João Antonio Pagliosa
Sustentabilidade é um termo que surgiu em razão dos problemas ambientais que assolam o planeta. E origina-se de sustentar-se por si, isto é, viver, produzir e progredir sem prejudicar o ambiente em que vivemos.
Sustentabilidade é, portanto, uma utopia; porém, podemos sim viver, produzir, progredir e desfrutar o melhor desta terra, com um mínimo de agressão aos muitos ecossistemas que nos rodeiam e nos suportam, porque existe conhecimento para isso. Mas, haverá consciência? Parece que não!
É conveniente recordar a historia para não incorrer em erros crassos. Recordemos, pois a revolução industrial ocorrida no mundo (ênfase para os USA), na virada para o século XX. Automóveis começaram a ser fabricados em série, máquinas para diversas finalidades, chegavam aliviando o labor de operários. E a conquista de Santos Dumont, permitiu ao homem o poder de voar. E cerca de setenta anos depois pisar pela vez primeira o solo lunar.
Um progresso fantástico! Parabéns, Homo sapiens!
Mas nos tornamos vítimas de muitos resíduos, muito lixo horroroso, muitos gases estranhos, muitos agentes poluidores, muitos radicais livres, gerados na produção de energia que movimenta todas estas máquinas extraordinárias.
Nova Delhi, protagonizou o primeiro GP de F1, no último domingo domês de outubro de 2011, e é notório lembrar as péssimas condições atmosféricas no local da corrida. Nuvens cinza de poluição altíssima eram observadas no horizonte, mostrando que o caos está próximo.
Lembra das condições atmosféricas beirando o absurdo, durante as transmissões dos eventos das olimpíadas na China? E sabe você qual é o principal combustível destas duas nações?
É o carvão, meu prezado! Muito barato e muitíssimo poluidor!
Estamos com sete bilhões de passageiros nesta aeronave chamadas Terra e a revolução industrial tem apenas 110 anos, ou seja, um tiquinho de nada na cronologia do homem sobre a face deste planeta. Pelos cataclismas observados, parece que já fizemos um espetacular estrago para um tempo tão curto.
A geração de energia exige demanda de recursos naturais e demanda de recursos combustíveis. Tivemos no início a força do vapor, através o uso intensivo de lenha e do carvão vegetal e/ou mineral. Especialmente no período compreendido entre as duas grandes guerras mundiais, a força motriz da industrialização eram usinas movidas a carvão.
Na virada da segunda grande guerra, o carvão foi cedendo espaço para o petróleo, o que se tornou sério problema para muitas nações (e extraordinária fonte de riqueza para poucas), pela questão preço e pela questão residual.
Não por acaso, a Europa é a grande líder mundial na geração de energia limpa, renovável e sustentável. Na Ásia há que se render justa homenagem ao Japão, um país sempre muito responsável com o ambiente em que todos vivemos.
Mas o contraponto disso, é que a economia da China e a economia da Índia (para ficar só nestes dois), estão alicerçadas na geração de energia oriunda de usinas térmicas alimentadas com carvão. Altamente poluidoras, portanto.
Agora convenhamos, que em sã consciência ousará dizer aos chineses ou aos indianos, que eles não podem continuar seu crescimento econômico com este tipo de matriz energética?
Quem se candidata a arbitrar e taxar/punir um país poluidor? Quem tem moral para isso, sabendo de antemão que o mundo atual é dependente da não desaceleração econômica destes países emergentes.
E precisamos sempre considerar, que uma questão séria é o espírito belicoso dos homens mais fortes e poderosos, e é indubitável que o utópico jogo da sustentabilidade, é um real jogo da força das armas. É duro mas é assim!
As guerras ao longo da historia da humanidade, mostram a força do imperialismo e a necessidade da conquista de recursos.
Por isso, o homem precisa domar sua ganância. Precisa ser incorruptível porque o corrupto é carnal demais. Aliás, precisa ser o sal da terra e a luz do mundo, sendo puro e dando sabor as coisas e a vida das pessoas.
Enquanto o homem não entender que é totalmente dependente de Deus, que é pó sem Ele, enquanto não aquilatar sua pequenez frente à força da natureza, as tragédias ambientais sacudirão e horrorizarão a humanidade.
Nada se sustenta sem amor ao próximo e sem amor e temor a Deus.
E creia quanto mais você der (segundo a direção de Deus), mais Deus lhe dará!
Com carinho
João Antonio Pagliosa
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João Antonio Pagliosa é joaçabense e reside em Curitiba. Agrônomo pela UFRRJ em 1972, é especialista em Nutrição Animal com mais de 35 anos nesta atividade. É palestrante e escritor com artigos publicados em muitas revistas e jornais do país, é idealizador e administrador do blog Amor Em Profusão e é um pregador da palavra de DEUS.
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