A consciência… Juiz intimorato do nosso livre-arbítrio, e, portanto, das nossas escolhas
.
Entre o bem e o mal ela se nos depara com luz ou treva em nosso caminho segundo nossos pensamentos e sentimentos. Você que está lendo essas minhas colocações, já se ligou na sua consciência hoje? Já tentou ouvi-la? A sentiu ou a sente pesada? Ela muitas vezes não passa de um sussurro cálido, manso, que, segundo nossa sintonia para baixo ou para cima a escutaremos ou não ao nosso bom grado.
Diante de tal tema, vamos ver o que André Luiz nos relata no seu livro “Libertação”, no capítulo II, intitulado “A Palestra do Instrutor”, pela mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: Disse o instrutor: “Por que razão, nós mesmos, antes de acordar a consciência para a revelação divina, nos precipitávamos nas linhas inferiores, todos os dias, contrariando espetacularmente a Lei?”.
Somos espíritos ainda acostumados com as sombras. Isso é fato. Difícil não sentirmos atraídos com o nosso pretérito distante quando estagiávamos na primitividade entre cavernas ou bem depois delas. Nossos egos do passado se nos apresentam hoje interferindo na nossa personalidade atual. E, de lá pra cá não mudou muito embora hoje nosso esclarecimento atingiu patamares de entendimento bastante esclarecedores. Mas, resolveram nossas questões morais? Aclarou nossa mente?
Somos ainda espíritos rebeldes, porém não ignorantes, quais foram os judeus na época de Moisés. Será que precisaremos de pragas, tipo – vírus – para aplacar nossa indiferença com o Criador que está gigantesca? Ou será que já estão dando indício dessa Vontade Divina? O Deus de Moisés voltou?
Muito difícil dos humanos de hoje refletirem acerca das suas ações. A desculpa é que não tem tempo. Será mesmo??? Se estamos todos enquadrados dentro da Lei Máxima do Amor tão bem explanada, ensinada e praticada por Jesus, por que tantos desvios, tantos atalhos que mais distanciam do que aproximam do Criador? A humanidade digladia-se com a competitividade material, esquecendo de que a alma também merece o nosso apreço e maior atenção. Um “piscar de olhos” de Deus, vamos interpretar assim, poderemos perder tudo, até mesmo o próprio corpo. Já pensou nisso?
.
É de praxe e já se tornou em um ritual a petitória de muitos fiéis aos Céus para interceder na Terra para aplacar o mal existente. Devemos considerar que esse mal que grassa a Terra foi confeccionado por nós mesmos, seres humanizados, mas não espiritualizados e, antes de pedirmos algo à Providência Divina – que está presente a tudo – devemos observar se os nossos braços ainda continuam cruzados.
A indiferença que reina nas consciências de milhares de almas desterradas na Terra será o reflexo, dela, quando deixarem o corpo físico, indo fazer parte do purgatório que ora merecerem até que venham passar a ouvir a voz interior a sacolejar-lhes para o despertamento irrevogável.
Creio que a citação acima do Instrutor Gúbio merece nossa atenção nos dias atuais embora esse livro fora lançado no ano de 1949. Coloquemos, nossa consciência, diante dos nossos olhos e deixemos com que sua luz irradie para o nosso coração e a nossa razão. Ela, hoje, está desperta quanto à prática da Revelação Divina. Se estamos navegando em mares furiosos da imoralidade, é porque estamos indo contra a maré da consciência reta e tranquila. Jesus e a Sua plêiade de Mensageiros, decerto, estão a nos orientar, embora esse aviso não chegue a muitos ouvidos que supostamente desejam ouvi-lo. Ou melhor dizendo, ele nos chega atravé s da inspiração, mas sem sentimentos para acatar suas orientações é qual tentar, em vão, dar remédio para curar enfermidades estando já mortos todos aqueles que, dele, necessitavam. Comigo, Leitor Amigo?