Aécio Cesar
Como seriam distribuídos esses méritos?
A cada um seria dado segundo o bem que praticou ou mesmo sem tê-lo praticado, a Misericórdia Divina presenteia alguns, assim mesmo? Reconhecemos que se não praticamos o mal, mas que também não fizermos o bem, os méritos serão pesados na balança em meio termo. Mas sempre temos ações que por nós sendo vistas como pequeninas, para o Pai Celestial é muito como benemerência.
André Luiz juntamente com o instrutor Jerônimo, preparavam-se para a desencarnação de Fábio narrado no Livro: “Obreiros da Vida Eterna”, psicografado pelo médium Chico Xavier. E diante às dúvidas que tinha na questão aqui ventilada sobre os méritos de cada um, o instrutor acima o esclarece: “Cada servidor tem a escala própria de edificações, na tábua de valores imortais”. Corretíssimo. A cada um segundo as suas obras, já dizíamos Jesus. Não basta tão somente não fazer o mal, é indispensável fazer sempre o bem. Somos irmãos na mesma sintonia que reina o Universo, ou seja, no amor abençoado que salva e liberta as almas ainda engalfinhadas nas trevas da ignorância em que se permitem estacionar.
Para complemento do assunto, vejamos outra citação: “O mérito não é patrimônio comum, embora seja a glória do cume, a desafiar todos os caminheiros da vida para a suprema elevação”. De fato, para cada um nenhum ceitil a mais ou a menos. Na vanguarda evolutiva, cada um, espírito imortal, vem carreando vitórias e derrotas que, essas últimas, serão aos poucos substituídas pelos laureis do conhecimento e do aperfeiçoamento. E não poderia ser de outra forma, não é mesmo? Ninguém carregará o fardo do outro, pois se isso vier a acontecer, terá que largar o seu. E como ficaria esse sem saldar as próprias faltas?
Devemos considerar que todos nós deveremos nos doar para com o próximo. Fazer a diferença na igualdade de princípios. Captar melhor a essência do Evangelho. Contudo se deixamos de analisar a nós referentes às nossas fraquezas, existirá certa distorção no que se refira ao complemento dos méritos a serem recebidos. De fato deveremos dar algo para que algo nos venha acrescentar como acréscimo de misericórdia do Senhor.
Muitos se gabam a dizer: “Primeiro minha família, depois a religião”. De fato merecida e digna se nos é essa observação, embora que todos os casais direta ou indiretamente excedem no amor e na ternura trazendo para si mesmo desconforto espiritual no ninho doméstico. É o que podemos refletir nessa outra citação: “Qual ocorre à maioria dos homens, prendeu-se demasiadamente às teias domésticas, sem maior entendimento”.
Como podemos observar seja por fuga, amor próprio ou certa cumplicidade no amanho familiar, vem o homem destronando as virtudes mantenedoras do equilíbrio, do respeito e da compreensão se deixando levar por pontos de vista nada qualificativos quanto à verdadeira espiritualização no Senhor. É… O quanto temos que aprender com as chicotadas da nossa consciência no lenho das nossas precariedades mais íntimas. Estou certo, Leitor Amigo?