Caridade ou Assistencialismo? 3Giba

 

Este questionamento me persegue há algum tempo.

Até onde nossos atos de caridade são benéficos e a partir de que ponto tornam-se assistencialismo?

Por que, uma coisa é a caridade que ajuda as pessoas a se recuperarem e sairem de uma situação difícil, como quando ensinamos a pescar e doamos as ferramentas para que a pessoa possa se virar por sí só.

Outra coisa é passarmos a mão na cabeça e doarmos todos os peixes que esta pessoa precisa, sem lhe ensinar como se pesca e sem deixar que ela mesma tenha condições de prover seu sustento.

De assistencialismo estamos repletos. Temos os do governo, com seus programas de bolsa família, bolsa escola, bolsa alimentação e assim por diante.

Nas diversas igrejas do país temos os multirões de arrecadação de alimentos, produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal e roupas.

Nos diversos centros espíritas também encontramos esta mesma movimentação em pról dos menos favorecidos.

Mas, quem é que está ensinando a pescar?

Quem é que está providenciando as ferramentas para pesca?

Será que, com nossas boas intenções, não estamos trazendo mais malefícios que benefícios?

O ser humano tende a se adaptar ao comodismo e as facilidades muito mais facilmente do que se adaptar ao trabalho.

É mais ou menos aquela história, trabalho poque preciso, mas se deixarem, deito em minha rede e espero me trazerem a refeição.

Como exemplo, estamos vendo diariamente na Rede Globo de televisão a campanha “Criança Esperança”, que arrecada dinheiro para que a Unesco coordene projetos sociais, mas estes projetos tem obrigatóriamente que estarem ligados à educação e à cultura, criando assim condições para o aperfeiçoamento do indivíduo, dando-lhes condições para que daqui a algum tempo, ele se vire sozinho e até, possa ajudar em novos projetos.

Mas será que nossas instituições religiosas e nosso governo estão seguindo esta mesma cartilha?

Será que nossas doações, tanto materiais como de mão de obra voluntária estão sendo direcionadas a este tipo de benefício?

Ou será que estamos educando um grupo de pessoas necessitadas a serem os oportunistas de amanhã?

Convido você a uma reflexão profunda, para que não sejamos responsáveis por um resultado ruim no futuro.

Lembrando que a omissão daquele que em nada ajuda, também pode contribuir para um resultado insatisfatório.

O que você pensa a respeito?

 

Giba é técnico em sistemas de TV digital, radioamador, idealizador e administrador dos blogs CozinhaMasculina.com.br e GibaNet.com

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23 thoughts on “Caridade ou Assistencialismo?

    • Gilberto Vieira de Sousa says:

      Ter controle de quem entra, eu entendo. Impedir a saída, eu não entendo.
      Mas já fui ao Paraguai e ninguém tentou me impedir de sair, Já fui ao Uruguai e ninguém tentou me impedir de sair, já fui para a Argentina e também não encontrei problemas para sair.

  1. Hendrix Silveira says:

    Todo sistema político-econômico precisa de pessoas para ter sustentabilidade. O Sistema capitalista usa sua máquina ideológica (rádio, TV, jornais, mídias enfim) para alienar o povo e fazê-lo acreditar que é dependente desse sistema, ou seja, o sistema capitalista faz uma propaganda de si mesmo para que as pessoas acreditem que dependem do sistema quando na verdade é o sistema que depende delas. O sistema capitalista promove axiomas como individualismo e consumismo para se manter sempre em alta. A principal consequência disso é o abismo que separa os que herdaram riqueza dos que herdaram pobreza. Assim temos uma meia dúzia que pode realmente consumir de tudo e milhares de milhões que querem poder consumir de tudo. Todos estão presos nessa máquina ideológica infernal.

    O sistema comunista promove o coletivo e não o indivíduo, por isso as vontades individuais são diluídas dentro desse coletivo. O sistema parte do princípio de que se tu tens tudo de que precisa não há o porquê de querer sair do sistema.

