Aécio Cesar

 

Seria um atentado às leis da Vida se médicos e parentes do mundo, estivessem com a decisão de sanar sofrimentos vistos inquestionáveis, promovendo a eutanásia? Devemos considerar aqui que ninguém na face da Terra tem o direito de tirar a vida de um espírito sofredor seja qual seja a sua enfermidade.

Nesse capítulo, André Luiz assistiu a eutanásia no livro “Obreiros da Vida Eterna”, pelo lápis do médium Chico Xavier, e a descreve para nós por alguns ângulos. Vejamos algumas das citações. Cavalcante era um dos espíritos assistidos pela equipe a qual André fazia parte: Esse moribundo estava com o apêndice inflamado e sofria muito acamado.

Esse espírito teimava em viver mesmo que as suas circunstâncias de morte fossem fatais. Vendo seus últimos momentos na Terra, um de seus familiares procurou o capelão que fora visita-lo para dar-lhe a extremunção. Não ficou muito tempo com ele pois sentia um cheiro fétido vindo do acamado. Esse, nessa situação, aborrecia muito os sacerdotes quantos os seus familiares.

Seria um atentado às leis da Vida se médicos e parentes do mundo, estivessem com a decisão de sanar sofrimentos vistos inquestionáveis, promovendo a eutanásia?

Vendo a doença sem cura e o acamado visto em sofrimentos tenazes, o seu médico disse aos familiares a possibilidade da eutanásia. Vejamos: “A eutanásia parece-me caridade – redarguiu o religioso – porque o infeliz apodrece em vida…”. Como podemos notar o que a falta de conhecimento espiritual faz com determinados espíritos presos à carne quando apenas nela, se concentra seus vagos estudos clínicos.

Vendo a equipe espiritual que o médico não demoveria a “injeção compassiva”, ignorando que o períspirito do moribundo entraria em colapso quando sentisse correr nas veias o veneno injetável, tentaram tirá-lo do vaso físico sem demora, embora descrevesse que fora inútil todas as possibilidades.

André Luiz vendo o doutor apontar na porta, com a seringa nas mãos, nada pôde fazer. Vejamos o seu desabafo: “Sem qualquer conhecimento das dificuldades espirituais, o médico ministrou a chamada “Injeção compassiva” ante o gesto de profunda desaprovação do meu orientador”.

Nosso relator de Além-túmulo nos conta o estado do moribundo quando recebeu a toxina mortal: “Em poucos instantes ele calou-se. Inteiriçaram-lhe os membros, vagarosamente. Imobilizou-se a máscara facial. Fizeram-se vítreos os olhos móveis”.

Para os parentes e o médico que no quarto do enfermos estavam, Cavalcante tinha morrido, mas do lado de lá o espírito estava colado ao corpo inerte em plena inconsciência e incapaz de qualquer reação sentindo o fogo do veneno invadir seu espírito vagarosamente. É o que nos diz André: “Cavalcante permanece, agora, colado a trilhões de células neutralizadas, dormentes, invadido, ele mesmo, de estranho torpor que o impossibilita de dar qualquer resposta ao nosso esforço”. Triste cenário esse. O que não faz o homem querer driblar as Leis de Deus através de assassinatos como esse. Mas a Justiça Divina virá restituir o ato condenatório dos responsáveis através do tribunal da própria consciência. Nada mais que justo. Não acha Leitor Amigo?

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