(*) Por: Lino Tavares
O Brasil é um país deveras contraditório. Quando tivemos doenças avícolas atacando fortemente por aqui, como a famosa “Gripe do Frango”, nossas aves resistiam heroicamente e não morriam na mesma proporção daquilo que acontecia em outros países.
Agora que nem se fala mais na doença, uma estranha peste resolve acabar com as aves mais famosas e importantes deste país. Na Copa América, Ganso e Pato morrem abraçados aos “frangos” e “perus” do goleiro Júlio César. Em Porto Alegre, o “Falcão colorado” tomba como herói morto em pleno Beira-Rio, após seu time levar três, ao natural, do novo São Paulo de Adilson Batista.
Por outro lado, o “Galo” mineiro cai aos pedaços, jogando um futebolzinho do tamanho do salário mínimo assinado pela Dilma Rousseff. Como diz FHC, assim não pode; assim não dá. Com tanta ave importante sucumbindo no universo do futebol, o mínimo que se pode dizer, à guisa de trocadilho, é que dá “pena” ver a frustração de milhões de brasileiros, ao ver seu mais famoso “canarinho” destroçado em meio a aves de grande porte.
(*) Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor.