Amor e RevoluçãoLino Tavares


A mentira teatralizada, baseada na luta inglória da guerrilha comunista das décadas de 1960 e 1970, intitulada “Amor e Revolução”,  veiculada no SBT, chegou ao fim na última “sexta-feira treze” (13/01/2012) – dia de bruxas, lobisomens e mulas-sem-cabeça, o  que certamente não foi mera coincidência,  já  que a “história macabra de Tiago Santiago esteve  repleta de personagens fantasmas saídos de uma cabeça pensante em cujo cérebro  a chamada “massa cinzenta”  possui,  na verdade, a  coloração avermelhada.

Na noite em que a novela acabou , o empresário Sílvio Santos deve ter dormido mais tranqüilo, já que quitou, com o último capítulo  dessa história mal contada,  a “última prestação”   da dívida de gratidão que tinha  para com esse  governo identificado com a Guerrilha do Araguaia, decorrente da injeção de  dinheiro público  na compra do falimentar Banco Panamericano,  pertencente ao “Império do Homem do Baú”.

Quem, com real conhecimento de causa, acompanhou,  par e passo.  o que foi o combate do governo da época contra essas legiões de traidores pátrios, que tentavam solapar o poder vigente, para substituí-lo por um regime totalitário atrelado à Cortina de Ferro, certamente deve ter tido verdadeiros ataques de riso, olhando as papagaiadas novelescas levadas ao ar como uma “pandorga sem rabo”, oscilando ao sabor dos ventos  soprados  no deserto da desinformação e da ausência de criatividade de um autor que revelou total desconhecimento das mais elementares atividades concernentes ao cotidiano da caserna.

Não assisti a todos os capítulos da novela, porque logicamente eu não tenho tempo a perder. Mas, por um dever de ofício, já que sou comunicador, vi-me na contingência  de ter que assistir a algumas cenas, para poder me reportar acerca dessa  “proposta indecente” , que se propunha a ser – mas não foi – uma “história da vida real”. Em um desses  capítulos ,  senti-me telespectador de  “A Praça É Nossa”, programa humorístico do mesmo canal de TV, quando presenciei um sargento (que não era o  “Sargento Pincel”)   discutindo  com um general  (que não era o “General da Banda”) – de igual para igual –  medidas a serem adotadas  em uma ação de captura a guerrilheiros.

Qualquer cidadão que  serviu nas Forças Armadas sabe que o alto comando de uma tropa é constituído de um corpo de oficiais de alta patente chamado Estado-Maior,  único escalão da cadeia hierárquica que  trata, junto aos generais comandantes das Grandes Unidades (Brigada, Divisão e Comando de Área)  acerca de decisões a serem tomadas no campo operacional.  Mas o “inventor da cena” não sabia disso, o que demonstra  quão mal informada e mal intencionada era essa equipe de produção contratada para mistificar um fato real que teve como desfecho a vitória do bem (iniciado como o B de Brasil)  contra o mal  (começado com o M de Movimento Comunista Internacional).

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Lino Tavares é jornalista diplomado, colunista na mídia gaúcha e catarinense, integrante da equipe de comentaristas do Portal Terceiro Tempo da Rede Bandeirantes de Televisão, além de poeta e compositor

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