Lino Tavares

    É no mínimo ridícula a tese dos “bolsofobistas” exigindo a presença de um médico como ministro da Saúde, sem explicar exatamente como esse profissional  empregaria seus conhecimentos para ajudar no combate ao Covid-19, se a função do ministro dessa área não é clinicar e sim administrar os recursos da Pasta, de modo a atender as unidades de saúde de todo país nas suas necessidades materiais, capacitando-as a cumprir sua missão assistencial. Essa explicação de que estamos em tempo de pandemia e só um médico seria capaz de elaborar um protocolo adequado à situação presente não faz o menor sentido, porque esse tipo de expediente tem mais a ver com questão de natureza sociológica do que médica, haja vista que trata de formas de prevenção contra o contágio, tais como uso de máscara, distanciamento e isolamento social, cuja importância não precisa ser médico para saber, já que são obviedades que saltam aos olhos de todos. 

       Pelo fato de o Ministério da Saúde concentrar em si atividades essencialmente logísticas, só um cego não vê que o general Pazuello, por ser oriundo do Serviço de Intendência, com larga experiência em atividades do gênero,  ora ocupando o cargo de ministro da Saúde Interinamente, está muito melhor preparado para levar a bom termo as ações de apoio do Ministério da Saúde, do que qualquer médico que, no exercício do cargo, faria de tudo, menos prestar assistência médica direta à população. Diante dessa realidade, a histeria dos que clamam pela presença de um novo “Mandetta” no citado Ministério tem muito mais a ver com ranço político e ideológico do que com a necessidade de um técnico ocupando uma função que, na prática, nada tem a exigir acerca dos conhecimentos básicos de sua formação acadêmica. 
General Pazuello - É no mínimo ridícula a tese dos "bolsofobistas" exigindo a presença de um médico como ministro da Saúde, sem explicar como esse profissional
     Um exemplo típico dessa predominância de atividades logísticas nas ações do governo central, voltadas ao enfrentamento da pandemia, é a recente importação de quase 50 mil anestésicos comprados do Uruguai para atender a demanda no Rio Grande do Sul, cuja operação de transporte foi feita com a devida adequação e a baixo custo, através da fronteira Jaguarão/Rio Branco, com o emprego de homens e viaturas do Exército, algo com que o nosso eficiente ministro interino da saúde sabe lidar com extrema competência. 

1 thoughts on “General Pazuello, o homem certo no momento certo

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