Anjo e Selvagem… Todos nós os temos, internos, latentes. Muitos de nós ainda digladia com o sentimento e o raciocínio nas raias da primitividade
É difícil, bem o sabemos, sair das sombras de milênios e admirar a luz do conhecimento com compreensão e zelo, se não temos ainda olhos de ver.
André Luiz participa de uma palestra feita pelo Ministro Flácus em que nos presenteia em seu livro “Libertação”, no seu Cap. 1, intitulado “Ouvindo Elucidações” através da mediunidade de Chico Xavier com certas verdades. Vejamos algumas citações:
“Entre aquele que já se acerca do anjo e o selvagem que ainda se limita com o irracional, existem milhares de posições, ocupadas pelo raciocínio e pelo sentimento dos mais variados matizes”.
Da morte física o homem não se transforma, de chofre, em anjo. Existem posições e degraus em que o espírito terá que caminhar reconhecendo a sua pequenez atribuída ao seu estágio evolutivo em procurar de todas as maneiras se tornar um espírito raciocinado e, melhor, espiritualizado.
Entre o Bem e o Mal existem campos de experiências em que o espírito irá se aprimorar nas benesses elevadas ou estacionar nos cômoros da escuridão passageira.
Não podemos, em nenhum momento, fazer Deus de réu confesso das nossas tragédias, dos nossos desenganos, dos nossos prejuízos. Somos nós, sim, que espalhamos pelo caminho a ser trilhado, pétalas de flores ou espinhais que, mesmo promovendo machucaduras no espírito, muitos espíritos recalcitrantes, infligem a ordem das coisas, iludindo-se que sairão ilesos da Justiça Divina. Ledo engano.
Estagiamo-nos em um mundo onde ele nos favorece com todos os meios em endireitarmos nossas dívidas e aliviar nosso fardo de imperfeições. Porém, o que mais acontece é que quando partimos do mundo físico, esse mesmo fardo, agora, nos apresentará mais pesado e, esse peso, será de acordo com o que poderemos sustentar, pois sabemos que Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis que não suportarão o total peso das próprias transgressões, que não são poucas.
Continua o Ministro: “Espíritos incompletos que somos ainda, aderimos aos movimentos que lhes dizem respeito e colhemos os benefícios da ascensão e da vitória ou os prejuízos da descida e da derrota, controlados pelas inteligências mais vigorosas que a nossa e que seguem conosco, lado a lado, na zona progressiva ou deprimente, em que nos colocamos”.
Segundo essa nova citação, deveremos analisar que, sempre haverá à nossa frente, espíritos benévolos ou trevosos que nos capacitarão a atender as suas ordens, dependentemente da luz ou sombra por nós escolhidos. Infelizmente para aqueles que não acreditam na intervenção de seres das sombras em nossas vidas, cabe a cada um de nós a devida análise quanto ao que pensamos possa vir a ser nosso ou não.
Estamos sendo monitorados pelo invisível que nos envolve. E esse invisível está cheio de vida espiritual. Cada pensamento que surge em nossa memória poderá ser nosso ou não. Já analisou melhor o que anda fazendo? Se certos comportamentos condiz com a sua personalidade? Uma ótima reflexão para aquilatar melhor o nosso caráter, não acha, Leitor Amigo?