Paulo César Pereio, ícone do cinema que partiu
Lino Tavares
A arte cênica brasileira perdeu mais um de seus grandes expoentes com a morte, aos 83 anos, do ator Paulo César de Campos Velho, artisticamente conhecido como Paulo César Pereio, ocorrida no dia 12/05/2024, domingo, no Rio de Janeiro.
Nascido em Alegrete, na fronteira oeste gaúcha, o ator ganhou projeção nacional, estreando em 1964 no filme Os Fuzis, dirigido por Ruy Guerra, embora só onze anos depois tenha sido reconhecido pelos críticos do cinema, a partir de seu notável desempenho no filme As Aventuras de um Padeiro, que lhe rendeu o Kikito de Melhor Ator Coadjuvante, no Festival de Gramado.
Em 1978, foi triplamente premiado, sendo eleito no Festival de Brasília como Melhor Ator nas produções Chuvas de Verão. Tudo Bem e A Lira do Delírio.
Brilhou no Teatro de Equipe ao lado de artistas como Paulo José e Lilian Lemmertz.
Ainda na arte teatral, destacou-se, atuando em peças como Esperança Godot e Pluft, o Fantasminha.
Pereio atuou em mais de sessenta filmes, entre os quais destacam-se importantes papéis vividos em clássicos como Toda Nudez Será Castigada, estrelado por Darlene Glória, e Eu Te Amo, no qual contracenou com as atrizes Sônia Braga e Vera Fischer. Artista versátil, revelou-se também excelente narrador e apresentador. Desde 2004 apresentava o programa de entrevistas Sem Frescura, no Canal Brasil.
Paulo César Pereio deixou filhos nascidos nos três casamentos que teve. Lara, do primeiro casamento com a atriz Neila Tavares; Tomás e João, do segundo com a atriz Cissa Guimarães, e Gabriel, do casamento com Suzana César de Andrade.