Entrevista Exclusiva: Lino Tavares
Luz, Câmera, Ação e Glamour Fashion. O Mundo Encantado de Renata Domínguez
A entrevistada da Série Personalidades é a apresentadora de TV e atriz Renata Domínguez, também conhecida no meio artístico como Rê Domínguez, nascida em 8 de março no Rio de Janeiro.
A atriz possui notável biografia artística, que inclui experiências nacional e internacional em importantes emissora de TV do Brasil e do exterior.
Viveu recentemente o papel de Sirlene, um dos mais importantes da novela da Globo Sol Nascente,que foi pico de audiência em sua faixa horária.
A Apresentadora de TV
Renata Domínguez começou na carreira artística aos 12 anos, no Equador, para onde seu pai havia sido transferido profissionalmente.
Frequentava um curso de dança na ocasião em que foi convidada para realizar teste para um grupo de bailarinas de um programa infanto-juvenil de uma emissora equatoriana, mas acabou sendo contratada para atuar como apresentadora. Nessa atividade permaneceu de 1992 a 1999, apresentando programas de games, estilo VJ, Infantil, Intercolegial e de variedades. Eram programas ao vivo e gravados, diários e semanais. no decorrer dos quais gravou diversas músicas e fez turnê pelo país. Seu trabalho se estendeu a seis programas, veiculados em três emissoras: Ecuavisa, TeleAmazonas e SiTV.
Em função do prestígio alcançado na televisão, tornou-se embaixadora da Unicef no Equador e representante oficial da marca Walt Disney naquele país.
A Atriz
No seu retorno ao Brasil, realizou teste em espanhol para a telenovela Vale Tudo, em 2001, uma coprodução da TV Globo com a Telemundo, da rede norte-americana NBC. Acabou sendo contratada para atuar em Malhação, onde viveu a personagem Solene Ribeiro da Silva, com grande destaque, em sua 8ª, 9ª e 10ª temporada, nos anos de 2001, 2002 e 2003.
Fruto do sucesso alcançado nesse importante papel, Renata Dominguez foi contratada pela Rede Record, na qual participou das novelas A Escrava Isaura, interpretando Branca Vilela, além de Prova de Amor, Bicho do Mato, Amor e Intrigas, Promessas de Amor e a minissérie Rei Davi. Renata Dominguéz voltou ao elenco da Globo em 2015, participando do programa humorístico Tomara que Caia. após 13 anos afastada da emissora carioca. Em 2016, assinou contrato para atuar na 23ª temporadas de Malhação, interpretando a personagem Suzana, e no mesmo ano ganhou o papel de Sirllene na novela Sol Nascente, que entrou 2017 com grande índice de audiência.
Volta à Globo
Renata Dominguéz voltou ao elenco da Globo em 2015, participando do programa Tomara que Caia. após 13 anos afastada da emissora carioca. Em 2016, assinou contrato para atuar na 23ª temporadas de Malhação, interpretando a personagem Suzana, e no mesmo ano ganhou o papel de Sirllene na novela Sol Nascente, que entrou 2017 com grande índice de audiência.
Teatro e Cinema
Estreou no cinema em 2014, vivendo a personagem Valentina, no filme Vestido pra Casar. Depois, interpretou Luana, no filme Na Mira do Crime. No teatro, atuou no papel de Neusa Sueli, em Navalha na carne na(2000), Bailarina Níneve, em Jonas e a Baleia (2000-2001), e Patrícia, na peça Quatro Amores (2002). Renata foi contemplada como o Prêmio Master de Qualidade Melhor Atriz, em 2012, e com a indicação ao 15º Prêmio Contigo! de TV Melhor Atriz de série ou minissérie, em 2013, por sua participação em Rei Davi. Antes, havia sido indicada, em 2008, para o Prêmio Extra de Televisão Melhor Atriz, por seu trabalho em Amor e Intrigas.
O Glamour
Reconhecidamente uma mulher bela e elegante, a atriz global Renata Domínguez convive paralelamente com o glamour do mundo fashion, tendo figurado recentemente como capa da revista Magazine In Rio, como se vê na foto. Dentro desse contesto, ela também foi destaque no primeiro dia do Rio Moda Rio, realizado no Pier Mauá, da “Cidade Maravilhosa”, como foi noticiado no QUEM acontece/Globo.com
Decotada Renata Dominguez prestigia evento fashion: “Sei o que valoriza meu corpo.”
Renata Domínguez Responde
Você ingressou na carreira artística por vocação ou por opção?
