Lino Tavares
Ninguém tem o direito de levantar questão sobre a lisura de um fato, de natureza pública ou privada, apenas por imaginá-lo suspeito. Quando porém ele se tornou público, principalmente através de um veículo de comunicação digno de crédito, qualquer pessoa pode opinar sobre aquilo que foi divulgado, não para afirmar categoricamente que seja ou não verdadeiro, mas para declinar sua opinião acerca dos elementos circunstanciais que levam a supor se estamos diante de uma provável verdade ou inverdade.
Como poderá ser visto na matéria do jornal O Globo, clicando no link postado no final deste texto, o TSE proibiu testes no sistema de votação eletrônica do país, não obstante a suspeição que existe sobre a possibilidade de violação da urna eletrônica, conforme estudos realizados, segundo consta, por técnicos especializados da área de informática. Supor pura e simplesmente que esse componente eleitoral não é inviolável trata-se de simples manifestação espontânea do raciocínio e nem precisaria de parecer técnico para sustentar tal ideia. Basta comparar a urna eletrônica com dispositivos técnicos similares, como os computadores comuns e os caixas eletrônicos dos bancos, que mesmo sob vigilância técnica constante, têm sido objeto de violações de toda ordem, lesando seus proprietários e/ou usuários.
Acrescendo-se a isso o fato de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela proibição do referido teste, ser o Sr Antônio Dias Toffoli, ex-advogado do partido da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, fica mais do que cristalino o direito de suspeitar (o que é diferente de afirmar) que a eleição que vem aí corre o risco de se tornar uma fraude tão escancarada quanto aquelas que, segundo manchetes internacionais, teriam ocorrido nas eleições da Venezuela, reelegendo Hugo Chávez na presidência da nação e, depois de sua morte, confirmando Nicolás Maduro, seu fiel seguidor, à testa do Executivo venezuelano. Leia a matéria a seguir e conclua por você mesmo acerca do processo eleitoral que vai traçar o destino da mais alta magistratura do país, nos próximos quatro anos.
Finalmente, sejamos racionais. Se a urna eletrônica é inviolável, como afirma o TSE, porque abrir mão dessa excelente oportunidade de provar isso tecnicamente, para afastar toda e qualquer suspeita de fraude nas eleições que vêm aí ?
Cabe à mais alta autoridade da Justiça Eleitoral responder a essa pergunta que não quer calar.
Clique aqui para ter acesso à matéria do jornal O Globo
TSE: a máquina de autenticar fraudes eleitorais!