*Por Lino Tavares
Analisar o presidente Lula em função daquilo que ele fez ou deixou de fazer pelo progresso do Brasil, nessa dupla gestão de quase uma década, seria pura perda de tempo, porque, no plano administrativo, sua passagem pelo Planalto não difere muito das de seus antecessores, haja vista que continuamos desfrutando, ainda hoje, apenas dos significativos avanços ocorridos durante o “Regime Militar”, nos setores de maior relevância da infra-extrutura nacional.
O que Lula nos deixa como legado – triste legado, diga-se de passagem – é o fato de ter implantado na consciência de nossa gente os piores exemplos que um homem público poderia suscitar no exercício da
mais alta magistratura da Nação.
O fato de ter chegado a presidente da República com grau de instrução inferior ao do mais modesto servidor público de carreira, já representou, por si só, um “falso desmentido” à velha tese, tantas vezes repetidas diante de nossos filhos, de que, na era da modernidade, um homem sem estudo é um cidadão de costas para o futuro, fadado portanto ao insucesso.
Mas essa escassez cultural até poderia ser tolerada e compreendida, de certo modo, caso o ex-metalúrgico que optou por não estudar, declarando publicamente aversão à leitura, não tivesse enveredado, no exercício do poder, por caminhos que, em qualquer empresa da iniciativa privada, representariam não mais do que um curto atalho para uma irrefutável demissão por justa causa.
Ao lado do Gabinete Presidencial, sob o comando do chefe da Casa Civil, José Dirceu, funcionou o maior “escritório de corrupçao” da história deste país, e o chefe da nação “nada teve a ver com isso”, safando-se de responder pelo grave crime de lesa-pátria sob as desculpas esfarrapadas do “eu não sabia”, “eu fui traído”, etc.
Reeleito para um segundo mandato, quando, a bem da moralidade pública, não deveria nem ter chagado ao fim do primeiro, o senhor Lula da Silva continuou, nessa fase de governo, com as comportas abertas para toda sorte de indignidade funcional, como o tráfico de influência da ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, no apagar das luzes de seu obscuro período governamental.
Na reta final do mandato, trocou a faixa de presidente da República pelo “uniforme vermelho” de cabo eleitoral do PT, fazendo campanha aberta à candidatura de Dilma Rousseff, que alavancou com sua popularidade advinda das “esmolas sociais” e com o uso da máquina pública da forma mais deslavada possível, algo capaz de causar inveja ao aspirante a ditador Hugo Chávez, criador e senhor absoluto da Repúlica Bolivariana da Venezuela.
Na sua política exterior, Lula foi o retrato da covardia, cedendo à pressão armada de Evo Morales, na entrega de unidades da Petrobras à Bolívia; da omissão, não reagindo diante da invasão da embaixada brasileira em Honduras, por parte do ex-presidente deposto Manuel Zelaya; da contemplação à barbárie, hipotecando solidaridade a ditadores despóticos como Fidel Castro e Ahmadinej, bem como do desrespeito aos tratados diplomáticos, negando à Itália o direito de extradir o criminoso Cesari Battisti, para que cumpra a pena de prisão perpétua a que se acha condenado, pelo assassinato de pessoas inocentes, a serviço do euro-comunismo do tempo da Guerra Fria.
O pior de tudo isso é que todos esses maus exemplos praticados no exercício do poder ficam como uma “herança maldita” para a maioria de nosso povo, haja vista o enorme índice de aprovação alcançado por
Lula, ratificando a velha tese bolchevique, segundo a qual “os fins justificam os meios”.
Pude sentir isso em recente reunião do Condomínio Central Park Residence, em Laguna-SC, onde revelei ter em meu poder documentos improcedentes de gastos condominais, como uma nota fiscal só expedida pelo fornecedor quase dois anos depois da transação comercial, sem que houvesse o menor sinal de reação ao fato, por parte dos condôminos presentes.
Senti-me ali um “Roberto Jefferson” denunciando o “Mensalão”, tendo como prêmio, pela ousada iniciativa, a cassação do próprio mandato.
*Lino Tavares é Jornalista
É muito difícil compreender a contradição que é o Lula enquanto pessoa, representante da nação, cidadão…Eu, por maior esforço que faça, nunca consegui chegar perto de defini-lo. Mas, o que realmente me intriga, fora o fato de eu ter reprovado seu governo, ou suas atitudes, é a quantidade de pessoas que vêem nele um exemplo de superação. Como assim? Eu não quero crer que as pessoas enlouqueceram, mas já presenciei, pasmem, pessoas montando um pedestal e colocando ele em cima. Só falta acender vela e mandar canonizá-lo.
Não gosto do Lula e me assusta o fato dele ser amado por tantos(enquanto pessoa política)…Superação só se for da fata de vergonha. Realmente me assusta! Só pra declarar!