R: Posso dizer que ingressei na carreira artística por vocação, por ter acontecido naturalmente, de forma inusitada, mas se eu permaneço até hoje, é por opção minha. Nada é por acaso. Fui pega de surpresa pela profissão que eu amo exercer. Sou muito grata por isso, porque sei o quanto é difícil hoje em dia sobreviver do que amamos fazer.
Como aconteceu sua ida para o Equador, ainda menina, para ser apresentadora de TV infanto-juvenil?
R: Não fui para ser apresentadora de tv. Meu pai foi transferido a trabalho para o Equador e a família o acompanhou. Chegando no país, minha mãe me matriculou numa academia de dança para me ajudar na adaptação. Coincidentemente, a dona da academia era apresentadora de TV e me indicou para um teste na Ecuavisa. Ao todo, foram 300 meninas passando por uma maratona de testes, sendo eu, a única estrangeira. A Ecuavisa investiu na minha preparação. Fiz aulas de interpretação, improvisação, espanhol intensivo, canto, dicção e o meu primeiro trabalho foi ao ar um ano depois.
Antes de sua ida para o Equador, já havia tido alguma experiência artística no Brasil?
R: Experiência artística profissional não, mas conheci os palcos através da dança e aprendi a lidar com o microfone e plateias desde muito novinha. Dancei minha infância inteira na Academia Performance em GO. Fora isso, sempre fui oradora de turma e representante da escola na hora de discursar nos eventos públicos da cidade.
Você dominava bem o Espanhol quando foi trabalhar na televisão do Equador, ou completou o aprendizado do idioma naquele país?
R: Não falava absolutamente nada de espanhol quando nos mudamos para o Equador. Inclusive, quando participei no teste da Ecuavisa, 3 meses depois de chegar no país, tive que usar o portunhol mesmo. Depois, com o começo das aulas, o curso de “espanhol intensivo” da emissora e as amizades, fui me aperfeiçoando.
Como ficou sua situação escolar, indo trabalhar com apenas 12 anos num país de língua e cultura diferentes da nossa?
R: O fato de eu estar trabalhando me levou a ser ainda mais dedicada e exigente comigo mesma nos estudos, pois meus pais me apoiavam desde que a tv não abalasse o meu desempenho na escola. É evidente que tive a minha adolescência prejudicada. Minha rotina praticamente se resumia ao colégio e à emissora. Eu gravava inclusive nos fins de semana. Meu único dia livre era a sexta-feira, então era o dia que eu tinha para sair com o namorado. rs… Não tinha tempo livre para curtir com amigos. Tive que aprender a lidar com a pressão do ibope, com as críticas, o stress, as responsabilidades, diferenças culturais, conviver com os egos e as vaidades do meu meio, saber errar, acertar, impor limites, ceder, argumentar, estabelecer prioridades…desde muito nova. Em compensação, amadureci precocemente e cresci muito como pessoa.
O que foi mais importante para você, nessa sua passagem pelo Equador, ser apresentadora de televisão ou, além disso, ter sido embaixadora da UNICEF como representante oficial da marca Walt Disney?
R: Ser Embaixadora da Unicef foi uma experiência enriquecedora. Eu tive a oportunidade, embora muito jovem ainda, de abrir os olhos para a realidade, enxergar que a vida pode ser muito dura e que sempre podemos colaborar para que as pessoas que têm menos oportunidades que nós possam ter um pouco mais de qualidade de vida. Agora, não há como desassociar uma coisa da outra. O convite para ser Embaixadora da Unicef surgiu devido à minha aceitação no país como apresentadora. O fato de eu ser brasileira impulsionou a minha carreira num país marcado pela rivalidade das suas principais regiões (Guayaquil-litoral e Quito-serra). Sendo estrangeira, eu ficava de fora de qualquer preconceito regional e tinha aceitação nacional. Lidar com outras culturas, aprender outras línguas, se virar num país totalmente diferente, com valores e costumes diferentes não é fácil. Posso afirmar que foi uma experiência muito válida pra mim, pela bagagem que se adquire.
No seu retorno ao Brasil, depois de oito anos no Equador, você ingressou na carreira de atriz, passando a viver o papel de Solene Ribeiro, em Malhação. Foi uma mudança de rumo na carreira ou estava assumindo sua real vocação de atriz?
