentemente, como convidada, do Quadro “Homengem ao Artista”, Programa de Raul Gil, no SBT, onde cantou brilhantemente ao lado da consagrada Paula Fernandes,  revelando estar ao nível da grande cantora com quem dividiu palco com muita naturalidade.
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     Na oportunidade, Angélica Kerr foi comunicada pelo apresentador do programa que está relacionada para voltar a participar da temporada do ano que vem do Quadro “Mulheres que Brilham”, readquirindo a chance de se tornar vencedora do concurso e, por conta disso, assinar contrato de um ano com a Sony Music, um de seus projetos na carreira. Dia 5 deste mês, Angélica viajou para Maringá, no Paraná, a fim de participar do lançamento do CD da cantora Sílvia Kerr.  Com essa gama de predicados e conquistas, ela aceitou gentilmente nosso convite para essa entrevista, cujas perguntas e respostas se veem a seguir.
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Angélica Kerr Responde

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Sua primeira vocação foi ser cantora, ou tinha outros sonhos na infância  ?

R: Desde que me entendo por gente,  a música foi a primeira coisa com que tive contato;  minha mãe me conta que quando eu ainda mal sabia falar já ficava cantarolando musiquinhas , amava fazer teatro, interpretar desde pequenininha,  gostava de criar histórias e sempre fui muito comunicativa e idealizava quando criança ser médica e cantora quando crescesse , mas com o passar do tempo a medicina saiu dos planos,  queria ajudar as pessoas mais especificamente de uma forma mais profunda .
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Quais eram os cantores e bandas que você mais curtia quando começou a se interessar pela música?
R: Cantava e canto na igreja desde criança, mas sempre ouvi de tudo , gostava muito de Chitãozinho e Xororó , Sandy e Junior e dos cantores Gospel;  ouvia muito Rose Nascimento, Mattos Nascimento, Fernanda Brum  e Aline Barros.
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Sempre teve apoio e incentivo familiar nesse preferência pela carreira de cantora  ?
R: Sempre , meus pais são os meus maiores incentivadores e o fato de eu nunca ter desistido foi porque eles acreditaram e acreditam no meu talento.
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Frequentou alguma escola de música ?
R: Costumo dizer que a melhor escola de música que podemos ter está nas ruas , no dia-a-dia , junto às pessoas fazendo ao vivo,  deixando a música nos levar;  fiz aula de canto durante 6 meses e fiz alguns intensivos de música .
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Toca algum instrumento musical  ?
R:  Sim , toco violão,  inclusive tocar esse instrumento para mim é uma conquista por nunca ter tido uma aula para aprender , apenas por boa vontade e persistência,  vendo outros tocarem um pouco aqui e um pouco ali;   lembro só que meu pai me ensinou a primeira nota Ré Maior, a única que ele sabia, mas que foi suficiente para eu tentar e tentar; comecei a tocar aos 15 anos .
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Quem lhe ensinou a interpretar com total segurança ?
R: Eu sempre gostei muito de teatro, de interpretar brincando mesmo, lembro de quando o meu pai me colocava sobre a mesa, me dava algo pra fazer de microfone e dizia pra eu cantar ,  isso tudo me ensinou muito e com certeza o que mais me faz interpretar é cantar aquilo em que eu acredito ser verdadeiro; acho que isso faz toda diferença nas minhas interpretações .
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Você canta desde criança, ou começou a cantar na adolescência  ?
R: Desde bem pequenininha,  conta minha mãe ,  mas me lembro que aos 6 anos cantei pela primeira vez na igreja e a partir dali nunca mais parei,  mas aos 12  entrei em festivais de música e comecei a me aperfeiçoar.
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De quais festivais de música você participou ?
R: Desde criança participo de festivais de música ,  já ganhei vários deles , mas o meu maior troféu foi a experiência que obtive em cada um deles , a nível nacional Raul Gil foi o primeiro .
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Quem mais lhe incentivou na escolha da carreira de cantora ?
R: Eu tive grandes amigos , professores que sempre me incentivaram e até mais:  sempre estavam atentos a mim a qualquer possibilidade que tivesse de crescer mais no mundo musical.
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Como se sentiu emocionalmente, disputando a grande final do Mulheres que Brilham  ?
R: Me senti honrada por Deus;  ter chegado à final me fez acreditar mais no meu talento , me fez perceber que a música faz parte de mim  e mais:  o fato de estar entre tantas mulheres incríveis foi extraordinário para mim.
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É claro que entrar num palco famoso, como o do Raul Gil, desperta algum nervosismo. Como foi o seu, fácil ou difícil de controlar ?
R:  Em todas as minhas apresentações ,  todas as vezes que entrava no palco parecia ser a primeira , tudo novo , como se eu superasse cada medo que eu tinha ,  o coração acelerava, eu até  brincava,  dizendo que o meu coração já  estava no ritmo da música que iria cantar,  mas sempre era maravilhoso olhar aquilo tudo e saber que tantos artistas maravilhosos que eu acompanhei desde criança foram consagrados ali,  onde agora finalmente eu  tinha chegado.
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Você acredita que os critérios de julgamentos nos programas de calouros são totalmente justos, ou deixam algo a desejar  ?
R: Acredito que possuam seus critérios de escolha , o mercado fonográfico  tem,  digamos,  um produto exigido . Mas acredito que se poderia ousar um pouco mais em algumas escolhas , gosto do novo.
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Qual é o gênero musical que você pretende adotar como básico na carreira  ?
R: Cresci ouvindo todos os estilos de música , eu sempre gostei muito do blues onde nasce o country . Acho que a música é uma poesia que não deveria ser rotulada , posso cantar uma canção gospel em country ou rock , posso falar sobre o amor e a vida.
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Você acha que a música gospel é manifestação de fé ou apenas um gênero a mais, tentando conquistar o mercado fonográfico  ?
R:  Acho que a música gospel é ou não é poesia , depende da forma que eu interpreto e de como eu almejo que ela toque as pessoas,  mas posso transmitir fé em qualquer estilo , a música gospel é o que mais aproxima a isso , tive o prazer de conhecer grandes poetas da música como Édison Coelho,  que compôs lindas canções falando de Deus , falando da vida e que cativou milhares de pessoas;  por isso vejo que tanto a música gospel como secular têm como foco atingir  as pessoas,  cada uma com seu objetivo , é claro .
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Acha que um cantor jovem e talentoso tem chance de vencer,  sem ter dinheiro para bancar os custos de produção e divulgação de sua arte ?
R: Digamos que não é  impossível, o talento é algo que não se compra, pode ser trabalhado a cada dia para o melhor desepenho da arte,  o dinheiro pode comprar até um determinado caminho , sim ele é importante , mas o mais importante é o talento e a persistência .
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A indicação da  dupla Bruna & Keyla, primeira vencedora do Mulheres que Brilham,  para o Grammy Latino do ano passado, a incentivou de alguma forma a se inscrever nesse quadro do programa Raul Gil ?
R: Com certeza Bruna & Keyla são um exemplo para todas as mulheres que sonham com seu espaço,  é muito bacana saber que conquistaram o delas , certamente isso gera grandes expectativas  em todas.
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Como você avalia o incentivo do Ministério da Cultura ao desenvolvimento da arte musical no Brasil ?
R: A grande verdade  é que o incentivo à cultura do nosso país ainda está longe de se comparar com o dos outros países do mundo, mas há um caminho, principalmente se nós artistas criarmos uma história cultural que dependa e ande junto com o desenvolvimento;  por exemplo, onde se tenha recursos econômicos e culturais. Um país só investe em cultura se esta lhe proporcionar contrapartida , e no Brasil precisa de uma politica cultural assim , uma cultura sócio-econômica.
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No seu ponto de vista os veículos de comunicação oferecem espaços suficientes para os cantores que estão começando, ou eles são muito limitados ?
R: Com certeza os meios de comunicação abriram muito mais portas para divulgação de talentos , porém acho que poderia ser feito muito mais , como por exemplo,  há muitos compositores maravilhosos com canções que precisam ser mais conhecidas;  se esses veículos abrissem um leque um pouco maior para divulgação dessa arte,  seria um trabalho fantástico , existem muitos artistas por aí só esperando um oportunidade.
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Dá para atender a todos os compromissos como cantora, sem prejudicar os estudos de alguma forma  ?
R: Sim , com toda a certeza , a música se torna  o objetivo , mas posso estudar até mesmo áreas que tenham a ver com meu trabalho.
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Seu namorado, caso possua, acompanha você na trajetória de cantora  ?
R: Não tenho namorado.
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O apoio recebido da produção do Programa Raul Gil correspondeu sua expectativa ou deixou a desejar em algum aspecto ?
R: Não deixou a desejar de forma alguma , fui recebida com muito carinho e fui até surpreendida com tudo que aprendi dentro do programa.