    O grande problema dos sistemas político-econômicos (tanto o capitalismo quanto o comunismo) é que partem de premissas falsas criadas pela ciência. A maior delas é a de que os seres humanos são uma máquina que pode ser bem regulada para se atingir certos objetivos. Só que não.

    Cada indivíduo é único e pensa por si mesmo e escolhe seus caminhos. É por isso que tanto no sistema capitalista quanto no socialista/comunista existem defensores e críticos fervorosos. Assim como eu e o Sr.

    • Gilberto Vieira de Sousa says:

      Entendi, mas porque nos países comunistas as fronteiras são fechadas e a população é proibida de sair se não estiverem satisfeitas.
      Nos países capitalistas a pessoa pode sair quando quiser se não estiver satisfeito.
      Eu não consigo entender a necessidade de fronteiras com soldados armados impedindo a saída deste, preferindo ficar com insatisfeitos plenos que deixa-los ir embora.

  2. Hendrix Silveira says:

    Bem, as pessoas podem me taxar do que bem entenderem, mas o que realmente me faz ser o que sou são minhas atitudes. E essas atitudes tem que ser coerentes com a ideologia política que acredito, prego, sigo e ajo.

    Na minha graduação em História tive uma disciplina de História das Religiões e como estudante desse tema entendi que não devemos questionar as verdades religiosas. Pude aprofundar isso na minha pós-graduação em Ciências da Religião ao entender que a religião é, sobretudo, promotora de cultura e não apenas um de seus aspectos. Já no mestrado em Teologia pude observar como as verdades religiosas passam uma mensagem nem sempre clara, por isso as enormes divagações e as distantes interpretações.

    Contudo não é papel das ciências sócio-históricas ou da arqueologia dar sustentação as histórias bíblicas ou de qualquer outra tradição. Apenas se analisa o seu papel nos contextos sociológicos. O termo “pecado” que empregaste – “ser rico não é pecado” – remete a questões teológicas e não históricas. E provei que teologicamente sim, ser rico é pecado. Se disseres que foi apenas um uso metafórico da palavra (pecado = erro contra Deus), pois queria apenas dar ênfase à semântica do termo “erro” usando “pecado” como metáfora (ser rico não está “errado”) já que no imaginário popular errar é perdoável, mas errar contra Deus é imperdoável e nos lançará ao inferno onde seremos punidos com dor e sofrimento para sempre, podemos dizer que o que tentaste afirmar é que “ser rico não te manda para o inferno” ou seja, não é imperdoável, nem te dá a maior de todas as punições metafísicas do cristianismo.

    Na visão iluminista a ideologia religiosa precisava ser derrubada para implantar em seu lugar uma ideologia burguesa que busca legitimar sua posição no topo das relações de poder. Se na Idade Média e na Moderna a religião legitimava o poder dos reis e da nobreza, a despeito da burguesia, na Contemporânea temos a consolidação dessa burguesia nos patamares mais elevados do poder e para mantê-la lá logo fez uso de uma ideologia que relegasse a religião ao campo do privado. Então se a igreja e a bíblia foram usadas para “conter a população e dar poder as governantes e ao clero”, os filósofos iluministas e modernistas foram usados para conter a população e dar poder à burguesia (que controla os governos, as igrejas, as ongs, etc.). Apenas se trocou o topo. Abase continua imutavelmente oprimida. Trocou-se o seis por meia dúzia.

    Certamente sou um historiador sério e me formei num curso classificado pelo MEC como de nível 5. Estudei o que prega o comunismo em suas mais variadas vertentes, assim como o socialismo e suas aplicações nos países da Europa Oriental, China e Cuba.