R: Na verdade, as coisas mais uma vez aconteceram naturalmente. Quando eu retornei, optei por direcionar meus estudos para uma segunda opção de vida. Tentei escapar da instabilidade que o meu meio me proporciona. Buscava um porto seguro. No ano 2000, comecei a estudar Arquitetura na UFRJ e, ao mesmo tempo, como válvula de escape, entrei para o Tablado. As coisas simplesmente aconteceram e Deus meio que me conduziu de volta para o meu caminho. Estava em cartaz no teatro com a peça infantil “O Jonas e a Baleia” quando fui convidada pra fazer um teste em espanhol na Globo para “Vale-Todo.” No mesmo dia, a produtora de elenco me pediu para fazer o mesmo texto em português como outra personagem. Uma semana depois, estava sentada em frente ao diretor Ricardo Waddington me escalando para dar vida à “Solene” de Malhação.
Tendo atuado em todas as áreas da dramaturgia, qual delas mais se identifica com seu perfil de atriz, televisão, cinema ou teatro?
R: Sou cria da televisão, mas não tenho preferência. O que eu mais quero é ser desafiada. A minha entrega será a mesma seja lá em qual área for.
Das diversas personagens que viveu nas novelas da Globo e da Record, qual a que mais marcou em sua carreira?
R: A Solene de Malhação foi meu passaporte de entrada na tv brasileira, numa época que antecedeu o boom da internet. Foi com a Sol que eu descobri o quanto amo poder ser várias ao longo da vida, o quanto me realizo ao, através da minha arte, provocar um sorriso em alguém q acredita não ter motivos pra sorrir, ao informar, entreter e transmitir valores a essa geração carente de referências. As pessoas me conheceram como “Sol” e até hoje me chamam assim. Tipo, a “Sol” faz a “Sirlene” de Sol Nascente, não a Renata. rs… Além de ter sido a minha primogênita, nenhuma outra personagem vai durar o tempo da Sol no ar. Não tinha como não se tornar um marco na minha carreira.
Como você se sentiu emocionalmente, retornando à Globo em 2015, para atuar no programa humorístico Tomara que Caia, dirigido por Carlos Milani?
R: Esse retorno representa começar mais um novo capítulo da minha vida em todos os sentidos. É muito bom voltar pra Globo com mais experiência, mais maturidade, mais técnica e mais bagagem. Confesso que ainda sinto um friozinho na barriga a cada personagem. Existe sempre uma sensação de estar fazendo pela primeira vez, o que é ótimo porque me desafia a me superar a cada trabalho.
Qual dos personagens de Malhação se identifica mais com a atriz Renata Dominguez, a Solone, de 2001 a 2003, ou a Suzana, de 2016?
R: Com certeza, a Solene!! rs…
Seus pais sempre a incentivaram na carreira artística?
R: Meus pais sempre me incentivaram a não desistir dos meus sonhos, a trabalhar para realizá-los e a me dedicar para estar pronta sempre que surge uma oportunidade.
Você teve alguma ‘musa inspiradora” do meio artístico na infância e/ou na adolescência?
R: Musa inspiradora? Com certeza, a JLo. Agora, referências profissionais tenho algumas: Laura Cardoso, Glenn Close, Giovanna Antonelli, Meryl Streep, Adriana Esteves, Leandra Leal, Anne Hathaway e Natalie Portman da nova geração, entre outras.
Qual é a tarefa mais cansativa ensaiar o texto ou interpretá-lo?
R: Acho o processo do ensaio mais exaustivo pela própria construção da personagem. Ensaiar envolve um aprofundamento no texto, um mergulho na personagem… é uma busca com infinitas possibilidades. Existe uma inquietação que me consome incessantemente até encontrar um caminho a seguir. É um cansaço mental maior que físico, no caso da tv. Uma vez que isso está construído, acho que interpretar é muito orgânico, flui… Basta se permitir e sentir cada cena.
Sendo um artista com experiência internacional, como você vê a teledramaturgia brasileira em comparação com a de outros países?
R: A teledramaturgia brasileira se destaca pela autêntica emoção que move os nossos atores. Sinto os atores americanos muito mais técnicos, comprometidos, disciplinados. Já os atores britânicos, por exemplo, por serem um povo mais contido, entregam uma interpretação mais linear, nem por isso, menos intensa. Em contrapartida, a teledramaturgia nos países latinos ainda tende a seguir a escola da representação, na qual não acredito. Os atores brasileiros são mais intuitivos e o sucesso da nossa teledramaturgia está associada justamente ao temperamento, personalidade e motivação do nosso povo.
Você é uma mulher muito bonita. Considera que, associado ao talento, isso contribui de alguma forma para o sucesso na carreira artística?
R: A beleza pode até abrir portas mas não sustenta uma carreira. A longevidade exige conteúdo, talento, cultura, entrega, comprometimento, dedicação e persistência.
Além de apresentadora e atriz, você revela algum pendor para manifestações artísticas do mundo fashion, música, artes plásticas ou outras?
