Documentário “Campo & Sustentabilidade 2 – O amanhã é hoje”

Reforçando sua vocação para produzir documentários com foco nas questões de sustentabilidade, o produtor audiovisual e ativista Sérgio Lopes e sua parceira, a produtora executiva Sílvia Prado, acabam de lançar Campo & Sustentabilidade 2 – O amanhã é hoje, que teve duas sessões: pré-estreia na Unibes e estreia no Petra Belas Artes, recentemente. O filme investiga, em seis biomas, as tecnologias disponíveis para uma prática mais sustentável na produção de alimentos, do ponto de vista sócio ambiental.

O documentário é uma continuação da obra Campo e Sustentabilidade – Equilíbrio possível ou utopia? (2020) ainda na grade de veiculação na TV Cultura, que tem apresentação de André Palhano, criador da Virada Sustentável. O filme questiona a viabilidade de alimentar 8 bilhões de pessoas de maneira sustentável nos próximos anos.

O novo documentário faz entrevistas com produtores rurais, ativistas, cientistas, pesquisadores, lideranças indígenas, técnicos da sustentabilidade e do agronegócio e apresenta as características, problemas e soluções na cadeia de produção alimentar no Brasil, trazendo informações sobre como e onde é produzida a comida que chega à mesa do cidadão urbano.

Tecnologia aplicada à plantação de melancias, visando evitar evapotranspiração no bioma Caatinga.

Muitos dados são apresentados e alguns causam surpresa como, por exemplo, a informação de que 80% da carne produzida no país é consumida pelo público interno, que em grande parte não recebe, nem busca, dados sobre sua procedência e não exerce seu direito de exigir que a carne que consome venha livre de desmatamento. O filme aponta algumas  soluções, entre elas, as tecnologias de rastreabilidade que permitem que saibamos a origem dessa carne para o consumo consciente, e que serviria como ferramenta de pressão para mudarmos o cenário atual da produção pecuária a médio prazo.

Outro dado assustador é que o mercado global de produção de alimentos está na ordem de U$8 trilhões e aproximadamente 30% disso (U$2,4 trilhões) se perdem ao longo da cadeia. Só este dado já mostra que não é preciso desmatar, mas sim aumentar a eficiência, para aumentar a produção.

O filme aponta também uma grande contradição no país: é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e enquanto mais de 33 milhões de brasileiros encontram-se em situação de insegurança alimentar.

Mas as produções não trazem só más notícias. Em ambos os documentários “Campo e Sustentabilidade” (1 e 2), pesquisadores mostram o avanço da microbiologia que diminui a necessidade de agroquímicos e tecnologias. Isso reflete em maior produtividade em menos áreas, como a agricultura urbana, a agro florestas e o avanço dos orgânicos que, só em 2020, movimentou R$ 5,8 bilhões.

Mostra também que está acontecendo a mitigação do efeito estufa nas plantações de arroz no Pampa e, percorrendo os cinturões verdes na Mata Atlântica e avançando na Catinga, os documentários mostram o grau de eficiência que se tem alcançado em termos de irrigação.

Ambos os filmes receberam apoio institucional do THE NATURE CONSERVANCY e contaram com patrocínio via Lei Rouanet do Rabobank Brasil.

O livro, O que é a Cultura do Desperdício – se são interromper é a gente que acaba, é o novo projeto de Sérgio Lopes, que traz informações sobre a fome no Brasil e no mundo e o impacto que o desperdício de alimentos tem nesse cenário, que fica cada vez pior. No Brasil são mais de 33 milhões de pessoas com fome.

Feito em parceria com o IED – Instituto Europeo di Design e lançado em junho de 2022 o livro foi inspirado em um outro documentário dos realizadores:  Cultura do Desperdício – Por uma sociedade mais consciente (2017). Tendo como tema de fundo o desperdício de alimentos, esse documentário também trata do descarte indevido, apresentando a coleta seletiva, a reciclagem e a compostagem como o caminho para uma economia circular com aproveitamento dos resíduos.

Organizado por Marcelo Candido de Melo, o projeto disponibilizará o livro nas versões impressa, digital e áudio book, além de diversos conteúdos sobre o tema no portal www.econosco.com.br.

José Marco “Bel” catador de latinhas – Reciclázaro – Ele afirma no documentário “sou reciclador”

A água, aliás, um dos principais insumos na produção agrícola, é a vedete de diversos depoimentos e já foi tema exclusivo de outro documentário, produzido em 2019: “A Água que Falta”. O filme tratou desde os rios voadores da Amazônia até as tecnologias israelenses de irrigação, ao entrevistar o ativista norte americano Seth Siegel em Nova Iorque.

Carlo Pereira da Rede Brasil do Pacto Global – ONU – e especialistas da iniciativa privada e poder público trataram da gestão da água apontando a desigualdade social no saneamento e caminhos possíveis.

A produtora audiovisual Conteúdos Diversos é signatária da Rede Brasil do Pacto Global e em seu esforço para engajar a audiência nas questões da sustentabilidade, os realizadores Sílvia Prado e Sérgio Lopes criaram e fazem a curadoria do portal “É Conosco” onde abrigam frutos de suas produções relativas aos assuntos que envolvem a agenda ESG, alinhando com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ONU).

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