Gilberto Vieira de Sousa
.
No Brasil tem aproximadamente 16 milhões de portadores de deficiência visual e oficialmente apenas 50 deles possuem um cão guia lhe auxiliando nas suas atividades diárias. O grande problema é a falta de informação, pois a maioria das pessoas acha que é complicado ou caro ter um animal destes.
Um cão guia, para quem não sabe, é treinado para conduzir uma pessoa do ponto A ao ponto B em uma linha reta; para parar em todas as mudanças de elevação (meio fio, escadas); e conduzir seu dono em torno dos obstáculos, incluindo obstáculos aéreos tais como os galhos das árvores e telefones públicos. O usuário deve saber os sentidos para alcançar seus destinos desejados, a fim de dar ao cão comandos verbais para chegar lá.
O trabalho de um guia requer habilidade e comunicação. Os cães devem evitar distrações, tais como ruídos, cheiros interessantes ou incomuns, animais e pessoas, a fim de se concentrar no trabalho de guiar. O usuário aprende a reconhecer e seguir o movimento do cão quando virar a fim de evitar obstáculos. O usuário também sabe como prosseguir com cuidado quando o cão retarda ou para.
Treinar um cão-guia leva aproximadamente de três a cinco meses. Antes do começo do treinamento formal de cada cão, seu nível de sensibilidade é avaliado. Esta informação pode ajudar a determinar como prosseguir no programa de treinamento com cada cão em particular.
As quatro principais raças para o treinamento de cão-guia são: o Labrador, o Gold Retriever, o Pastor Alemão, e o cruzamento entre Pastor Alemão e um Gold Retriever ou um Labrador. Em cada uma destas quatro raças são encontradas exigências básicas para um cão-guia: um temperamento disposto e estável, tamanho e peso saudável, e pêlos que são fáceis de se tratar.
O IRIS (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social), entidade sem fins lucrativos, fundada em 2002 em São Paulo (SP), tem a missão de desenvolver atividades que acelerem o processo de inclusão social das pessoas portadoras de deficiência visual.
Elegeram como prioridade institucional a difusão do cão-guia como grande facilitador desse processo.
O Instituto IRIS é o único no Brasil com um instrutor reconhecido pela International Guide Dog Federation (Inglaterra), especialmente qualificado para esse fim na Royal New Zealand Foundation for the Blind – Guide Dog Services (Nova Zelândia) entre 1996 e 1999.
Para obter um cão guia para cegos, você precisa apenas fazer uma inscrição no Instituto de Inclusão e Responsabilidade Social.
A primeira etapa do treinamento de um cão-guia começa com a sua socialização, e este trabalho é feito por voluntários que cuidam do cão até que este complete cerca de um ano, fase em que começará o seu treinamento formal. Cadastre-se no Instituto de Inclusão e Responsabilidade Social se você deseja ajudar a criar um cão-guia.
A recompensa recebida na criação de um filhote, através de sua dedicação, esforço e amor, é a mobilidade segura e independente de uma pessoa cega, que possa apreciar um cão-guia ao seu lado.
Faça parte deste projeto acessando o site do Instituto de Inclusão e Responsabilidade Social.
quero um ção guia como consigo os formulários de escrisões
Olá Marilene, os formulários são adquiridos no Instituto IRIS – de Responsabilidade e Inclusão Social, no link a seguir você encontra todas as informações que precisa: http://www.iris.org.br/
Boa sorte
Ótimo post, já presenciei alguns deles no metrô pois pego sempre a linha verde- Paulista, são cães super dóceis, mas as pessoas se esquecem que não podem passar as mãos neles pois são cães treinados e um simples gesto póde mudar o comportamento com o próprio dono.
Muitos carregam uma placa no pescoço escrita:
“Não brinquem comigo, estou trabalhando ”
Legal né ?
abraço