    O que pude perceber a partir desses estudos é que os direitosos apenas reproduzem falácias de descaracterização desses sistemas que, como qualquer outro, produziu pontos positivos e negativos. Dão ênfase aos pontos negativos como se todo o sistema só os promovesse. Geralmente falados a partir da realidade capitalista em que vivem. Por exemplo:
    1) a população sofreu ou sofre com o desabastecimento de itens básicos -> o sistema socialista necessita de uma rede de produtores para que o mercado de trocas seja eficiente, além da sorte sobre o tempo (chuva, sol, seca, enchentes). Na falta deles há desabastecimento como em qualquer sistema econômico. O que não ocorreria é o estoque de produtos para que seu preço suba.
    2) são cerceadas suas liberdades -> que liberdades? A de escolher entre a Sadia ou a Friboi? Entre Ferrari ou Lamborguini? Entre um Apple ou Samsung? Ah! Está falando da liberdade de imprensa? Tipo a da Veja ou da Globo?
    3) são massacrados pelos ditos “coletivos” -> mais ou menos como homens massacrando mulheres; brancos massacrando negros; heteros massacrando homos; cristãos massacrando vivenciadores de tradições africanas…
    4) hostilizados ou mortos pela força nacional -> ah sim… Melhoria seria ser hostilizados ou mortos pela polícia mesmo.
    5) Apenas nos países onde o liberalismo foi implantado, total ou parcialmente, é que a população ganhou maior poder aquisitivo real e maior independência social -> Nessa fiquei boiando… Que país é esse? Que população é essa? Que poder aquisitivo real? Que maior independência social? Estudei Adam Smith e o liberalismo dele é tão idealista quando o comunismo de Marx. No papel funciona que é uma beleza, mas a aplicação se torna sempre difícil justamente porque nem todo mundo entende os processos e mandam contra.

    O nazismo era nazismo e não tem nada a ver com o socialismo. Ao menos não com o pensado por Karl Marx. Eles se auto intitulavam nacional-socialistas, mas de forma geral eram fascistas, ou seja, extrema direita.

    Bem, a partir dos meus estudos estou convicto que o único jeito de se atingir justiça social é através do comunismo. Não é humano pensar apenas em si próprio enquanto o outro está logo ali no chão, sem teto e sem pão.

    • Gilberto Vieira de Sousa says:

      Hendrix, já que estudou sobre o assunto, me tire uma dúvida:
      Porque os governos comunistas não deixam que os descontentes com o regime simplesmente saiam do país e se mudem para onde quiserem?
      Até hoje eu não consigo entender esta situação de não permitir que o cidadão decida se quer ou não ficar.

  3. Hendrix Silveira says:

    Bem… Certamente não sou o melhor debatedor com o sr sobre estes temas. Afinal sou professor de História, isso significa que conheço a história desse país de forma que não me parece fazer qualquer sentido o que o sr. expõe aqui.

    Estudei Paulo Freire, logo o discurso venenoso e totalmente infundado contra a maior autoridade brasileira em Educação, reconhecido e estudado no mundo todo, não me afeta.

    Também estudei sociologia e História da Cultura o suficiente para entender que os problemas sociais e de corrupção do Brasil estão alicerçados numa cultura excludente, aristocrática e escravocrata (sem falar machista, homofóbica, racista e cristianocentrada), que busca ambiciosamente o poder, e ninguém está imune à ele. De fato Paulo Freire nos ensina que dentro de cada oprimido tem um opressor pronto para sair e tomar o controle da pessoa. Então temos que constantemente exercitar nossa alteridade pensando naqueles que estão a nossa volta. Todas as religiões propagam isso. O Teólogo católico Luiz Carlos Susin trata muito bem disso ao dialogar com o filósofo Emmanuel Levinas.

    Falando em cristiansimo, sim, ser rico é pecado. Em Marcos 10: 23-25 a bíblia diz: Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
    E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!
    É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.

    Mas para mim o pior não é ser rico. O pior é não se importar com ninguém. Pensar apenas no “eu” como se o mundo todo girasse ao seu redor. Esse discurso deplorável de quem não se importa com a humanidade, mas apenas consigo mesmo é que me dá asco. Não são diferentes dos animais irracionais que lutam entre si pelo maior quinhão de carne.

    Certamente me tornarei um doutor, mas não serei jamais ideologicamente um pequeno burguês. A ideologia burguesa é cancerosa. Além disso respeito minhas origens, sei de onde venho e pra onde não quero ir.

