Enchem a boca esses agitadores de plantão, chamando de quebra da disciplina a não punição ao general Pazuello
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Lino Tavares
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Sedentos de beber o sangue do general Pazuello, que não deu mole para vagabundos na CPI casuística da pandemia, os vampiros vermelhos de sempre aguardavam ansiosos por uma punição disciplinar ao ex-ministro da Saúde, que o Exército não confirmou, não por questão de corporativismo, mas porque a transgressão da disciplina militar que atribuíram a ele simplesmente não existiu.
O militar da ativa, fora do expediente, pode fazer tudo o que um cidadão comum faz, exceto cometer atos atentatórios ao decoro da classe e participar de atividades políticas, como comícios e encontros similares com a presença de representações partidárias.
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Esse não era o caso das manifestações no Rio de Janeiro, das quais o general participou ao lado de ninguém menos do que o comandante supremo das Forças Armadas, configurado na pessoa do presidente Jair Messias Bolsonaro, que aliás não tem partido e não é exatamente um político e sim o governante de todos os brasileiros, inclusive daqueles infelizes que torceram por sua morte no vil atentado de que foi vítima por ocasião da campanha eleitoral.
O fato serviu para mostrar o grau de hipocrisia de certos políticos de esquerda, que de um momento para outro se arvoram defensores ferrenhos da disciplina e da hierarquia, como se ninguém soubesse que em passado recente compactuaram com grupos subversivos que pregavam a indisciplina no âmbito dos quartéis, inclusive com assaltos a sentinelas, para roubar armas destinadas aos nefastos movimentos guerrilheiros de alta traição à Pátria.
Essa não é a primeira vez que a mídia barulhenta e pouco informativa abre espaço para os militaristas de ocasião cobrarem do Exército a punição de um general. Algo parecido aconteceu há bem pouco tempo atrás, quando esquerdistas juramentados e midiáticos esquerdopatas pediam a punição do general Hamilton Mourão, por ter defendido em uma palestra o papel moderador das Forças Armadas, como prevê a Constituição em seu Artigo 142. Logicamente, Mourão não foi punido na ocasião, em consonância com o provérbio que diz “quem fala a verdade não merece castigo”.
Enchem a boca esses agitadores de plantão, chamando de quebra da disciplina a não punição ao general Pazuello, mas não se dignaram dizer uma só palavra, criticando a decisão cafajeste de ministros do STF, anulando todo o trabalho de uma força tarefa, integrada por policiais federais, procuradores e juízes de três instâncias, que havia condenado o ex-presidente Lula, por graves crimes de lesa-pátria, numa deslavada prova de gratidão àquele que os fizera juízes da Corte pela lei do menor esforço.