A Cobra vai Fumar
1944. Depois de cinco anos de Segunda Guerra Mundial, o Brasil envia tropas à Itália. Dizia-se: mais fácil a cobra fumar que o Brasil entrar na guerra. A Força Expedicionária adotou então a cobra fumante como símbolo. A cobra vai fumar: a situação vai piorar, vai aguçar-se. Ou, atualmente, “o bicho vai pegar”.
Feito nas coxas
Surgiu na época dos escravos, que usavam as coxas para moldar o barro usado na fabricação de telhas. Nenhuma coxa é igual à outra, as telhas saíam diferentes, o que dificultava os encaixes. O telhado “feito nas coxas” ficava torto. Com o tempo, o povo passou a usar a expressão para classificar qualquer coisa mal feita.
Chegar de mãos abanando
Ao chegar ao Brasil, os imigrantes deveriam trazer ferramentas indispensáveis, como foice e machado, e animais para criação. Quem não viesse preparado possivelmente não estava disposto a trabalhar e era mal visto pelos outros. Chegar de mãos abanando: apresentar-se a algum evento sem contribuição alguma, adotar atitude de folgado.
Olha o passarinho!
No século 19, levava-se muito tempo para tirar uma fotografia. As crianças, em especial, custavam a se aquietar para o demorado disparo. Como solução, muitos fotógrafos colocavam gaiolas com pássaros em frente aos retratados. No momento exato, todos miravam o bicho e a câmera captava o instante.
Virar a casaca
Carlos Manuel III (1701-1771), rei da Sardenha, para evitar problemas com França ou Espanha, vestia as cores de um dos reinos de acordo com as circunstâncias. Ficou 43 anos no poder, de tanto mudar a casaca – roupa de cerimônia com duas abas nas costas. Vira a casaca quem defende opiniões que antes condenava.