Aécio Cesar
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Teríamos o mesmo pensamento que se segue de Gotuzo, descrito por André Luiz, no livro “Obreiros da Vida Eterna” pelo lápis de Chico Xavier? “Admitia, porém, que a morte fosse maravilhoso passe de magia, orientando as almas a caminho do paraíso (…), ou da região escura de castigos eternos”. Reconhece-se certamente que não é assim que acontece quanto ao Juízo Final, ou seja, quando regressarmos aos planos espirituais. Algo existe mais forte entre o necrotério e o túmulo que não deixa com que a nossa consciência descanse o sono dos justos.
Vejamos o que nos diz o novo amigo de André Luiz, quando se viu frente a uma realidade que há muito não admitia: “Transferimo-nos de residência, pura e simplesmente, e tanto trazemos para cá – para o mundo espiritual – indisposições e doenças, com as investigações e processo de curar.”
A vida em si continua além da morte para o espírito antes acorrentado nas ilusórias condições da matéria. Viver na vida física não quer dizer aceita-la na sua acepção de única existência. Para o corpo que nos foi concedido para saldar nossas dívidas, tem sua vida circunscrita ao tempo em que terá o espírito reencarnado o de procurar saldar os erros que se traz de outras vivências no mesmo globo.
Devemos refletir também aqui quanto às indisposições e doenças características de abusos e/ou carências que maculamos nosso organismo físico diminuindo, assim, drasticamente o seu período de vida, vida essa importantíssima para o nosso restabelecimento tanto orgânico ou quanto espiritual. Infelizmente deixando o homem ser levado pelos vícios, eles há muito vem tirando milhares e milhares de pessoas prematuramente do palco da vida física e, quando chegam ao Além, dificultam ainda mais a sua permanência em um mundo onde sempre se bateu o pé afirmando com todas as letras que isso é invenção de gente maluca e que esse mundo acreditado por uns não existe. Muitos pensam nessas três saídas: O Nada absoluto, o Céu paradisíaco ou o Inferno escaldante na eternidade do próprio Deus. Três situações que irão se transformar no Mea culpa de muitos representantes de religiões juntamente com seus fieis.
Diante do Nada, tem-se a ideia absurda de um Deus finito nas Suas criações e, elas não deixam ninguém conquistar, por merecimento, a sabedoria e o amor como asas indispensáveis no sentido de se alcançar novas moradas da Casa do Pai.
Quanto ao céu totalmente isento de valor fraternal entre as almas, todas elas escolhidas por um Deus tirano e insensível, deixam-se macular com as imperfeições do próprio criador.
E para finalizar meus humildes apontamentos, um inferno que não gera frutos sazonados para a turba ali incontinenti a reparar suas faltas, seus erros, seus fracassos. Se a morte liquida todo esse ressarcimento moral das criaturas ainda em estágio de aprendizado, o que representaria a vida de um tirano quanto de um espírito do bem, impedidos de conquistar novas virtudes, Leitor Amigo? Cap.5a
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