Após o Dilúvio e a saida de Nôach (Noé) e sua família da arca, D’us os abençoou e estabeleceu uma aliança assegurando-lhes de que jamais haveria outro dilúvio para destruir a terra.
Fez surgir no céu o primeiro arco-íris que selaria para sempre esta aliança e forneceu um Código de sete leis sobre as quais uma nova civilização seria construída. Estas leis representam o reconhecimento de que a moralidade – na verdade, a própria civilização – deve ser baseada na crença em D’us.
A menos que reconheçamos um Poder Mais Alto perante quem somos responsáveis, e quem observa e conhece as nossas ações, não transcenderemos o egoísmo de nosso caráter e a subjetividade de nosso intelecto. Se o próprio homem é o árbitro do certo e errado, então o “certo” para ele será aquilo que deseja, independentemente das conseqüências para os outros habitantes da terra.
“As Sete Leis” são uma herança sagrada para toda a humanidade e para cada um em particularde como deve conduzir sua vida espiritual, moral e pragmática. São intemporais, não restritas a locais geográficos e jamais podem ser alteradas ou modificadas, guiando a humanidade a perceber seu potencial máximo.
Chegará um tempo em que todos estarão preparados para incorporar este caminho. Será então o início de um novo mundo de sabedoria e paz
Primeira Lei
Creia em Deus – Não adore ídolos
Reconheça que existe apenas um D’us que é Infinito e Supremo acima de todas as coisas. Não substitua este Ser Supremo por ídolos finitos, seja você mesmo ou outros seres. Esta ordem inclui atos como prece, estudo e meditação
O homem, a mais fraca das criaturas, está rodeado por forças de vida e morte muito mais poderosas que ele próprio. Confrontado com a vastidão destas forças universais, o homem poderia tentar “serví-las” para proteger a si mesmo, e melhorar sua propriedade. A essência da vida, entretanto, é reconhecer o Ser Supremo que criou o Universo – acreditar n’Ele e aceitar Suas leis com reverência e amor.
Devemos lembrar que Ele está consciente de nossos atos, premiando a bondade e castigando a maldade. Dependemos d’Ele, e apenas a Ele devemos lealdade. Imaginar que poderia haver outro poder capaz de nos proteger e suprir todas nossas necessidades, é não apenas tolice, mas contradiz o propósito da vida, e, como a história tem mostrado, potencialmente desencadeia forças indizíveis do mal em nós mesmos, e no mundo.
Segunda Lei
Respeite a Deus e Louve-o – Não blasfeme usando seu nome
Quando nos sentimos desapontados com a vida, quando as coisas não acontecem da maneira que deveriam, é muito fácil apontar um dedo acusador e culpar tudo e todos, até mesmo D’us. Lealdade e confiança são fundamentais na vida.
Culpar D’us, praguejar, ou amaldiçoar outros em Seu nome, é um ato de deslealdade – derruba a base de toda ordem e estabilidade na qual uma sociedade justa deve se apoiar.
Terceira Lei
Respeite a vida humana – Não mate
Todo ser humano é um mundo inteiro. Salvar uma vida é salvar o mundo inteiro; destruir uma vida é destruir um mundo inteiro. Ajudar outros a viver é uma ramificação deste princípio.
O registro da desumanidade do homem com seu semelhante começa com a história de Caim e Abel. O homem é de fato o guardião de seu irmão.
A proibição contra o assassinato protege o homem de agir contra seu semelhante.O homem deve lutar dentro de si mesmo a fim de dominar seus instintos e transformar o mau em bem.
O homem, o atacante, renega a santidade da vida humana, e por fim ataca D’us, que nos criou à Sua imagem e semelhança.
Quarta Lei
Respeite a instituição do casamento – Não cometa atos sexuais imorais
O matrimônio é um ato Divino.A Bíblia declara: “Não é bom para o homem estar sozinho,” então D’us criou uma companheira para Adam, e em matrimônio, “Ele os abençoou.” Numa família completa, a criatividade do homem encontra significativa expressão. Famílias são a pedra fundamental de comunidades, nações e sociedades sadias.
Nações que toleraram a imoralidade – adultério, homossexualidade, sodomia, incesto – jamais tiveram uma longa duração. Imoralidade sexual é o sinal de decadência interior que gera uma sociedade desumana, trazendo o caos ao plano de vida traçado pelo Criador.
O casamento de um homem e uma mulher é um reflexo da unicidade de D’us e Sua criação. A deslealdade no casamento é um ataque àquela unicidade.
Quinta Lei
Respeite os direitos e as propriedades dos outros – Não furte
Seja honesto em todos os seus negócios. Ao confiar em D’us em vez de em nosso próprio julgamento, expressamos nossa confiança Nele como Provedor da Vida.
Devemos procurar ganhar nosso sustento com dignidade, e não através de meios falsos e ilícitos. Violar a propriedade alheia constitui um ataque fundamental à dignidade de nossos semelhantes.
Gera a anarquia, lançando o homem às profundezas do egoísmo e da crueldade.
Sexta Lei
Respeite as criaturas de Deus
D’us concedeu ao homem “domínio sobre os peixes do mar, as aves dos céus, sobre o gado, e sobre tudo o que há na terra”. Somos os guardiões de sua criação. Nossa responsabilidade, portanto, excede a de cuidarmos de nossa família, da sociedade, para englobar também toda a natureza.
Devemos cuidar e preservar o legado Divino e sobretudo não causar dor nos seres vivos.
A princípio, o homem foi proibido de consumir carne. Depois do Grande Dilúvio, ele foi autorizado – mas com uma advertência e sob uma condição: não causar sofrimento desnecessário a qualquer animal etornar-se sensível a sua dor.
Sétima Lei
Promova a justiça
Estabeleça tribunais para a manutenção da justiça.
A justiça é um assunto de D’us, mas recebemos o encargo de compilar as leis necessárias que sustentam uma sociedade e fazê-las valer sempre que pudermos. Quando corrigimos os erros da sociedade, estamos agindo como parceiros no ato de tornar a Criação sustentável.
Um sistema legal robusto e saudável, que administre igualmente a justiça, cria uma sociedade merecedora das bênçãos de D’us. Estabelecer um sistema de juizes, cortes e oficiais para manter e cumprir a lei é uma grande responsabilidade.
Este preceito traduz os ideais de nossa vida pessoal e para a sociedade como um todo. É a extensão e garantia de todas as leis precedentes.
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