Lino Tavares

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Caso a defesa da Dilma consiga os votos necessários para barrar o processo de Impeachment no Congresso Nacional, não restará a menor dúvida de que o “milagre” terá sido alcançado com a compra de votos dos chamados deputados indecisos,  que na verdade não passam de “prostitutas rodando bolsinha na esquina, à espera de quem paga mais”. É nessa hora que me vem à cabeça o triste precedente do mensalão, que poupou Lula, chefe notório da quadrilha palaciana, de um processo de Impeachment, que seria líquido e certo, dada a evidência de sua participação no esquema de compra de votos de deputados, para aprovação de seus projetos espúrios no poder legislativo.

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Se o Impeachment fracassar, a derrotada maioria dos deputados (menor que 2/3) não terá condições morais nem para reclamar sobre a compra de votos na Câmara, porque isso fora feito antes sem que o parlamento brasileiro tivesse se dignado a encaminhar um dos pedidos de Impeachment contra Lula, por idêntica razão, que existiram, mas foram covardemente rejeitados pela Câmara Federal.
Estamos, portanto, diante de um fato criminoso que pode se repetir agora,  sem direito a contestação, haja vista que, caso aconteça, não será mais do que um “filme repetido” do seu precedente impune.  Aliás, se Lula tivesse perdido o mandato por causa do mensalão,  não estaríamos vivendo hoje essa “luta titânica” no sentido de tirar do poder essa senhora de passado criminoso, que consegue aglutinar numa só pessoa falta de caráter,  de competência e de patriotismo,  ocupando o cargo em que jamais  teria chegado se seu padrinho político, da mesma laia, tivesse sido barrado de prosseguir no poder, quando deixou cair a máscara no advento do mensalão.

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