R: Dancei durante anos na minha vida. Eis uma faceta minha ainda não aproveitada na tv. Outro desafio que eu encararia como atriz seria o de cantar. No Equador, fiz aulas de canto e, como apresentadora, gravei músicas e fiz turnê pelo país. Não sou cantora, mas sim, uma atriz que canta.
As pessoas públicas, como sabemos, são alvo de “diz que me disse”, tanto na mídia como nas redes sociais. Como você lida com esse tipo de coisa?
R: Apesar de eu ser reservada e tentar me preservar ao máximo, o fato de vc ser uma imagem pública te expõe a esse tipo de coisa, te faz um alvo para quem vive de sensacionalismo. Isso vende. Não levo para o pessoal, relevo as coisas insignificantes e me posiciono apenas quando vejo necessidade.
No seu ponto de vista, o que é mais gratificante para um ator ou atriz, dirigir ou representar?
R: É muito relativo. Eu, por exemplo, não tenho pretensão alguma de dirigir. Uma personagem já me consome tanto, imagina cuidar de uma novela inteira?! Gratificante pra mim é viver uma cena com verdade, a ponto do texto ser apenas uma consequência do que estou sentindo naquele momento.
Você curte o assédio dos fãs com pedidos de autógrafo ou prefere não se expor muito em locais públicos, para evitar isso?
R: Não me incomodo desde que haja respeito. É uma via de mão dupla. Eles são o termômetro do meu trabalho. Qual artista não quer alcançar o maior número de pessoas possível com a sua arte? Ninguém sonha com um show sem público, uma novela sem ibope, um filme sem bilheteria, certo? Agora, tem que haver respeito na abordagem. Minha imagem é pública, a “Renata” não.
O que a Sirlene de Sol Nascente representa na sua carreira?
R: Estou num momento de transição tanto na vida profissional quanto na pessoal. A Sirlene veio nesse momento de mudanças substanciais tanto na minha carreira quanto na minha vida. Sol Nascente marca meu retorno às novelas na empresa que acreditou em mim e me lançou no Brasil e o renascimento da Renata, mais mulher do que nunca, que está se redescobrindo, se renovando, se reinventando, dando a volta por cima, assim como a Sirlene, minha personagem. Veio na hora certa. Não acredito em coincidências. Digo que “coincidência” foi uma desculpa muito conveniente que Deus encontrou para se manter no anonimato. Nada é por acaso.
O que você tem em comum com a Sirlene?
R: Sou tão família quanto. Não passo por cima dos meus valores por nada desse mundo. Também não desisto fácil dos meus sonhos. E assim como a Sirlene, ainda acredito no amor, no “pra sempre”. O que não deu certo é porque ainda não era pra ser. Ambas sonhamos com construir uma família.
Quais são seus projetos para 2017, após o fim da novela?
R – Pretendo continuar trabalhando. Quero emendar mais uma novela ainda esse ano e estou estudando a possibilidade de subir aos palcos em breve. Convites para teatro não faltam. Acho que chegou a hora de voltar aos palcos.
Bate-Bola com Rê Domínguez
lembrança: minhas aulas de dança na Academia Performance em Itumbiara, GO.
Eterna gratidão: a Deus.
Momento inesquecível: quando assinei meu primeiro contrato na Globo.
Gostaria de esquecer: a Síndrome do Pânico.
Sonho realizado: fazer cinema.
Sonho a realizar: participar da “Dança dos Famosos” no Faustão.
Grata surpresa: o elenco de Sol Nascente.
Superstição: sempre levo comigo o tercinho de madeira que ganhei da minha avó.
Deus: a força que me impulsiona.
Religião: Prefiro dizer que sou epiritualista. Respeito todas.
Cor preferida: Vermelho.
Prato preferido: Massa aos 4 queijos.
Número de sorte: 7
Livro: “Amor de Redenção,” de Francine Rivers.
Filme: “Diário de Uma Paixão”
Principal Hobby: Viajar.
Time do coração: Flamengo.
Esporte preferido: Vôlei.
Esporte que pratica: Muay Thai.
Personagem nacional: Sérgio Moro.
Personagem internacional: Simon Cowell.
Ator: Bruno Gagliasso
Atriz: Adriana Esteves.
Cantor: Ray Charles.
Cantora: Whitney Houston.
Gênero musical: Sou eclética. Adoro música.
Quem é Renata Dominguez: perfeccionista, dedicada, radical as vezes, reservada, tímida, ciumenta, transparente, exigente, ansiosa, melancólica, romântica e crente em Deus acima de tudo.
Projetos: Ser feliz todos os dias.
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