    • Gilberto Vieira de Sousa says:

      Quando se tornar doutor, será taxado de pequeno burguês, independente de sua posição ideológica.
      Em relação as pessoas que só se preocupam consigo próprias, concordo plenamente contigo, são um câncer.
      Como professor de história, você deve saber que grande parte da bíblia não se sustenta diante da investigação de um historiador e u arqueólogo. A bíblia foi pensada para conter a população e dar poder as governantes e ao clero e você deve bem saber que isto ocorreu em 325dC no Concílio de Niceia, inspecionado pessoalmente pelo então imperador romano Constantino.
      Se você é um historiador sério, sabe que em todos os países onde foram implantados regimes socialistas, a população sofreu ou sofre com o desabastecimento de itens básicos, são cerceadas suas liberdades e são massacrados pelos ditos “coletivos” e hostilizados ou mortos pela força nacional. Apenas nos países onde o liberalismo foi implantado, total ou parcialmente, é que a população ganhou maior poder aquisitivo real e maior independência social. Ou seja, quanto menos intervenção do governo, melhor para a população, melhor para o desenvolvimento da nação. Quanto maior a intervenção estatal, quanto maior o governo, pior para o país e seu povo.
      Um detalhe que poucos lembram de por na conta é que o NAZI era o partido socialista dos trabalhadores, ou seja, de esquerda, socialista, o PT alemão, querendo o maior estado possível, querendo ser dono de tudo, assim como a esquerda daqui, com o seu foro de são Paulo, onde até agora apenas a Venezuela teve coragem de assumir seu lado opressor e por enquanto é a única que está matando sua população com tiros de fuzil, incluindo os estudantes, imitando o que Fidel e Chê fizeram em Cuba.
      Para finalizar, tenho convicção que a melhor maneira de se tirar as pessoas da pobreza é através da educação, da profissionalização e da desburocratização. Na questão política, o melhor caminho é o liberalismo econômico e a intervenção mínima do Estado. Sou a favor de um país laico, pois reconheço que a maioria da população tem a necessidade de algum tipo de doutrina religiosa que lhes traga o conforto que o material não proporciona. Sou a favor da independência total do judiciário, onde os magistrados elejam seus magistrados, assim fica muito mais difícil aparelhar o judiciário com advogados partidários. E no caso de políticos condenados por corrupção, que fiquem inelegíveis eternamente, assim nos livramos de boa parte dos saqueadores da nação.

  4. Hendrix Silveira says:

    O argumento do texto é muito senso comum.

    Caridade e Assistencialismo são exatamente a mesma coisa. A diferença está em quem o promove. A caridade é sempre promovida por indivíduos, enquanto que o assistencialismo é promovido por instituições e órgãos públicos ou privados, inclusive instituições religiosas.

    A palavra “caridade” vem do latim “cáritas” que significa “favor” ou “ajuda”. Tanto a caridade quanto o assistencialismo não contribuem para a promoção de igualdade social, pelo contrário, mantém as desigualdades. De fato as desigualdades são até necessárias. É necessário ter pobres para que se faça a caridade e se promova o assistencialismo. Estas ações não alteram o status quo. Geralmente as pessoas e entidades que promovem a caridade e o assistencialismo doam apenas o excedente de seus lucros justamente para pacificar as massas empobrecidas.

    Os projetos de inclusão social como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Ciência Sem Fronteiras e Fome Zero não são assistencialismo justamente porque alteraram o status quo. São políticas públicas que fizeram com que mais de 50 milhões de brasileiros saíssem da pobreza e mais de 100 milhões entrassem para a classe média. O assistencialismo jamais promoveria tal alteração.

    O que realmente é um contraponto à caridade e ao assistencialismo é a economia comunitária, onde se estabelecem direitos iguais no acesso aos bens de consumo e aos serviços de saúde, segurança e educação.

