Você alguma vez já parou para pensar que a loucura afeta o homem nos comezinhos diários onde determinará, com acerto, o caráter e a personalidade perante a família e à sociedade a qual faz parte?
Apesar de muitos não aceitarem tal situação somos todos enfermos da alma internados compulsoriamente num nosocômio a céu aberto.
De um simples olhar de inveja ou de ambição a assassinatos cruéis, temos em nós, ainda, máscaras que as usamos para tapar – em vão – os nossos desvarios, os nossos achaques, os nossos destemperos. Precisamos urgentemente do Evangelho em nossas vidas. E por que não o usamos? Por que achamos que sem o Cristo em nossas vidas teremos mais chances de sobreviver aos altos e baixos do livre-arbítrio mesmo que ante as quedas, chafurdemos na lama dos desenganos e da revolta.
Diante desse assunto delicado, vamos analisar o que o Instrutor Calderaro nos informa nos relatos feitos por André Luiz no livro da sua autoria “No Mundo Maior” pela mediunidade de Chico Xavier: “Impossível é pretender a cura dos loucos à força de processos exclusivamente objetivos” Não se cura certas enfermidades no organismo físico sem que se preste melhor atenção nos destrambelhos que a alma venha demonstrar na sua silenciosa caminhada. Esteja ela aparentemente sadia, sempre haverá em seus arcanos determinados desequilíbrios que irá aflorar diante de certas situações que imprimirá no mundo, juntamente com os seus iguais, a sua verdadeira identidade.
Por isso Jesus nos pede para vigiar nossos pensamentos através da prece. Sabia Ele muito bem que a personalidade humana ainda carece de princípios espirituais os mais exatos. De nada valerá substanciar equilíbrio sentimental munido de meia dúzia de palavras. O remédio depurador se faz no conhecimento das Sagradas Escrituras e, concomitantemente, na sua prática diária. Somos testados por nós mesmos no dia a dia. Não prestamos atenção em nossos sentimentos como eles se desenvolvem diante do nosso próximo. Passamos por cima de outros como se eles fossem para nós um inimigo declarado principalmente quando a verdade nos ecoa nos ouvidos inflamando de ódio nosso orgulho avassalador.
Os processos médicos que tantos e tantos irmãos são submetidos para destilar o desequilíbrio que fazem praticar escândalos, não se trata tão somente com medicamentos direcionados tão somente ao corpo físico. É necessário vasculhar os refolhos da alma milímetro a milímetro para que ache a causa e, aí sim, se medique diretamente, os seus efeitos no corpo.
Procuramos muitas vezes nos auto medicar a não procurar um especialista que cuide mais diretamente as nossas enfermidades. Por que não nos auto policiarmos com a vigilância e a prece conscientes de que não a Igreja mas sim fora da Caridade não haverá a salvação tão anunciada pelo Cristo de Deus? Questão puramente de sensibilidade, de tino espiritual, de humildade em reconhecer nossos desatinos que afetam não tão somente a nós mesmos, mas todos aqueles que conosco perlustram a caminhada de reajustamento espiritual. Comigo Leitor Amigo?