A Rainha Elizabeth II se considerava feliz com o fato de representar mais um símbolo da tradição aristocrática britânica
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Reis, rainhas e toda sorte de títulos de nobreza convivem com o imaginário das pessoas, com certo toque de romantismo, desde os tempos imemoriais. O mundo moderno perdeu hoje (8/09/22} certamente a mais célebre figura humana do universo encantado da aristocracia, com o falecimento da Rainha Elizabeth II, uma mulher majestosa não só pelo tratamento de nobreza que lhe era tributado, mas principalmente pela clarividência de seu cérebro privilegiado e pela grandiosidade ímpar de seu coração generoso.
Mesmo tendo a seus pés toda sorte de benesses peculiares a uma Corte Real, preferiu levar uma vida simples, como se fosse uma mulher do povo, sempre dando exemplos notáveis de solidariedade humana, sem jamais denotar arrogância aos olhos de todos quantos desfrutaram do seu cotidiano, independente da posição social ocupada, dispensando tratamentos igualitário entre os mais modestos e os mais graduados funcionários do famoso palácio de Buckingham.
Despojada daquela sede de poder tão própria dos que se colocam acima do bem e do mal, Madame Elizabeth se considerava feliz com o fato de representar mais um símbolo da tradição aristocrática britânica do que uma chefe de estado investida de prerrogativas que a permitissem governar o seu Reino na mais exata acepção do termo. Suas sete décadas de reinado no trono mais famoso do mundo contemporâneo foram marcadas por projetos sociais voltados ao bem estar de seus concidadãos, portando-se no curso de sua existência profícua como se fosse uma agente filantrópica e não uma rainha.
Ela nasceu no Castelo de Balmoral, em Londres, no dia 21 de abril de 1926, sendo a primeira filha do duque e da duquesa de Iorque, que se tornaram mais tarde o rei Jorge VI e a rainha Isabel. Teve destacado papel político que abrangeu grandes áreas, com funções constitucionais significativas, sendo representante ativa do Reino Unido perante o mundo, com uma popularidade pessoal que a tornou um dos ícones notáveis da cultura britânica.
A Rainha Elizabeth – como nos referíamos a ela carinhosamente – sempre revelou muito apreço pelo nosso país, que foi o primeiro da América do Sul a ser visitado oficialmente pela monarca, fato ocorrido no dia 1º de novembro de 1968, no governo do presidente Artur da Costa e Silva.
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