    Prof. Drando. Bàbá Hendrix Silveira
    Babalorixá, Historiador e Teólogo

    • Gilberto Vieira de Sousa says:

      Prof. Drando
      Discordo de você quando diz que o Bolsa família tirou pessoas da miséria e as lançou na classe média.
      O desgoverno petista alterou os dados e alterou os índices para maquiar as estatísticas fazendo um relatório falso e mentiroso.
      Da mesma forma que para não mostrar que o desemprego no País aumentou o governo petista tirou da lista dos desempregados quem recebe algum auxilio social estatal.
      A grande questão é que, para se ajudar as pessoas a saírem da miséria é necessário que se invista em educação, instrução, treinamento e que o mercado esteja apto a receber novos investimentos e que tenha-se equilíbrio para que o comercio flua naturalmente.
      Nunca, por mais dinheiro que se invista na área social, tiraremos o povo da linha de miséria se não os educarmos e os qualificarmos, mas o governo petita faz o contrário, criando cotas e sucateando toda a estrutura educacional,com o único intuito de criar uma nação bestializada e infelizmente, doutrinada na ideologia de esquerda na própria escola, o que traz um retrocesso imensurável, já que a ideologia de esquerda é uma das mais indignas e mentirosas da história.
      Conheci uma igreja católica, no município de Osasco, onde foram montados diversos cursos de alfabetização de adultos e profissionalizantes, com as escolas patrocinadoras certificando os participantes, porém, quando foi eleito um prefeito do PT, a prefeitura proibiu os cursos, assumindo que não é interesse do PT e seus aliados da esquerda que a população saia da miséria por méritos próprios e com preparo e informação de qualidade
      Meu caro professor, não caia na armadilha das mentiras da esquerda, pois se você recorrer a história, verá que nenhuma nação administrada pelo socialismo zelou pelo bem estar de seu povo, deixando tudo muito pior do que antes e a população oprimida pela ditadura do proletariado tende a tentar fugir do país. Aliás, se o comunismo fosse bom, não seria necessário fechar as fronteiras dos países comunistas para tentar evitar a fuga da população.
      Poderemos discutir a questão da caridade e assistencialismo de maneira muito saudável se não forem incluídas as mentiras descabidas do desgoverno corrupto, mentiroso e ideológico comunopetista.
      Grande abraço

      • Hendrix Silveira says:

        Bem, sua postagem está recheada de componentes ideológicos que muito interessam as classes A, B e C+. Leio apenas uma defesa de valores direitistas burgueses através de um discurso retórico antiPT. Note que em nenhum momento eu falei de partido político na minha postagem, mas sim de programas de governo que deram certo e é visível a olho nu.

        Se os relatórios são falsos? Não sei. Não os li nem tenho outros dados. Apenas vislumbro mudanças no extrato social da minha região e foi graças aos programas do governo, já que em governos anteriores nada aconteceu.

        Nasci e cresci numa favela em Porto Alegre e ainda moro aqui. Vi como as pessoas mudaram, progrediram, prosperaram grande parte graças aos programas do governo federal.

        Educação? Eu sou fruto das políticas públicas para a educação. É graças a essas políticas que um favelado de mais de 40 anos daqui a pouco será chamado de Doutor. :)

        • Gilberto Vieira de Sousa says:

          Dei enfase ao PT, mas sou contra qualquer mentira da esquerda, incluindo as do idealizador destas políticas sociais de que citou, o FHC, já que todas elas foram idealizadas, desenvolvidas e lançadas em seu governo.
          Quanto as políticas públicas da educação, tenho certeza de que não estudou no período que as ideologias de gênero e as cotas já estavam em vigor. E é possível que não tenha sido vitima do desserviço de Paulo Freire.
          Acho muito engraçado ouvir os discursos contra a burguesia, como se esta não fosse composta de trabalhadores. Alguns inclusive saídos da pobreza, como Pelé, Joaquim Barbosa, Marina Silva, Thiago Martins, Edson Bueno,Lírio Parisotto, Marco Franzato, entre muitos outros que conquistaram seu lugar ao sol com trabalho, muito trabalho.
          Não adianta, a esquerda sempre tenta demonizar quem conseguiu vencer na vida e também quem teve a sorte de nascer em uma condição boa, mas não os vejo criticando os políticos da esquerda que enriqueceram roubando, colocando ladrões históricos de nossa política, como Maluff, ACM, Sarney, como amadores batedores de carteira.
          Ser burguês ou rico, não é, nunca foi e nunca será crime, nem pecado, assim como ser pobre não é meritoso e todos temos que buscar sair desta condição.
          Se os governos que tivemos no Brasil, estou falando de todos eles, não atrapalhassem tanto o desenvolvimento do País, talvez estivéssemos em um patamar muito melhor, quem sabe, equiparado as grandes nações desenvolvidas.
          Lembre-se que os programas sociais atuais foram criados para tirar parte da população do mercado de trabalho e deixa-los dependentes do governo, para serem utilizados como masa de manobra.
          Leia a ata do terceiro congresso nacional do PT, onde chamam os professores de idiotas úteis e explicam sua utilização na formação ideológica dos alunos.
          Leia a ATA do quinto congresso do Foro de São Paulo e veja quais são as metas do sistema que começou a ser implantado no Brasil a partir do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso.
          Faço votos que se torne doutor e seja o mais competente e reconhecido possível dentro de sua área, assim se tornará um pequeno burguês bem sucedido e será muito mais feliz.
          Grande abraço

