Lino Tavares

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    A vitória de Barack Obama, do Partido Democrata, que lhe garantiu mais quatro anos de mandato na Casa Branca, tem sido festejada com certa volúpia entre líderes radicais da extrema esquerda, hoje ocupando espaços no poder na América do Sul. Hugo Chávez chegou a dizer, do alto de sua arrogância incorrigível, que se Obama fosse eleitor da Venezuela votaria nele. Aqui no Brasil, tem havido muitas manifestações de aplauso à decisão do povo americano em manter o primeiro presidente negro de sua história no cargo mais importante do Planeta.

     Cometem um grosseiro erro de avaliação aqueles que imaginam que esse jeito “light” de ser de Obama, sempre esbanjando simpatia com um sorriso nos lábios, dizendo e fazendo coisas simples como as pessoas comuns, pode ser comparado com o “populismo pueril” da politicagem latino-americana que tem conduzido ao poder antigos simpatizantes do marxismo-leninismo, dispostos a implantar no subcontinente americano  um modelo de poder autocrático, semelhante àquele que ‘caiu de podre’ no Leste europeu.
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     Nos Estados Unidos, o poder legislativo é tão forte e decisivo, no âmago do poder central, quanto o executivo, que dele depende nas suas ações de governo, apenas politicamente, já que não o pode comprar com ‘mensalões’ ou trocas de favores com parlamentares. Em função dessa dependência, é correto dizer que a continuada presença de Obama na Presidência dos Estados Unidos não é mais do que o renovar daquele equilíbrio de forças no poder, que não permite que o governo americano vire “samba de uma nota só”, como acontece aqui, onde a oposição é cooptada pelas trocas de favores e a nação vira país do partido único, ou seja, o do “poderoso chefão (ou chefona)” ocupante do trono do Planalto.
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por Humberto para o JC online
por Humberto para o JC online
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    Muitas das iniciativas do democrata Obama continuarão iguais, na essência, àquelas que tantas vezes foram expressão de governantes republicanos, sendo classificadas pelas “esquerdas barulhentas” de ato imperialista da “extrema direita”. Para se dar conta dessa verdade, nem é preciso esperar para ver o que fará o presidente reeleito em seu segundo mandato. Basta atentar para o que ele já fez, de que são exemplos o apoio bélico aos movimentos que se opuseram às ditaduras de esquerda, como o que derrubou Muammar Gaddafi, na Líbia, e a operação “caça ao bruxo”, que culminou com a morte do terrorista fundamentalista Osama Bin Laden, classificada por alguns como um “atentado aos direitos humanos”.
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     É verdade que os “amigos de ditadores e terroristas” que hoje são governo na América Latina não se manifestaram como gostariam contra essas intervenções “a lá Bush” de Barack Obama, em países que visitavam, brindando taças de champanha com os seus carrascos ditadores. Mas, também, não dá para ser ingênuo, a ponto de acreditar que gente como Lula, Dilma Rousseff, Cristina Kirchner,  Evo Morales, Rafael Correa o o tagarela Hugo Chávez disseram “amém” àquele “furacão belicoso do Tio Sam”, que fez a alegria dos republicanos e os “verdadeiros democratas” da economia mais rica e mais endividada do Planeta.
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Escuta Essa! Suplicy solta o gogó, mas cantada é com Obama

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 Charge gentilmente cedida por  Humor Político

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