Dafé sim, homem de respeito, firme em suas palavras, certo de seus objetivos, convicto na opinião que a honestidade ensinada no berço deve ser seguida à risca, sempre.
Seu pai ensinara que o bem mais valioso que um homem tem é seu nome, que não há nada mais valioso que ser lembrado por sua dignidade e bom caráter. Lição bem ensinada, lição bem aprendida.
Funcionário público de carreira, resolveu um dia ser vereador. Pediu afastamento de suas funções e foi à campanha e com a convicção e garra de um espartano que vai a guerra foi eleito.
Na câmara ele fez de seu mandato um mandato do povo, pelo povo. Brigou com todas as forças para defender o legítimo direito de seus eleitores, tratou o munícipe com respeito, dignidade e cumpriu o seu mandato da maneira mais correta que eu já tive notícia.
Ao final do mandato, o prefeito e candidato a reeleição disse não querer Dafé em sua chapa, seus companheiros de bancada e os líderes também não o quiseram, pois ele nunca aceitou as negociatas, nunca vendeu seu voto e nunca fez de seu mandato nada que não estivesse absolutamente correto.
E assim meu amigo Carlos Dafé está aí, funcionário público de carreira, sem mandato, mas com a certeza de que não vendeu sua alma.