  5. Miralda Snatos says:

    Com toda certeza amigo Gilberto, é mesmo uma chamada para ação. Ação esta que não é nada fácil, para os que não têm força de vontade.
    Doar e ensinar são coisas importantes, no entanto a exemplificação por meio da boa conduta se faz imprescindível. Um grande exemplo de caridade é o perdão, a aceitação e o respeito à diversidade.
    Acredito que para ajudar alguém de fato, necessita-se estar preparado, aliás, como poderia uma pessoa mal resolvida auxiliar alguém?
    Penso que isso não seria possível, porquanto a reforma íntima é extremamente essencial. Só o autoconhecimento nos libertará dos vícios e má tendências as quais estamos inclinados, garantindo-nos a conquista da serenidade que precisamos para acalmar o coração, dominar as emoções e tranquilizar a mente.
    Descobrindo nossa essência que é puramente espiritual, conheceremos o amor verdadeiro e a partir daí com toda certeza o nosso serviço para com o próximo será tanto mais espontâneo quanto produtivo.

    “Por que será que todos nós pensamos que amparar significa dar algo financeiramente? Por que será que nunca nos passa pela cabeça que amparar significa doar o nosso coração, transmitir segurança, amor e doçura para a pessoa que precisa do nosso amparo?
    Amparar é, antes de tudo, doar, amar, respeitar o próximo, pois sempre que pensamos em amparar, pensamos em alguém, pensamos no outro.
    Amparar é agasalhar com o calor do nosso coração, com a criatividade da nossa alma, para que o outro ser sinta-se à vontade para ser agasalhado, sem sentir-se diminuído. Sem sentir-se um coitado dentro desse mundo cão que late, late e, muitas vezes, morde mesmo. Sem dó e nem piedade. Chegando, até mesmo, a arrancar um pedacinho do nosso eu.
    Amparar amigos, é enobrecer, é se elevar, é construir.
    Amparar é luz interior, é coragem, é crescer e fazer crescer.
    Amparem queridos, pois o nosso coração foi feito para bater forte por tudo e por todos.
    Não deixem a vida passar, sem nada fazer pelo outro e, conseqüentemente, por si mesmos.”

    Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.
    Abraços fraternos, Miralda.

  6. Giba says:

    Olá Rodrigo,
    Muito obrigado por sua visita e seu comentário.
    É muito mais difícil ensinar a pescar de que comprar um peixe barato e doar, fazendo face de bonzinho e levando o nome de "Bom Samaritano".
    A verdadeira caridade não nos permite levantar o status em benefício proprio e também não nos permite que levantemos bandeiras de entidades, sejam elas filantropicas e/ou religiosas.
    Um grande abraço
    Giba

  7. Rodrigo says:

    A frase que eu citei condiz com o seu texto. É que eu já tinha lido há algum tempo atrás, já sabia que era ótimo, e fui desatento agora ao comentar… Desculpe :)

  8. Rodrigo says:

    Que ótimo texto, parabéns.

