A não-violência e a covardia não combinam. Posso imaginar um homem armado até os dentes que no fundo é um covarde. A posse de armas insinua um elemento de medo, se não mesmo de covardia. Mas a verdadeira não-violência é uma impossibilidade sem a posse de um destemor inflexível.
Mahatma Gandhi
O homem no transcorrer da história sempre teve inúmeras desculpas para iniciar um conflito, uma guerra, uma briga…as diferenças.
Será que há, como diz Ghandi, maior valentia em portar um fuzil do que em defender uma idéia, um príncipio? Será que os cristãos jogados na arena do Coliseu para morrerem por não renegarem sua fé, eram covardes por não empunharem espadas, e será que seus algozes teriam a mesma serenidade ao enfrentar tal situação?
Vivemos em um mundo em que o diálogo deu espaço ao grito, a discussão, a imposição da minha vontade sobre a sua, seja qual método for necessário. Não há mais a troca de idéias, o que existe é uma inflexibildade, o que temos hoje é muita revolução(do latim revolutìo,ónis: ato de revolver), e pouca evolução( Nova fase em que entra uma ideia, um sistema, uma ciência, etc.3. Desenvolvimento ou transformação gradual e progressiva operada nas ideias, etc.).
Um dos atos mais heróicos que já vi, foi o do estudante chinês na manifestação da praça da paz em 89, anônimo, se pos à frente de um carro de combate sem armas apenas com uma idéia e coragem, muitos dos chamados heróis, mesmo armados até os dentes correriam apavorados
Mesmo o maior tratado sobre estratégia já escrito, Arte da Guerra, deixa claro em “A espada embainhada”, que ganhar uma guerra com a perda de vidas e dilapdação dos bens do estado é em sí uma derrota, e o General que coloca suas grandezas pessoais à frente do bem do estado (nação) é médiocre. Ou seja, o despojamento do ego e sempre a inteligência a frente das ações, essa seria a saída para um mundo, que mesmo com conflitos de idéias, se torne menos sangrento.