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“Bate Bola” com Angélica Kerr

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Recordação de infância  ?  Minha casa no campo .
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Eterno (a) amigo (a) ? Deus , MINHA MÃE
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Grande surpresa  ? Descobrir que eu podia muito mais que imaginava.
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Sonho realizado ? Realizar o sonho do meu pai de estar no programa Raul Gil .
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Não gosta de lembrar ?  Que perdi tempo em alguns momentos
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Viagem inesquecível ? Foz do Iguaçu com minha família.
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Melhor presente ? Meu violão

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Superstição ? Não tenho
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Cor (s)  preferida (s) ?  Rosa e azul
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Número de sorte ? Gosto do 7
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Prato preferido ?  Frango caipira com quiabo preparado pela minha mãe (rs)
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Principais Hobbies ? Gosto de ler , ouvir música , compor,  assistir filmes.
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Time do coração ?  Timão “Corinthians”
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Cantor ou cantora nacional de todos os tempos ? Roberto Carlos.
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Cantor ou cantora internacional de todos os tempos ? Elvis Presley .
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Projetos  ?  Trabalhando no meu CD , escolhendo repertório  já com alguns clipes oficiais em breve no meu canal no youtube,  algumas parcerias importantes na minha carreira , montando shows , se Deus quiser –  e eu creio que Ele quer  – grandes novidades por aí .

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Considerações finais

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       Gostaria de agradecer a todos aqueles que torceram por mim no quadro “Mulheres que Brilham” e que continuam torcendo pela  minha carreira musical , e de  grato coração espero poder atingir todo o público de todas as idades  e lugares,  levando sempre minha música de forma singela e marcante . Continuo pedindo a Deus que vá à minha frente, iluminando o caminho e sempre dizendo que para mim a música é mais uma prova de que existe um Deus. Agradecer ao querido LinoTavares pela atenção da entrevista. Deus abençoe a todos !  Atenciosamente Angélica Kerr
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VÍDEOS COM A PARTICIPAÇÃO DE ANGÉLICA KERR

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Interpretações

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Jesus Cristo
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Nascemos para cantar:
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Coração Sertanejo:
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Prá Você (com Paula Fernandes):
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Tente Outra vez:
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My Halleluya Song:
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Love is not a Fight:
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Para o Mestre da Música (Angélica Kerr) :
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Participação:

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Programa Terra Viva Ariquemes
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Contatos com Angélica Kerr

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1 thoughts on “Angélica Kerr, o Despontar de Uma Estrela no Cenário Musical

  1. Pingback: Evaldo Gouveia, O Seresteiro de Todas as Gerações - Gibanet.com

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