da France Presse, em Paris
A editora francesa Larousse lançou uma ambiciosa versão on-line de sua enciclopédia (http://www.larousse.fr/), que pretende brigar no mercado de língua francesa com o site colaborativo Wikipedia.
Desde sua inauguração em 15 de maio, o site vem recebendo 30 mil visitas diárias. “Está acima das expectativas” diz o chefe do projeto, Sebastien Capelin.
Capelin diz que serão vistas duas milhões de páginas da enciclopédia em seu primeiro mês.
A versão on-line custou uma “mudança de direção” e dois anos de trabalho para ser inaugurada. Mas a espera, segundo Capelin, valeu a pena, já que a proposta francesa é a “primeira” que associa artigos procedentes de edições em papel com as contribuições que qualquer internauta pode colocar no site.
“Em primeiro lugar, está o conteúdo da Larousse certificado e verificado, que, até o momento, possui quase 170 mil artigos, e depois existem os contribuidores, os autores que possuem seu próprio artigo, seu copyright”, explica.
Para participar da Larousse on-line, é necessário se inscrever, redigir seu currículo e identificar-se com uma foto. “Já contamos com milhares de contribuidores”, diz o chefe do projeto. Segundo ele, os artigos são supervisionados por uma equipe de dez moderadores.
Com o lançamento da enciclopédia, a editora, que até o momento não planeja estender o projeto para outros idiomas, confirma o “fim das grandes enciclopédias físicas”.
“Já não há mercado” para as extensas edições de 30 ou 40 volumes que antes decoravam as salas das casas”, explica Capelin.
A Larousse, fundada em 1892 com o objetivo e promover e difundir o saber, conta atualmente com uma enciclopédia de dois tomos, apesar de continuar publicando seus famosos dicionários e edições de conhecimentos específicos.