Na grande maioria, usamos da inteligência para cultuar vetores de conhecimentos arraigados tão somente no limitado mundinho material a que o elegemos como nosso único paraíso por nós creditado. Difícil não sair dele, não é mesmo?
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Que o mundo invisível palpitando vida em abundância, se nos espreita a sensibilidade espiritual a que todos nós temos como DNA divino, o Criador em nós. Complicado, pois, aceitar o Invisível se, sequer, não acreditamos a nossa própria individualidade. Já pensou nisso?
Como não acreditar no que não vemos, se mesmo defrontando com a matéria a que nos prende nas masmorras dos instintos, não conseguimos apreender que a matéria orgânica é passiva da matéria invisível, componente indispensável para que a vida física possa se expressar? Várias perguntas sem uma resposta favorável aos nossos arroubos sentimentos atolados na visão curta do materialismo, não é mesmo?
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Portanto vamos analisar bem o que o Ministro Flácus tem a nos relatar sobre o tema dessa semana no livro de André Luiz “Libertação”, no seu capítulo 1 – “Ouvindo Elucidações”. Vejamos: “Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicilio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prologam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar”.
Pobres humanos somos todos nós! não é mesmo? Choramos de barriga cheia e, quando empanturrados pela nossa vilania, vomitamos impropérios a Deus pelas doenças advindas da gula sem controle. Pensamos ser soberanos em um mundinho em que classificamos como paraíso isento de razão e sentimentos raciocinados. Ledo engano.
Como alcançar planos mais altos se ainda nos encontramos dedilhando as primeiras palavras da Espiritualidade Invisível que – mesmo nos atestando como sábios – ou seja, pseudosábios em muitas situações – ela nos envolve com as suas vibrações de paz e de esperança?
Reconhecemos que a felicidade verdadeira não se encontra na Terra, mas mesmo assim, procuramos nos satisfazer com a falsa ventura de paz apaziguada em terríveis viciações. Alimentando-as em todos os seus limites, não satisfazemos nossos egos doentios sem que para isso nos sujeitemos a análises mais criteriosas a respeito da nossa vivência cristã. Difícil creditar tais virtudes em nosso Modus vivendus, apesar de já termos sã consciência de que a caridade é o único caminho para a libertação espiritual.
De certo modo, haverá sempre um caminho, um norte, um segmento seguro por onde poderemos nos agarrar quando nos sentirmos parte do pântano obscuro das nossas perquirições, as mais insalubres. Quando o nosso barco de vicissitudes naufragar levando todo um contexto de falsas realidades acerca de nós mesmos, clamaremos aos céus misericórdia, embora mesmo salvos, não voltaremos sequer a agradecer pelas vidas temporariamente resgatadas. Lembram-se dos leprosos curados por Jesus? Que apenas um voltou para agradecer? Com certeza esse não seremos nós.
Existe, sim, outro campo vibracional por onde instalaremos um dia a nossa consciência ativa e incólume que nos objetará as nossas inclinações voltadas para o próprio umbigo. Libertemo-nos, pois. Para tanto, o instinto, antes soberano, cairá em terra quando, enfim, a razão nos chamará para arguirmos de nós a nossa sensata posição no mundo espiritual que nos vira nascer e renascer várias e várias vezes, e ainda nos verá um dia progredir sempre, pois tal é a Lei. Comigo Leitor Amigo?