Lino Tavares
Nada é mais forte em um ser humano do que os impulsos naturais de sua vocação, Hebe Camargo, que trocou de plano na primeira semana da Primavera de 2012, é um exemplo clássico dessa força interior que remove montanhas, como a fé, para conduzir o indivíduo ao ápice da realização desse dom natural, que costumamos chamar de sonho.
Nascida em uma família humilde, na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, em 8 de março de 1929, enfrentou na infância e na adolescência as dificuldades naturais de todo aspirante a artista, naqueles tempos difíceis em que o preconceito falava mais alto do que a vocação, impondo sérias restrições de natureza social e familiar a quem se dispunha a viver da arte.
Determinada e muito consciente acerca daquilo que queria, teve sua primeira experiência artística aos 11 anos de idade, formando uma dupla caipira intitulada “Rosalinda e Florisbela”, com a irmã Stella. Algum tempo depois, iniciou na carreira solo, cantando sambas e boleros em boates, caminho pelo qual conseguiu chegar ao rádio e às gravadoras, tornando-se conhecida em todo o país.
Sem ter ocupado espaço entre as mais destacadas cantoras de sua época, como Elizeth Cardoso, Emilinha Borba, Isaurinha Garcia e várias outras, descobre aquela que seria sua principal vocação artística, tornando-se apresentadora de rádio e alavancando assim a brilhante carreira que a levaria à televisão, na qual estreou em 1955, apresentando na TV Tupi o programa “O Mundo das Mulheres”, o primeiro de caráter feminino da televisão brasileira.
Dali por diante não parou mais de crescer profissionalmente, passando por quase todas as redes de televisão do país, sempre marcando presença como líder de audiência, o que lhe valeu o título de “Rainha da Televisão brasileira”, na visão de milhões de telespectadores e importantes analistas da mídia.
Sua partida abre uma lacuna impreenchível nos entretenimentos televisivos da família brasileira, por se tratar de uma apresentadora e animadora sui generis, capaz de interagir com seu público telespectador, como se estivesse presente dentro de cada lar que a assistia, empregando expressões simples e carregadas de afeto , como “gracinha”, “pessoinha” e outras que se tornaram adoráveis chavões de seu linguajar ímpar, franco e direto.
Desde que Hebe baixou ao hospital, com sua enfermidade agravada, começou a ser cogitada a hipótese do surgimento de um substituto para a agora saudosa apresentadora de televisão. Pura perda de tempo. Para os especiais, como Hebe Camargo, não existem substitutos. Eles são raridades do tipo “primeiro e único” naquilo que fazem. Ou por acaso alguém já viu por aí “o novo Chacrinha”, “o novo Pelé”, “o novo Ayrton Senna”, o “novo Elvis Presley” ou o “novo Papa João Paulo II” ?
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Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor
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Giba, eu sempre a admirei, não tenho palavras para dize tudo que penso, porque seria poucas. Ainda bem que tivemos a sorte de conhece-la atraves dos meios de comnicação. Que ela seja a melhor lembrança, servindo de exemplo, especialmente otimismo, para todos que se permitirem.
Beijos
Eu apreciava muito a Hebe,por cfausa da sua franqueza e da sua lealdeade. O Programa deele dizia verdades que os outros não dizem. Que Deus a tenha no reino do cdé.
Sempre fui uma grande admiradora da Hebe, pela beleza e a maneira educada de tras os seress hmanos. O programa dela era muito útilo emuito agradável. Sinto o seu desaparecimento e que Deus a tenh
COM CERTEZA O CÉU A PARTIR DE AGORA FICARÁ COM AS NOITES MAIS BRILHANTES ,POIS FAZ PARTE DA SUA CONSTELAÇÃO UMA ESTRELA DE PRIMEIRA GRANDEZA,QUE DEUS TE RECEBA COM O MESMO CARINHO QUE RECEBIAS OS TEUS CONVIDADOS NOS TEUS PROGRAMAS,MERECIDA SAS PALAVRAS CONTIDAS NO ARTIGO DO JORNALISTA LINO TAVARES.
Que post mais que merecido, Hebe é uma lenda da televisão e ficará sempre em nossos corações.
O céu está feliz com mais uma estrela que brilha
Vá com Deus minha GRACINHA !
Rose*
A morte de Hebe Camargo foi uma grande perda para a comunicação no Brasil.
Hebe Camargo deixou marcado seu legado de patriotismo aliado a seu amor pelo trabalho.