As cortinas do sucesso se abriram de forma magistral para Jô Soares, que não parou de crescer artisticamente e nas demais formas de comunicação

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Lino Tavares

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Mais um astro de primeira magnitude emigra do Planeta Terra, transferindo-se para o plano transcendental acerca do qual nada sabemos. Refiro-me ao falecimento, ocorrido na madrugada desta sexta-feira (5/08/2022), em São Paulo, de José Eugênio Soares, artisticamente conhecido como Jô Soares, aos 84 anos. Foi um dos talentos mais versáteis das artes cênicas e da comunicação social do Brasil.

Deixa como legado doces e inesquecíveis lembranças de participações incríveis na televisão brasileira, onde começou como simples humorista e expandiu sua trajetória artísticas para os demais campos da arte gratificante do comunicar e atuar.

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Jô Soares, aos 84 anos. Foi um dos talentos mais versáteis das artes cênicas e da comunicação social do Brasil.

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Iniciou a carreira em 1956, no programa “Praça da Alegria”, dirigido pelo saudoso Manuel de Nóbrega, TV Record, onde atuou com raro brilhantismo ao longo de 10 anos.

A partir daí, as cortinas do sucesso se abriram de forma magistral para Jô Soares, que não parou mais de crescer artisticamente, tanto no mundo do entretenimento quanto nas demais formas de comunicar.

De posse desse perfil polivalente, tornou-se um ícone da televisão, da dramaturgia e da literatura brasileiras, apresentando, dirigindo e atuando, ao longo dos anos, em programas como a comédia Ceará contra 007 (Record – 1965), Família Trapo (Record – 1967), Faça Humor, Não Faça Guerra, Satiricom, Planeta dos Homens, Viva o Gordo, Chico Anysio Show, Musical Plunct, Plact, Zuum, todos na Rede Globo, à qual retornou no ano 2000, após uma passagem de dois anos pelo SBT, onde brilhou no quadro Veja o Gordo, passando a apresentar o Programa do Jô, no mesmo estilo em que apresentava Jô Soares Onze e Meia, na rede de TV comandada por Sílvio Santos.

Como escritor, José Eugênio Soares assinou as seguintes obras:

  • Os dilemas do Fantasma e do Capitão América (1972)
  • capítulo no livro Shazam!, de Álvaro de Moya (1983),
  • O Astronauta Sem Regime (1983),
  • Humor Nos Tempos do Collor (1992),
  • A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1994),
  • O Xangô de Baker Street (2005),
  • O Homem que Matou Getúlio Vargas (2005),
  • Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005),
  • As Esganadas (2011),
  • O Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada – Vol. 1 (2017),
  • O Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada – Vol.2 (2018).

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Jô Soares, aos 84 anos. Foi um dos talentos mais versáteis das artes cênicas e da comunicação social do Brasil.

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Espontâneo e criativo nas suas entrevistas, que ele chamava de “conversa com o Jô”, usava expressões marcantes como o refrão “sem querer te interromper e já te interrompendo”.

Sua partida, logicamente, abre uma lacuna difícil de ser preenchida na cultura brasileira como um todo.

Cabe-nos agradecer o fato de ter existido e nos legado tanta sabedoria, rogando a Deus que o receba e o recompense por tão luminosa trajetória no Planeta dos Homens, nome de um dos quadros que tão bem satirizou no humor irreverente da telinha.

Como “sobremesa” desta homenagem a Jô Soares, veja o vídeo do poema do pós vida recitado por ele:

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“NÃO CHOREM À BEIRA DO MEU TÚMULO… EU NÃO ESTOU LÁ”

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