João Antonio Pagliosa
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A situação política e econômica do Brasil deteriora-se de forma gritante nos últimos anos, particularmente nos últimos cinco anos.
E os brasileiros enfim cansaram de ser ludibriados, vilipendiados, roubados por esta infame classe política que não vacila em infringir leis, e trapaceia e corrompe e despreza nossas instituições e valores mais sagrados.
E após treze longos anos, o povo voltou às ruas para clamar e exaltar sua indignação e sua repulsa a esta forma de governar, quase sempre dissociada dos direitos mais elementares do cidadão contribuinte. Este que se encontra enjoado deste marasmo paralisante, deste blá blá blá prá lá de mentiroso e ordinário, onde ninguém assume incompetências, despreparo e ausência de gestão.
Mentem na cara dura, forjam números para mascarar ineficácia administrativa, gastam como perdulários monárquicos irresponsáveis e preocupam-se unicamente em se perpetuar no poder. Este poder que os embriaga e os seduz.
E ladrões hipócritas seguem em total liberdade, e mantém seus cargos públicos, numa desmoralizante e horripilante conduta.
E gatos descarados e infames, pegos com a boca na botija, têm o despeito e a desfaçatez de alegar inocência. Ora vejam só…
E a nossa dívida pública torna-se estratosférica e aproximadamente 45% de toda nossa arrecadação tributária é destinada exclusivamente para pagar juros desta dívida.
Para nossa infra-estrutura tão carente e em cacos, sobram migalhas e o país agoniza com mil amarras.
E o governo federal não cansa de perdoar dívidas de países e republiquetas, onde tirania e o desrespeito a democracia prevalecem. Porém, distribuir benesses com cobertor tão curto é loucura inimaginável e sem nenhuma coerência lógica.
São ações esdrúxulas, antipatrióticas que causam insônia as pessoas de bem porque o país vive um caos, e políticos de todas as siglas admiram-se com o grito do povo nas ruas e não entendem porque estão insatisfeitos. Ora vejam só…Quanta incapacidade de raciocínio!
Sei que acima de cinqüenta milhões de brasileiros, devidamente registrados em carteira, ganham apenas um salário mínimo (R$678,00) e hoje, 13,8 milhões de pessoas recebem bolsa família. Assim, mais da metade de nossa população sobrevive na pobreza braba, não consegue se desvencilhar de dívidas e de juros e de credores batendo sua porta e infernizando a sua vida.
E o governo quer mais consumo por parte de seu povo. A vaca já está no brejo e dá-lhe chuvarada pesada em cima!
Temos acima de 65% da população endividada e inadimplente sem chance nenhuma de mudar este cenário e paralelamente temos acima de 550.000 áulicos na posição de “cargo de confiança” nomeados pelo governo. É a ajeitandocracia desmoralizando nossa democracia.
E a violência come solta e não há mais espaços seguros. E a polícia faz o que pode, mas é acuada pelo bandido e pelas leis de direitos humanos. (?)
E a educação e a nossa saúde envergonham e humilham o povo mais necessitado, apesar dos impostos escorchantes que sufocam as empresas, que sufocam o contribuinte angustiado ao ver seu dinheirinho evaporar nos escritórios climatizados de Brasília.
E as nossas obras públicas? Quase tudo andando no pague dois e leve um, num total e absurdo desrespeito ao dinheiro público. Quanta safadeza!
Decididamente, se o governo de Dilma Rousseff não corrigir seu rumo, se permanecer nesta mesmice paranoica e vesga, se não contemplar o cidadão que trabalha e produz riquezas, o clamor nas ruas continuará. E cada vez mais forte. Cada vez mais pleno de razão.