    Tenho por mim, que não existe caridade maior do que a verdadeira honestidade. Doar bens materias não é inútil, mas convenhamos? É muito fácil ficar oferecendo coisas que não vão nos comprometer.

    E outra, uma frase que define a ''caridade'' perfeitamente, segundo a minha compreensão, é aquela: ''O importante não é dar o peixe, mas sim ensinar a pescar''.

  9. Douglas says:

    Há uma parcela da sociedade que se beneficia das doações.

    O governo precisa gastar o que arrecada dos que trabalham pra distribuir a quem fica na rede.

    Os impostos são altos demais. O povo sofre.

    Você já percebeu que quem mais doa é exatamente o pobre?

  10. Jackie Freitas says:

    Olá Giba querido!
    Assunto reflexivo, meu amigo!
    Eu, por princípio procuro ajudar de um modo mais construtivo. Fui criada à base da vara para pescar e não com o peixe nas mãos, então questiono mesmo se aquilo que estou contribuindo será revertido em educação e não no comodismo. Vi muitas pessoas dizendo: "trabalhar para quê? temos tudo se soubermos de onde tirar!". Isso é revoltante! E não parte apenas de pessoas idosas e sim de muitos jovens que já "amadurecem" nesse conceito do comodismo. Se encontro um criança no semáforo pedindo dinheiro, dou comida! É assim que ajudo: alimentando, mas não facilitando o tráfico, enriquecendo o submundo. Podem me chamar de egoísta ou do que quiserem, faço o que meu coração manda e tenho consciência de que não posso mudar o mundo e nem tirá-lo da miséria, mas posso transmitir mensagens e exemplos de boa conduta.
    Grande beijo, Giba querido!
    Jackie

  11. maria marçal says:

    Amigo…
    Excelente reflexão.
    Inclusive me detenho muito na propaganda política que todos abominam, mas ali está a grande chance de pensarmos no que queremos desse País – via estes candidatos – a serem eleitos.

    Será que dar casa, dar comida, dar e dar…é a fórmula do engrandecimento a longo prazo? claro que não.

    O que deveria acontecer é criarem-se (COMO EXEMPLO À CONCORDÂNCIA AO TEU POST) centros de treinamentos, estudos, cooperativas atuantes onde do aprendizado real se tire proventos.

    Mas não é assim…e nem será com o seguimento desta política errada.
    beijos,

    Maria Marçal – Porto Alegre – RS

  12. Rose says:

    Giba,será que temos a noção do que realmente seja caridade? Pelo pouco que temos percebido dos textos, artigos, palestras, e, principalmente da conduta diante de fatos sociais e de relacionamento interpessoal, temos pouco o que dar exemplo de caridade.
    A caridade está associada ao outro, é uma relação humana.
    O assistencialismo é uma ferramenta de manutenção do status quo. É a partir dela que a classe dominante mantém a pobreza e mantém os pobres quietos, sem se rebelarem contra a situação social. O assistencialismo é paternalista, no sentido que usa dos bens materiais doados para dizer: “somos bons, queremos o seu bem”, “temos piedade de sua situação, tome um prato de sopa”. Talvez não digam essas palavras, para não parecer falso, mas são as expressões embutidas nas ações. É através do assistencialismo que não se investe em educação, saúde, melhorias na infra-estrutura, enfim, é dando o mínimo necessário para sobreviver e “manter a paz”.
    Seu blog está cada vez melhor, parabéns amigo !

    Rose*

  13. Silvana Marmo says:

    Amigo Giba,
    O assistencialismo, ou paternalismo, tão criticado, em última análise, beneficia em primeiríssimo lugar aos seus críticos. Os milhões de brasileiros que recebem os mais diversos benefícios dos cofres públicos são gente, portanto, parte ativa deste mundo, ao menos na nossa opinião. Logo com direitos, inclusive com o sagrado direito à oportunidade de trabalho que lhes garanta o sustento minimamente digno.Seria tão fácil acabar com o assistencialismo, bastaria permitir que todos tivessem a oportunidade ao sagrado direito de trabalhar.
    Meu carinho

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